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A revista italiana Glamour entrevistou Robert Pattinson em Beverly Hills recentemente durante a divulgação da fragrância da Dior, onde o mesmo é o novo garoto propaganda. Veja à seguir os scans e a entrevista completa e traduzida pela nossa equipe.


x Scans > Internacionais > 2013 > Setembro 2013 – Glamour (Itália)

“Você se importa se eu mascar um chiclete durante a entrevista?”. Primeira informação: Robert Pattinson é uma estrela de Hollywood muito educada. Crepúsculo, a Saga de Vampiros que o tornou famoso, lhe rendeu uma popularidade imensa, perdendo apenas para o pós-Titanic “DiCaprio-mania”. No entanto, Robert é um cara de 27 anos de idade com pés no chão e que pede permissão para fazer as coisas. E que rapidamente muda de ideia: “Na verdade, eu estou indo cuspi-lo, porque isto é nojento!”. Ele espera por um sinal de aprovação e, em seguida rasga o canto de um jornal, o envolve o chiclete no mesmo, e sorri, enquanto esconde o “delito” com as mãos.

Segunda informação: Rob, como seus amigos o chamam, com seu boné de baseball virado para trás e uma barba de três dias por fazer, também é engraçado . “Você quer tentar um italiano?”, pergunto-lhe. “Ah sério? Obrigado!”. Ele delicadamente pega o embrulho. Ao abrir, com seu sotaque meio americano e meio britânico, ele lê: “Denti Bianchi, sorriso protetto (dentes brancos, sorriso protegido)”. Ele não dá uma única palavra, mas parece entusiasmado. Ele tenta uma vez, depois reclina a cabeça, mexendo as sobrancelhas grossas, e, logo abaixo, duas fendas azuis. Ele sussurra: “O seu é muito melhor”.

Terceira informação: Pattinson poderia vencer qualquer um mais com apenas um olhar. Ou até mesmo com um sorriso: aconteceu na divulgação para a colônia da Dior Homme, da qual se tornou recentemente o garoto propaganda, assumindo o papel que antes era de Jude Law. Começa o comercial e, nos primeiros 20 segundos, Robert se mostra sério, pensativo, intenso. Então Camille Rowe, sua parceiro no set, finge beijá-lo, quando na verdade tenta morder os lábios. Isso vem de inesperado: ele sorri, e o público se derrete. Toda mulher, não importa a sua idade, secretamente deseja estar na pele dela, a única criatura que é capaz de iluminar o belo cara triste.
O que a campanha da Dior significa para você?
Rob: Um ponto de virada: pela primeira vez, olhando para mim na tela, eu percebi que eu parecia um adulto. Foi assim aliviante: Eu sempre tive medo de parecer com um jovem de 15 anos. Em Cosmopolis , por exemplo, eu estava vestindo um terno preto. Muito viril. Ainda assim, eu me sentia como um menino vestido como um adulto.

Bem, vestido ou não, você é muitas vezes apontado como a celebridade mais glamourosa.
Rob: O quê? Eu sou tão chato: Eu uso as mesmas roupas todos os dias. Este casaco da Dior, por exemplo: eles me deram meses atrás, e eu não tirei ainda. Se eu pudesse, eu iria usá-lo até dormindo.

Talvez você deve enviá-lo para uma lavagem a seco… E as mulheres: o que uma garota deve deve vestir uma para chamar sua atenção?
Rob: Hum vou tentar dizer de forma que não venham com comentários maldosos (ele ri). Vamos colocar desta forma: Seja o que ela escolher, ela precisa ser ela mesma e mostrar que está confortável com si mesma usando tais roupas.

Você está confortável com si mesmo?
Rob: Eu não sou exatamente uma pessoa autoconfiante. Mas agora eu me sinto bem: eu deixei Crepúsculo para trás, e, com isso, a minha adolescência. Agora estou pronto para passar para a próxima fase.

E o que podemos esperar dessa nova fase?
Rob: Eu vejo pouco, mas exaustivamente: não me interessam muitos papéis.

Que tipo de personagens são atraentes para você?
Rob: Bem, todos os meus personagens têm um lado escuro. Considerando que eu não sou obscuro em tudo. Em geral: quando leio um script, se eu acho que não sou bom o suficiente para interpretar o papel, eu o aceito. Eu gosto do desafios.

Em qual está agora?
Rob: Eu estou trabalhando em Maps to the Stars de David Cronenberg, um filme sobre como algumas celebridades são malucas e neuróticas, e em Hold on to Me de James Marsh, onde eu vou ser um traficante de drogas. Vai ser difícil – eu nunca tinha feito isso antes.

Nunca mexeu com drogas, você quer dizer ?
Rob: Não recentemente (ele ri). Eu estava tentando dizer que, na vida real, eu nunca tinha sido particularmente tão assustador. Eu vou ter que aprender a me tornar obscuro e perigoso.

Você interpreta personagens em seu trabalho, mas, quando você acorda de manhã, você sabe quem você é?
Rob: Por favor: muitas vezes eu nem sei onde eu estou! É sério! Eu nunca sei com clareza, nem mesmo antes de começar a atuar.

Talvez você começou a descobrir.
Rob: Pode ser. Desempenhar papéis diferentes abre sua mente, sobre os outros, mas especialmente sobre si mesmo.

Você fala sobre atuar como se fosse uma espécie de psicanálise.
Rob: Na verdade, é extremamente terapêutico. A capacidade de quebrar barreiras, superar inseguranças em um set é algo muito poderoso, e capacitação, especialmente para um introvertido como eu. Mas eu acho que o mesmo vale para todos os atores. Eu não conheço uma única pessoa que seja 100% autoconfiante. Nós somos um bando de psicopatas.

Você visitou um terapeuta de verdade?
Rob: Não, mas eu gostaria de me tornar um. Por que agora eu analiso meus amigos. Gosto de investigar seu subconsciente. Ou talvez, eu simplesmente desfrute cuidando de seus negócios.

Você tem muitos amigos?
Rob: Em Londres, onde eu nasci e cresci, eu tenho quatro melhores que levarei pra vida toda. Eu sou um cara de sorte: quatro é mais do que o que as pessoas normalmente têm. Aqui em Los Angeles, no entanto, é mais difícil reunir um pequeno grupo: as pessoas vêm e vão. Além disso, somos todos atores. Eu juro, é uma loucura: toda pessoa que eu conheço é a porra de um ator que por padrão, está competindo com você.

Há alguém a quem você admira?
Rob: Meu favorito absoluto é Jack Nicholson. Eu costumava ser obcecado por ele: quando eu era mais jovem eu tentei imitar a forma como ele se vestia, o jeito que ele falava… Eu também gosto muito de Joaquin Phoenix e Michael Shannon. E depois tem Channing Tatum, que é muitas vezes subestimado, embora eu acho que ele é tão bom quanto o Marlon Brando.

E quanto a você: você já se sentiu desvalorizado ?
Rob: Sim , os críticos não apreciam papéis extremamente comerciais. Eu entendo isso. Mas eu tinha medo de ser lembrado como um vampiro para sempre.

Isso não aconteceu.
Rob: Verdade. Felizmente, eu comecei a receber papéis mais articulados, como meu personagem em Cosmopolis e The Rover. E mesmo nessa ocasião, o que a Dior me deu foi um privilégio: Eu aprendi uma outra forma de atuar.

O que você teria feito se você não tivesse se tornado um ator?
Rob: Eu teria ido para a faculdade para estudar Relações Internacionais, e então eu provavelmente teria tentado uma carreira política. Mesmo agora, eu não descarto isso completamente.

Que partido você consideraria se afiliar?
Rob: Eu sou um pássaro livre, eu prefiro ser um ditador (ele ri). Eu disse que sou estranho…

E quais as leis que você estabelecer em seu reino?
Rob: Ninguém pode viver aqui, apenas eu.

Você nasceu solitário ?
Rob: Tornei-me assim. Los Angeles é inerentemente solitário. Olhe para as ruas: você não vai ver uma comunidade, mas um grupo de indivíduos, cada um trancado em seu próprio carro. No começo eu me senti um pouco solitário, então eu me acostumei com isso. Na verdade, eu gosto agora.

Será que você se acostuma com a fama também?
Rob: Eu tive que me acostumar. Até um tempo atrás, eu teimosamente tentei viver a mesma vida de antes. E não deu certo: eu não podia ir a qualquer lugar sem ser abordado por uma quantidade gigantesca de fãs, então eu não ia  a lugar nenhum. Eu estava vivendo em uma bolha. Então, algo estalou, e eu disse a mim mesmo: “Você tem que aceitar que tudo é diferente agora.” E eu me senti aliviado, quase que imediatamente. Aceitação é o pré-requisito para a felicidade, ou pelo menos isso é assim que eu gosto de pensar.

Você está feliz ?
Rob: Eu aceitei, muitas coisas. E agora eu quase me sinto estranho em admitir isso – porque se você diz isso, então, o momento pode desaparecer rapidamente. Mas sim, eu estou feliz agora.

Fonte | Via | Tradução: Ana Paula