Robert Pattinson foi fotografado ontem andando por Los Angeles com Suki Waterhouse e a filha do casal. Nos cliques feitos por fotógrafos não é possível ver a bebê, mas pela felicidade dos pais, certeza que ela estava junto, né? Confira as imagens:
O início deste ano foi agitado para nós fãs! Com a estreia de Mickey 17 em todo o mundo, foi iniciado o cronograma de divulgação do filme com premieres em vários países, press conference e muito mais. Algumas entrevistas foram liberadas e legendamos pra vocês:
Na noite de ontem fomos surpreendidos com fotos de Robert Pattinson em um set de gravações em Nova Orleans (EUA). As gravações são para o filme Primetime da A24 com direção de Lance Oppenheim, confira abaixo as fotos e informações do filme até agora divulgadas:
O ator Robert Pattinson, conhecido por participar de produções como “Crepúsculo” (2008) e “Batman” (2022), parece já ter escolhido o próximo desafio de sua carreira.
Segundo informação divulgada pelo portal Deadline, Pattinson não somente produz, como também está em fase de negociação para estrelar “Primetime” (ou ‘Horário Nobre’, na tradução livre), novo longa-metragem da A24.
Embora poucos detalhes sobre o enredo tenham sido revelados, uma breve descrição indica que o filme segue um jornalista que enfrenta o submundo do crime e transforma a televisão para sempre. O cineasta e documentarista Lance Oppenheim (‘Some Kind of Heaven’) é quem comanda a direção, a partir de um roteiro assinado por Ajon Singh.
Demais detalhes, como nomes para o elenco, data de início das filmagens e previsão de estreia de “Primetime”, seguem mantidos sob sigilo.
Fonte: Ingresso.com
Robert Pattinson definitivamente não queria improvisar uma dança para “Die, My Love“! Pattinson contou à GQ, (em um vídeo que iremos legendar em breve) ao lado do diretor e roteirista de “Mickey 17”, Bong Joon Ho, que quase teve um “colapso mental” ao filmar uma sequência de dança com sua co-estrela Jennifer Lawrence. O ator implorou para Ramsay remover a cena do roteiro ou, pelo menos, coreografá-la.
“Fiz esse filme com Lynne Ramsay, e ela é uma dançarina muito boa. Jennifer Lawrence também é uma dançarina muito boa. Elas acham isso tão fácil. Elas diziam: ‘Apenas dance, é só uma música tocando, apenas dance’”, disse Pattinson. “E eu estava tipo: ‘Vou ter um colapso mental quando isso acontecer. Precisamos ou coreografar ou cortar a cena.’ E elas responderam: ‘Não, apenas dance, pare de ser esquisito.’ Chegou o dia da gravação, e eu estava suando tanto que o interior das minhas calças estavam encharcados.”
“Die, My Love” acompanha Pattinson e Lawrence como um casal cujo relacionamento é abalado por um caso extraconjugal. LaKeith Stanfield interpreta o amante da personagem de Lawrence.
A diretora de “Precisamos Falar Sobre o Kevin” e “Você Nunca Esteve Realmente Aqui”, Lynne Ramsay, já havia adiantado o conceito de “Die, My Love” durante o Festival de Sarajevo de 2023, dizendo que o filme é uma abordagem “divertida” do romance de Ariana Harwicz de 2017, que trata de depressão pós-parto e transtorno bipolar. O longa é produzido por Martin Scorsese e pela própria Jennifer Lawrence. O roteiro foi escrito por Ramsay em parceria com Enda Walsh.
O filme parece se encaixar no tipo de produção que Pattinson prefere. O ator contou à GQ que, além de interpretar papéis “complicados”, ele gosta de assistir a comédias românticas em seu tempo livre.
“Sempre quero fazer os papéis mais complicados. Mas, como espectador, o que eu mais gosto de assistir são histórias de amor”, disse Pattinson. “Eu adoro comédias românticas. Mas é engraçado, todo mundo tem medo de fazer porque é muito difícil. É difícil encontrar um conceito que funcione… porque agora, literalmente, as pessoas estão [conversando] no Tinder.”
Além de Die, My Love, ele também protagoniza Mickey 17, de Bong Joon Ho, e a sequência de The Batman, dirigida por Matt Reeves.
Fonte | Tradução: Glória Mel
Robert Pattinson revela que dormiu com duas facas no pescoço e assustou a companheira Suki Waterhouse após ver filme de terror perturbador: ‘Não consigo mais’. Diferente do Homem-Morcego, um de seus personagens mais marcantes dos últimos tempos, o ator não faz questão de esconder seus medos.
O ator Robert Pattinson admitiu que prefere evitar filmes de terror atualmente. Não se trata de um preconceito ou juízo de valor acerca da qualidade artística do gênero, mas sim de uma questão muito mais simples: o astro não tem coragem de assistir a produções do tipo, conforme ele mesmo revelou em entrevista repercutida por veículos internacionais, como a revista People e a Variety, nesta semana.
A conversa também contou com a presença de Bong Joon-ho, diretor de ‘Parasita’ (2019) e Mickey 17 (2025) — longa de ficção científica estrelado por Pattinson. O ator pontuou que “costumava assistir muitas coisas sombrias” quando “era mais jovem e pensava: ‘Sim, isso é maneiro'”.
“Agora sou muito sensível. É estranho — geralmente pensamos que acontece o contrário: conforme você cresce, você se assusta menos. Mas eu não consigo mais assistir a filmes de terror”, o protagonista da saga ‘Crepúsculo’ explicou. Os trabalhos sombrios que Pattinson disse ter conferido podem ter servido como repertório para sua carreira, que inclui, além do Batman gótico do diretor Matt Reeves, projetos como o terror psicológico ‘O Farol’ (2019).
Bong sugeriu que a mudança é um fruto da paternidade. O famoso e sua companheira, a cantora Suki Waterhouse, tiveram uma filha em março do ano passado. Aos risos, Pattinson contou que seu medo “veio antes disso, mas talvez [a paternidade] tenha colaborado”.
Foi então que o astro revelou sua recente e traumática experiência que o fez repensar sua relação com filmes de terror. Robert tinha uma reunião com um cineasta e, antes de encontrá-lo, assistiu a um longa dirigido por ele.
“Ele fez esse filme de terror, e eu assisti. Fiquei pensando que alguém invadiria minha casa. Fiquei sentado no sofá com duas facas de cozinha, esperando a pessoa entrar. Aí eu peguei no sono com as facas praticamente no meu pescoço. Minha namorada chegou e disse: ‘O que está acontecendo? Por que você está com duas facas no rosto enquanto dorme?'”, Pattinson relembrou, sem citar o nome do diretor e do filme.
Sobre os barulhos que ouviu, ele acrescentou: “Provavelmente era um esquilo”.
Em ‘Mickey 17’, Robert Pattinson vive Mickey Barnes, um homem enviado em uma missão para colonizar o planeta Niflheim. Integrante de um grupo de trabalhadores descartáveis, ele participa de trabalhos perigosos. A morte, no entanto, não é um problema: suas memórias são transferidas para um novo corpo sempre que algo dá errado com o antigo.
Nesta entrevista exclusiva à Esquire Magazine, o ator britânico comenta sobre seu personagem “bastante ridículo” na comédia sci-fi Mickey 17 e sobre trabalhar com o “imperturbável” diretor Bong Joon Ho.
O aclamado ator britânico Robert Pattinson protagoniza Mickey 17, uma comédia sci-fi dirigida pelo premiado roteirista e diretor Bong Joon Ho (Parasita). O filme é baseado no livro Mickey7, de Edward Ashton, e acompanha a história de um homem (Pattinson) conhecido como “descartável” em uma missão para colonizar um planeta distante. No elenco, ele contracena com Naomi Ackie (Star Wars: Episódio IX – A Ascensão Skywalker), Steven Yeun (Minari, Beef), Toni Collette (Hereditário) e Mark Ruffalo (Pobres Criaturas).
Pattinson revelou que foi atraído para o projeto pela paixão e talento excepcionais do cineasta sul-coreano. Durante a coletiva de imprensa do filme em Seul, em janeiro, ele descreveu Bong como “um diretor com quem todo ator sonha em trabalhar.”
Além disso, a história do filme é algo fora do comum. “É um daqueles roteiros que eu não lia algo parecido há muito tempo, e acho que nunca mais vou ler nada assim. E saber que alguém com o nível de prestígio dele está por trás desse roteiro, que, de certa forma, também é uma farsa sci-fi, torna tudo ainda mais especial”, disse o ator de 38 anos.
Pattinson compartilha mais sobre sua experiência ao fazer o filme nesta entrevista.
Fale um pouco sobre Mickey Barnes e onde o encontramos no início da história.
Robert Pattinson: Eu gosto de descrever Mickey Barnes como um confeiteiro fracassado. Ele tentou abrir uma loja de macarons na Terra, mas o negócio não deu certo. Para piorar, ele pegou um empréstimo com gente nada confiável e não conseguiu pagar de volta. Então, ele tenta fugir do planeta. Só que ele não leu as letras miúdas do contrato de colonização espacial e, basicamente, se inscreveu para uma vida de puro sofrimento. Mas, como a vida dele já era horrível antes, de certa forma, essa acaba sendo a melhor coisa que já aconteceu com ele. Ele é um personagem meio absurdo, mas tem um coração enorme.Como foi seu primeiro encontro com o diretor Bong Joon-ho? Você tinha alguma expectativa?
Pattinson: Eu estava extremamente nervoso. Não sabia nada sobre o projeto, e ele é uma figura lendária—eu realmente não fazia ideia do que esperar. Nosso encontro foi muito engraçado, porque ele queria contornar o assunto do filme sem realmente dizer sobre o que era, e tudo isso estava sendo traduzido. Foi uma reunião divertida, e gostei muito dele logo de cara. Também admiro as atuações que ele consegue extrair dos atores em seus filmes, e sabia que, qualquer que fosse o projeto, seria algo bem incomum… e é exatamente esse tipo de coisa que me atrai.Com Mickey 17 e Mickey 18, quais foram os maiores desafios para interpretar duas versões distintas do mesmo personagem e, na maior parte do tempo, atuar contra você mesmo?
Pattinson: O maior desafio foi que a história se passa em uma nave com uma tripulação limitada, então os personagens não podiam ser muito diferentes entre si dentro da narrativa, mas, ao mesmo tempo, precisavam parecer completamente distintos para o público. Para descobrir como fazer isso, testamos várias abordagens estéticas. No início, experimentamos algumas coisas bem malucas, como orelhas protéticas e outras mudanças extremas. Teve até um momento em que eu tinha bochechas enormes como o Mickey 17, usando umas próteses dentro da boca. Ainda bem que isso não foi para frente.
No fim das contas, percebi que era preciso fazer muito pouco visualmente para que o público entendesse que são personagens diferentes. Às vezes, basta um olhar específico para transmitir isso. E é impressionante como funciona—assim que você vê, já sabe quem é quem.Como é trabalhar com o diretor Bong e estar em um set sob o comando dele?
Pattinson: Acho engraçado, porque nós não falamos tanto sobre o personagem ou coisas assim. Discutimos um pouco durante a preparação, mas nem tanto. Na verdade, tivemos vários jantares e passamos a maior parte do tempo falando sobre futebol [risos].
Mas estar em um set desse tamanho—com uma nave gigantesca, um planeta diferente, um elenco enorme e uma equipe imensa, além de várias pessoas no fundo das cenas—faz você imaginar que ficaria mais nervoso do que realmente fica. Acho que isso tem a ver com a postura do Bong. Ele é sempre muito tranquilo e tem esse jeito meio divertido e relaxado de dirigir… dá a sensação de que nada pode dar errado quando você está trabalhando com ele. Todo mundo confiava muito nele, e o clima no set era realmente agradável.O que você acha que torna os filmes de Bong Joon-ho tão cativantes para o público ao redor do mundo?
Pattinson: Acho que ele é uma daquelas pessoas com uma visão de mundo realmente única. É engraçado, porque a gente tende a pensar que quem se conecta com o maior número de pessoas é alguém extremamente fácil de se identificar. Mas o Bong, na verdade, é um cara bem peculiar. Só de enxergar as coisas pela perspectiva dele, você já percebe isso.
Acho que é o que qualquer grande artista tem—uma visão singular—e isso faz você ver o mundo de outra forma. Mas o mais impressionante é que, em todos os filmes dele, fica claro que ninguém mais poderia ter dirigido daquela maneira. São obras incrivelmente únicas.Você tem muitas cenas com Naomi Ackie, e a relação entre Mickey e Nasha é fascinante de assistir. O que ela traz para a personagem de Nasha e como foi trabalhar com ela?
Pattinson: A Naomi é muito engraçada, um tanto imprevisível e também meio selvagem. Eu nunca conseguia prever exatamente o que ela ia fazer. Mas, ao mesmo tempo, ela tem uma certa ternura.
A relação entre Nasha e Mickey é bem estranha. Mickey não é exatamente o tipo de pessoa que você imaginaria alguém dizendo: “Ah, esse é o cara com quem eu quero ficar.” Ele nem sequer é completamente humano, e isso não parece incomodá-la nem um pouco. Ela tem uma capacidade extrema de enxergar além das falhas, muito mais do que a maioria das pessoas. Ela definitivamente não julga pela aparência. Ou talvez julgue… talvez goste tanto da “capa” que nem se importe com o conteúdo [risos].
Fonte | Tradução: Maya Fortino
Ansiedade está a mil com a estreia de Mickey 17 no Brasil no dia 06 de março. E como somos ansiosas, legendamos algumas cenas liberadas do filme para vocês, confira abaixo:
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Tivemos a honra de termos sido convidadas pela Warner Bros Brasil, através da fofa da Jack Rueda, para prestigiarmos a pré-estreia de “Mickey 17”, que rolou no último dia 26/02 no Cinepolis JK Iguatemi em São Paulo! O evento estava recheado de “múltiplos” (sósias de celebridades), influencers famosos e não famosos, e além é claro, de muitos fãs do Robert Pattinson, como nós! Para nós, foi maravilhoso podermos ter visto o filme antes da estreia oficial, e termos a chance de participar de um evento tão bacana quanto este! Em nome de toda equipe RPBR, Obrigada Warner <3!
Abaixo vamos deixar algumas primeiras impressões que tivemos sobre o filme, assim como algumas fotos e vídeos que gravamos ou aparecemos no evento. Esperamos que gostem!!!
Mickey 17 foi simplesmente tudo que eu esperava e mais um pouco! Bong Joon-ho conseguiu novamente pegar um conceito maluco e transformá-lo em algo profundamente genial! Desde a primeira cena, você já sente aquela vibe meio trágica, meio engraçada, e é exatamente esse equilíbrio entre humor e tragédia que deixa o filme tão especial.
Robert Pattinson tem uma atuação insana! Ele consegue ser engraçado, trágico, confuso e, ao mesmo tempo, super carismático. Você torce muito pelo personagem, mesmo sabendo que ele vai morrer a qualquer momento. E é essa pegada do filme, te fazer questionar sobre o valor da vida e sua própria identidade.
Os visuais são impecáveis, como era de se esperar. O roteiro brinca com ideias sobre clonagem, consciência e identidade, mas sem ficar explicando tudo de forma mastigada. Bong deixa com que tiremos nossas próprias conclusões! Além disso, o humor meio ácido e os momentos de pura angústia se complementam de um jeito que só ele consegue fazer. Ele é realmente único!
Pra mim, Mickey 17 é aquele tipo de sci-fi que você termina e já quer rever, só pra pegar os detalhes que passaram batido. Um filme que provoca, diverte e ainda deixa aquela pulguinha atrás da orelha. Simplesmente obrigatório pra qualquer fã de ficção científica e Robert Pattinson e, claro, pra quem já acompanha o trabalho brilhante do Bong Joon-ho.
por Ana Paula Oliveira, Equipe RPBR
“Mickey 17 é uma mistura de filme de ação, tristeza, comédia e romance (talvez?!)
Robert aparece irreconhecível em um filme que damos risada, torcemos, ficamos com aflição mas no final te deixa uma reflexão que a tecnologia pode destruir o que temos de mais precioso, a vida e o motivo de viver, e que o bem, vence, mas custa algumas coisas e algumas pessoas!
Robert com uma atuação impecável, oscilando entre melancolia e risos. E a voz? Se a gente pega e fecha os olhos, ficamos “quem é esse que tá falando?”
Por ser um filme de ficção científica a gente sai meio perdido tipo “o que aconteceu?” Mas depois de um tempo refletindo percebemos que nada mais é uma reflexão sobre a vida e tecnologia, em como isso pode nos afetar.”
Por Bárbara Juliany, Equipe RPBR
“Mickey 17, com certeza, traz uma das melhores atuações do Robert, justamente por explorar as diferentes facetas de um mesmo personagem. Ele conseguiu mostrar, mais uma vez, como ele é versátil, além de ter nos dado de presente o lado engraçado do Robert, que quem não acompanha o trabalho dele com afinco pode não ter percebido em produções anteriores. Outra atuação que, para mim, merece muito destaque é a da Toni Collette, que desbanca o Mark Ruffalo e deixa os holofotes para ela; brilhou demais! ✨”
Por Djenifer Dias, Jornalista e Criadora de Conteúdo
“Mickey 17” entrega tudo o que os trailers prometeram: um filme de ficção com uma história bem amarrada, personagens cativantes e performances impecáveis do elenco. A temática, apesar de não ser leve, é tratada com delicadeza e faz com que você simpatize com o protagonista, Mickey.
Fiquei bastante impressionada (desde o trailer, na verdade) com o trabalho de Robert Pattinson. Já sabia que ele é um grande ator, mas aqui vi um lado diferente dele. Se você fechar os olhos, nem reconhece a voz dele. E o melhor: não soa forçado, é um trabalho muito bem executado. O filme traz várias versões do Mickey e, quando mais de um está em cena, você consegue identificar facilmente quem é quem. Isso é algo extremamente difícil de se fazer e Pattinson entrega com maestria.
Outro destaque foi Mark Ruffalo. Ele interpreta um político vilanesco de forma tão autêntica que é impossível não reconhecer traços de figuras da vida real. É o tipo de personagem que faz você pensar: “Isso realmente acontece.” Esse paralelo com a realidade torna o filme ainda mais envolvente.
No fim, para mim, ficou um filme muito bom. O roteiro é bem escrito, a história é contada de forma envolvente, sem momentos arrastados ou desconexos, e a direção soube trabalhar com o material e os atores para extrair o melhor de cada um.
Muito obrigada à equipe do RPBR pelo convite e à Warner, que organizou um evento super divertido para a estreia. Com certeza, assistirei mais vezes!”
Por Beatriz Blandy do Disney Lads Brasil
“Mickey 17 é uma viagem sci-fi que podia ser maior, mas ainda assim acerta em cheio—e muito disso é graças ao Robert Pattinson. Ele entrega uma atuação incrível, dando vida a múltiplas versões do próprio personagem com tanta naturalidade que cada Mickey parece (e é!) único. Mesmo com o tempo limitado para uma história tão rica, o filme consegue ser envolvente, visualmente marcante e cheio de momentos memoráveis. Bong Joon-ho constrói um universo fascinante, e Pattinson eleva tudo com uma performance cheia de camadas. No fim, é um sci-fi que deixa a gente querendo mais, e isso é sempre um bom sinal!”
Por Luiza Barthel convidada da Omelete
Robert Pattinson é capa da edição de Fevereiro da conceituada revista Vanity Fair (versão italiana). Nossa equipe traduziu com exclusividade a matéria postada no site da revista, onde Rob nos conta como foi filmar com Bong Joon Ho, como foi interpretar duas versões do mesmo personagem e sobre seu par romântico no filme, Nasha, interpretada pela atriz Naomi Ackie.
Robert Pattinson: “Queria ser um herói (e em vez disso, em Mickey 17, morri 17 vezes)”
Enquanto em Mickey 17 ele interpreta um homem que morre e é continuamente clonado, o ex-vampiro mais famoso do mundo nos conta como foi filmar o filme mais louco da temporada ao lado de Bong Joon Ho (sim, o diretor de Parasita). Primeira regra: nunca se levar muito a sério.
Robert Pattinson tem um talento para papéis que desafiam a lógica e a gravidade, tanto a terrestre quanto a emocional. Desde os dias em que era o vampiro atormentado de “Crepúsculo” — o papel que o transformou em um ídolo teen global, mas do qual ele conseguiu escapar a tempo — até os personagens sombrios e complexos de “O Farol” ou “Bom Comportamento”, Pattinson construiu uma carreira baseada em projetos que desafiam as expectativas.
Mas quando teve em mãos o roteiro de Mickey 17, dirigido por Bong Joon Ho, vencedor do Oscar por Parasita, e com estreia marcada para 6 de março na Itália, ele percebeu imediatamente que estava diante de um novo nível de loucura criativa.
“É o clássico Bong Joon Ho: pura tragicomédia, um gênero que quase ninguém ousa mais tocar”, conta Pattinson. “Comédia, ficção científica, tragédia, tudo misturado de um jeito que parece arriscado, mas que no fim funciona. E ainda tem o fato de interpretar duas versões de mim mesmo. No começo, você pensa: ‘Ok, entendi’. Mas aí começa a se aprofundar no roteiro e percebe: ‘Meu Deus, como diabos vou fazer isso?’. Mas Bong, claro, já sabia.”
E assim o ator se transformou em Mickey Barnes, um personagem que ele descreve de forma bem-humorada como “um confeiteiro fracassado”. Ou melhor: “Ele tentou fazer macarons na Terra, mas faliu. Acabou se endividando com gente pouco recomendável e, para fugir dos credores, foi parar no espaço. O problema é que não leu o contrato: assinou para uma vida como clone descartável. Toda vez que morre, é substituído por uma nova versão de si mesmo. É um inferno, mas para ele, ainda assim, é um avanço em relação à sua vida anterior.”
A trama de Mickey 17, inspirada no romance Mickey 7 de Edward Ashton (publicado na Itália pela Fanucci), segue Mickey Barnes, um homem comum que, para fugir dos credores que o perseguem na Terra, assina um contrato para se juntar a uma missão de colonização espacial.
O que ele não entende no início é que seu papel será o de “material descartável”: escolhido para as tarefas mais perigosas, toda vez que morre, é clonado e literalmente reimpresso por meio de uma impressora 3D, com todas as memórias intactas, para continuar a missão.
Mas as coisas se complicam quando Mickey 17, a décima sétima versão de Mickey, após um mal-entendido, descobre que seu clone, Mickey 18, já foi ativado. Os dois acabam compartilhando o mesmo espaço, a mesma missão, a mesma namorada e, acima de tudo, a mesma identidade.
“O maior desafio foi tornar os dois personagens distintos”, explica o ator. “Estamos em uma nave espacial, e não há muitos outros membros da tripulação, então eles não podiam ser muito diferentes dos outros personagens. Mas, ao mesmo tempo, precisavam ser claramente distinguíveis para o público. No fim, percebemos que bastava pouco: um olhar, uma expressão. É incrível como funciona – o público entende imediatamente quem é quem.”
Pattinson não esconde sua admiração por Bong Joon Ho, a quem define como “um gênio com uma visão única”.
“Eu estava extremamente nervoso quando o conheci pela primeira vez”, admite. “Não sabia nada sobre o projeto, e ele é uma figura lendária. Mas nosso encontro foi divertidíssimo: Bong ficava dando voltas na trama sem revelar nada, e tudo era transmitido por meio de um tradutor. Foi um encontro meio bizarro, mas gostei dele de imediato.”
No set, a atmosfera era descontraída, apesar da complexidade do projeto. “Não falamos muito sobre o personagem ou a história”, conta Pattinson. “Jantamos juntos algumas vezes, mas, na maior parte, conversávamos sobre futebol. Quando você está em um set tão grandioso — uma nave espacial gigantesca, um planeta diferente, um elenco e uma equipe enormes — espera-se ficar mais nervoso do que realmente se fica. Mas há algo especial na atitude do Bong: ele está sempre calmo, parece até se divertir com tudo. Ele faz você sentir que nada vai dar errado. Todos confiavam nele, e foi um set realmente agradável.”
Um dos elementos mais envolventes do filme é a relação entre Mickey e sua namorada, Nasha, interpretada por Naomi Ackie.
“Naomi é divertidíssima, imprevisível e selvagem”, diz Pattinson. “Eu nunca sabia o que ela iria fazer. Mas, ao mesmo tempo, ela tem um calor humano incrível. A relação entre Nasha e Mickey é estranha: Mickey nem é completamente humano, e ainda assim Nasha parece não se importar. Ela vai além das aparências de uma maneira extrema. Talvez ela goste só da embalagem e não se importe com o que tem dentro”, brinca ele.
A dinâmica entre os dois personagens acrescenta ainda mais profundidade à história, permitindo explorar temas como identidade, aceitação e amor em condições extremas. Nasha representa uma espécie de farol para Mickey, um ponto de referência em um universo caótico e muitas vezes cruel.
Mickey 17 é um filme que faz rir e refletir ao mesmo tempo, um misto de reflexões filosóficas e situações surreais. Quem é o verdadeiro Mickey? Morrer de fato é apenas um contratempo superável? Será que todos somos potencialmente descartáveis como ele?
No comando da expedição está uma dupla que, graças ao carisma e à atuação, sustenta boa parte do filme: os vilões Kenneth Marshall e sua esposa Gwen. Interpretados pelos excepcionais Mark Ruffalo e Toni Collette, eles são, de certa forma, a versão de Bong Joon Ho dos tecno-políticos à la Elon Musk. E não, não têm qualquer escrúpulo ético, seja na colonização de um novo planeta ou na busca por novos ingredientes para usar na cozinha.
“Bong tem uma perspectiva única sobre o mundo”, conclui Pattinson. “A gente pensa que, para se conectar com um grande público, é preciso alguém muito acessível, mas Bong é um cara incomum. Ainda assim, ele consegue fazer com que todos vejam as coisas do seu ponto de vista, e isso é o sinal de um verdadeiro artista. Todos os seus filmes são incrivelmente únicos, e ninguém mais poderia tê-los feito.”
Fonte | Tradução: Maya Fortino