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Categoria: Entrevistas

Robert Pattinson definitivamente não queria improvisar uma dança para “Die, My Love“! Pattinson contou à GQ, (em um vídeo que iremos legendar em breve) ao lado do diretor e roteirista de “Mickey 17”, Bong Joon Ho, que quase teve um “colapso mental” ao filmar uma sequência de dança com sua co-estrela Jennifer Lawrence. O ator implorou para Ramsay remover a cena do roteiro ou, pelo menos, coreografá-la.

“Fiz esse filme com Lynne Ramsay, e ela é uma dançarina muito boa. Jennifer Lawrence também é uma dançarina muito boa. Elas acham isso tão fácil. Elas diziam: ‘Apenas dance, é só uma música tocando, apenas dance’”, disse Pattinson. “E eu estava tipo: ‘Vou ter um colapso mental quando isso acontecer. Precisamos ou coreografar ou cortar a cena.’ E elas responderam: ‘Não, apenas dance, pare de ser esquisito.’ Chegou o dia da gravação, e eu estava suando tanto que o interior das minhas calças estavam encharcados.”

“Die, My Love” acompanha Pattinson e Lawrence como um casal cujo relacionamento é abalado por um caso extraconjugal. LaKeith Stanfield interpreta o amante da personagem de Lawrence.

A diretora de “Precisamos Falar Sobre o Kevin” e “Você Nunca Esteve Realmente Aqui”, Lynne Ramsay, já havia adiantado o conceito de “Die, My Love” durante o Festival de Sarajevo de 2023, dizendo que o filme é uma abordagem “divertida” do romance de Ariana Harwicz de 2017, que trata de depressão pós-parto e transtorno bipolar. O longa é produzido por Martin Scorsese e pela própria Jennifer Lawrence. O roteiro foi escrito por Ramsay em parceria com Enda Walsh.

O filme parece se encaixar no tipo de produção que Pattinson prefere. O ator contou à GQ que, além de interpretar papéis “complicados”, ele gosta de assistir a comédias românticas em seu tempo livre.

“Sempre quero fazer os papéis mais complicados. Mas, como espectador, o que eu mais gosto de assistir são histórias de amor”, disse Pattinson. “Eu adoro comédias românticas. Mas é engraçado, todo mundo tem medo de fazer porque é muito difícil. É difícil encontrar um conceito que funcione… porque agora, literalmente, as pessoas estão [conversando] no Tinder.”

Além de Die, My Love, ele também protagoniza Mickey 17, de Bong Joon Ho, e a sequência de The Batman, dirigida por Matt Reeves.

Fonte | Tradução: Glória Mel

Robert Pattinson revela que dormiu com duas facas no pescoço e assustou a companheira Suki Waterhouse após ver filme de terror perturbador: ‘Não consigo mais’. Diferente do Homem-Morcego, um de seus personagens mais marcantes dos últimos tempos, o ator não faz questão de esconder seus medos.

O ator Robert Pattinson admitiu que prefere evitar filmes de terror atualmente. Não se trata de um preconceito ou juízo de valor acerca da qualidade artística do gênero, mas sim de uma questão muito mais simples: o astro não tem coragem de assistir a produções do tipo, conforme ele mesmo revelou em entrevista repercutida por veículos internacionais, como a revista People e a Variety, nesta semana.

A conversa também contou com a presença de Bong Joon-ho, diretor de ‘Parasita’ (2019) e Mickey 17 (2025) — longa de ficção científica estrelado por Pattinson. O ator pontuou que “costumava assistir muitas coisas sombrias” quando “era mais jovem e pensava: ‘Sim, isso é maneiro'”.

“Agora sou muito sensível. É estranho — geralmente pensamos que acontece o contrário: conforme você cresce, você se assusta menos. Mas eu não consigo mais assistir a filmes de terror”, o protagonista da saga ‘Crepúsculo’ explicou. Os trabalhos sombrios que Pattinson disse ter conferido podem ter servido como repertório para sua carreira, que inclui, além do Batman gótico do diretor Matt Reeves, projetos como o terror psicológico ‘O Farol’ (2019).

Bong sugeriu que a mudança é um fruto da paternidade. O famoso e sua companheira, a cantora Suki Waterhouse, tiveram uma filha em março do ano passado. Aos risos, Pattinson contou que seu medo “veio antes disso, mas talvez [a paternidade] tenha colaborado”.

Foi então que o astro revelou sua recente e traumática experiência que o fez repensar sua relação com filmes de terror. Robert tinha uma reunião com um cineasta e, antes de encontrá-lo, assistiu a um longa dirigido por ele.

“Ele fez esse filme de terror, e eu assisti. Fiquei pensando que alguém invadiria minha casa. Fiquei sentado no sofá com duas facas de cozinha, esperando a pessoa entrar. Aí eu peguei no sono com as facas praticamente no meu pescoço. Minha namorada chegou e disse: ‘O que está acontecendo? Por que você está com duas facas no rosto enquanto dorme?'”, Pattinson relembrou, sem citar o nome do diretor e do filme.

Sobre os barulhos que ouviu, ele acrescentou: “Provavelmente era um esquilo”.

Em ‘Mickey 17’, Robert Pattinson vive Mickey Barnes, um homem enviado em uma missão para colonizar o planeta Niflheim. Integrante de um grupo de trabalhadores descartáveis, ele participa de trabalhos perigosos. A morte, no entanto, não é um problema: suas memórias são transferidas para um novo corpo sempre que algo dá errado com o antigo.

Fonte

Nesta entrevista exclusiva à Esquire Magazine, o ator britânico comenta sobre seu personagem “bastante ridículo” na comédia sci-fi Mickey 17 e sobre trabalhar com o “imperturbável” diretor Bong Joon Ho.

O aclamado ator britânico Robert Pattinson protagoniza Mickey 17, uma comédia sci-fi dirigida pelo premiado roteirista e diretor Bong Joon Ho (Parasita). O filme é baseado no livro Mickey7, de Edward Ashton, e acompanha a história de um homem (Pattinson) conhecido como “descartável” em uma missão para colonizar um planeta distante. No elenco, ele contracena com Naomi Ackie (Star Wars: Episódio IX – A Ascensão Skywalker), Steven Yeun (Minari, Beef), Toni Collette (Hereditário) e Mark Ruffalo (Pobres Criaturas).

Pattinson revelou que foi atraído para o projeto pela paixão e talento excepcionais do cineasta sul-coreano. Durante a coletiva de imprensa do filme em Seul, em janeiro, ele descreveu Bong como “um diretor com quem todo ator sonha em trabalhar.”

Além disso, a história do filme é algo fora do comum. “É um daqueles roteiros que eu não lia algo parecido há muito tempo, e acho que nunca mais vou ler nada assim. E saber que alguém com o nível de prestígio dele está por trás desse roteiro, que, de certa forma, também é uma farsa sci-fi, torna tudo ainda mais especial”, disse o ator de 38 anos.

Pattinson compartilha mais sobre sua experiência ao fazer o filme nesta entrevista.

Fale um pouco sobre Mickey Barnes e onde o encontramos no início da história.
Robert Pattinson: Eu gosto de descrever Mickey Barnes como um confeiteiro fracassado. Ele tentou abrir uma loja de macarons na Terra, mas o negócio não deu certo. Para piorar, ele pegou um empréstimo com gente nada confiável e não conseguiu pagar de volta. Então, ele tenta fugir do planeta. Só que ele não leu as letras miúdas do contrato de colonização espacial e, basicamente, se inscreveu para uma vida de puro sofrimento. Mas, como a vida dele já era horrível antes, de certa forma, essa acaba sendo a melhor coisa que já aconteceu com ele. Ele é um personagem meio absurdo, mas tem um coração enorme.

Como foi seu primeiro encontro com o diretor Bong Joon-ho? Você tinha alguma expectativa?
Pattinson: Eu estava extremamente nervoso. Não sabia nada sobre o projeto, e ele é uma figura lendária—eu realmente não fazia ideia do que esperar. Nosso encontro foi muito engraçado, porque ele queria contornar o assunto do filme sem realmente dizer sobre o que era, e tudo isso estava sendo traduzido. Foi uma reunião divertida, e gostei muito dele logo de cara. Também admiro as atuações que ele consegue extrair dos atores em seus filmes, e sabia que, qualquer que fosse o projeto, seria algo bem incomum… e é exatamente esse tipo de coisa que me atrai.

Com Mickey 17 e Mickey 18, quais foram os maiores desafios para interpretar duas versões distintas do mesmo personagem e, na maior parte do tempo, atuar contra você mesmo?
Pattinson: O maior desafio foi que a história se passa em uma nave com uma tripulação limitada, então os personagens não podiam ser muito diferentes entre si dentro da narrativa, mas, ao mesmo tempo, precisavam parecer completamente distintos para o público. Para descobrir como fazer isso, testamos várias abordagens estéticas. No início, experimentamos algumas coisas bem malucas, como orelhas protéticas e outras mudanças extremas. Teve até um momento em que eu tinha bochechas enormes como o Mickey 17, usando umas próteses dentro da boca. Ainda bem que isso não foi para frente.
No fim das contas, percebi que era preciso fazer muito pouco visualmente para que o público entendesse que são personagens diferentes. Às vezes, basta um olhar específico para transmitir isso. E é impressionante como funciona—assim que você vê, já sabe quem é quem.

Como é trabalhar com o diretor Bong e estar em um set sob o comando dele?
Pattinson: Acho engraçado, porque nós não falamos tanto sobre o personagem ou coisas assim. Discutimos um pouco durante a preparação, mas nem tanto. Na verdade, tivemos vários jantares e passamos a maior parte do tempo falando sobre futebol [risos].
Mas estar em um set desse tamanho—com uma nave gigantesca, um planeta diferente, um elenco enorme e uma equipe imensa, além de várias pessoas no fundo das cenas—faz você imaginar que ficaria mais nervoso do que realmente fica. Acho que isso tem a ver com a postura do Bong. Ele é sempre muito tranquilo e tem esse jeito meio divertido e relaxado de dirigir… dá a sensação de que nada pode dar errado quando você está trabalhando com ele. Todo mundo confiava muito nele, e o clima no set era realmente agradável.

O que você acha que torna os filmes de Bong Joon-ho tão cativantes para o público ao redor do mundo?
Pattinson: Acho que ele é uma daquelas pessoas com uma visão de mundo realmente única. É engraçado, porque a gente tende a pensar que quem se conecta com o maior número de pessoas é alguém extremamente fácil de se identificar. Mas o Bong, na verdade, é um cara bem peculiar. Só de enxergar as coisas pela perspectiva dele, você já percebe isso.
Acho que é o que qualquer grande artista tem—uma visão singular—e isso faz você ver o mundo de outra forma. Mas o mais impressionante é que, em todos os filmes dele, fica claro que ninguém mais poderia ter dirigido daquela maneira. São obras incrivelmente únicas.

Você tem muitas cenas com Naomi Ackie, e a relação entre Mickey e Nasha é fascinante de assistir. O que ela traz para a personagem de Nasha e como foi trabalhar com ela?
Pattinson: A Naomi é muito engraçada, um tanto imprevisível e também meio selvagem. Eu nunca conseguia prever exatamente o que ela ia fazer. Mas, ao mesmo tempo, ela tem uma certa ternura.
A relação entre Nasha e Mickey é bem estranha. Mickey não é exatamente o tipo de pessoa que você imaginaria alguém dizendo: “Ah, esse é o cara com quem eu quero ficar.” Ele nem sequer é completamente humano, e isso não parece incomodá-la nem um pouco. Ela tem uma capacidade extrema de enxergar além das falhas, muito mais do que a maioria das pessoas. Ela definitivamente não julga pela aparência. Ou talvez julgue… talvez goste tanto da “capa” que nem se importe com o conteúdo [risos].

Fonte | Tradução: Maya Fortino

Robert Pattinson é capa da edição de Fevereiro da conceituada revista Vanity Fair (versão italiana). Nossa equipe traduziu com exclusividade a matéria postada no site da revista, onde Rob nos conta como foi filmar com Bong Joon Ho, como foi interpretar duas versões do mesmo personagem e sobre seu par romântico no filme, Nasha, interpretada pela atriz Naomi Ackie.

Robert Pattinson: “Queria ser um herói (e em vez disso, em Mickey 17, morri 17 vezes)

Enquanto em Mickey 17 ele interpreta um homem que morre e é continuamente clonado, o ex-vampiro mais famoso do mundo nos conta como foi filmar o filme mais louco da temporada ao lado de Bong Joon Ho (sim, o diretor de Parasita). Primeira regra: nunca se levar muito a sério.

Robert Pattinson tem um talento para papéis que desafiam a lógica e a gravidade, tanto a terrestre quanto a emocional. Desde os dias em que era o vampiro atormentado de “Crepúsculo” o papel que o transformou em um ídolo teen global, mas do qual ele conseguiu escapar a tempo — até os personagens sombrios e complexos de “O Farol” ou “Bom Comportamento”, Pattinson construiu uma carreira baseada em projetos que desafiam as expectativas.

Mas quando teve em mãos o roteiro de Mickey 17, dirigido por Bong Joon Ho, vencedor do Oscar por Parasita, e com estreia marcada para 6 de março na Itália, ele percebeu imediatamente que estava diante de um novo nível de loucura criativa.

“É o clássico Bong Joon Ho: pura tragicomédia, um gênero que quase ninguém ousa mais tocar”, conta Pattinson. “Comédia, ficção científica, tragédia, tudo misturado de um jeito que parece arriscado, mas que no fim funciona. E ainda tem o fato de interpretar duas versões de mim mesmo. No começo, você pensa: ‘Ok, entendi’. Mas aí começa a se aprofundar no roteiro e percebe: ‘Meu Deus, como diabos vou fazer isso?’. Mas Bong, claro, já sabia.”

E assim o ator se transformou em Mickey Barnes, um personagem que ele descreve de forma bem-humorada como “um confeiteiro fracassado”. Ou melhor: “Ele tentou fazer macarons na Terra, mas faliu. Acabou se endividando com gente pouco recomendável e, para fugir dos credores, foi parar no espaço. O problema é que não leu o contrato: assinou para uma vida como clone descartável. Toda vez que morre, é substituído por uma nova versão de si mesmo. É um inferno, mas para ele, ainda assim, é um avanço em relação à sua vida anterior.”

A trama de Mickey 17, inspirada no romance Mickey 7 de Edward Ashton (publicado na Itália pela Fanucci), segue Mickey Barnes, um homem comum que, para fugir dos credores que o perseguem na Terra, assina um contrato para se juntar a uma missão de colonização espacial.

O que ele não entende no início é que seu papel será o de “material descartável”: escolhido para as tarefas mais perigosas, toda vez que morre, é clonado e literalmente reimpresso por meio de uma impressora 3D, com todas as memórias intactas, para continuar a missão.

Mas as coisas se complicam quando Mickey 17, a décima sétima versão de Mickey, após um mal-entendido, descobre que seu clone, Mickey 18, já foi ativado. Os dois acabam compartilhando o mesmo espaço, a mesma missão, a mesma namorada e, acima de tudo, a mesma identidade.

“O maior desafio foi tornar os dois personagens distintos”, explica o ator. “Estamos em uma nave espacial, e não há muitos outros membros da tripulação, então eles não podiam ser muito diferentes dos outros personagens. Mas, ao mesmo tempo, precisavam ser claramente distinguíveis para o público. No fim, percebemos que bastava pouco: um olhar, uma expressão. É incrível como funciona – o público entende imediatamente quem é quem.”

Pattinson não esconde sua admiração por Bong Joon Ho, a quem define como “um gênio com uma visão única”.

“Eu estava extremamente nervoso quando o conheci pela primeira vez”, admite. “Não sabia nada sobre o projeto, e ele é uma figura lendária. Mas nosso encontro foi divertidíssimo: Bong ficava dando voltas na trama sem revelar nada, e tudo era transmitido por meio de um tradutor. Foi um encontro meio bizarro, mas gostei dele de imediato.”

No set, a atmosfera era descontraída, apesar da complexidade do projeto. “Não falamos muito sobre o personagem ou a história”, conta Pattinson. “Jantamos juntos algumas vezes, mas, na maior parte, conversávamos sobre futebol. Quando você está em um set tão grandioso — uma nave espacial gigantesca, um planeta diferente, um elenco e uma equipe enormes — espera-se ficar mais nervoso do que realmente se fica. Mas há algo especial na atitude do Bong: ele está sempre calmo, parece até se divertir com tudo. Ele faz você sentir que nada vai dar errado. Todos confiavam nele, e foi um set realmente agradável.”

Um dos elementos mais envolventes do filme é a relação entre Mickey e sua namorada, Nasha, interpretada por Naomi Ackie.

“Naomi é divertidíssima, imprevisível e selvagem”, diz Pattinson. “Eu nunca sabia o que ela iria fazer. Mas, ao mesmo tempo, ela tem um calor humano incrível. A relação entre Nasha e Mickey é estranha: Mickey nem é completamente humano, e ainda assim Nasha parece não se importar. Ela vai além das aparências de uma maneira extrema. Talvez ela goste só da embalagem e não se importe com o que tem dentro”, brinca ele.

A dinâmica entre os dois personagens acrescenta ainda mais profundidade à história, permitindo explorar temas como identidade, aceitação e amor em condições extremas. Nasha representa uma espécie de farol para Mickey, um ponto de referência em um universo caótico e muitas vezes cruel.

Mickey 17 é um filme que faz rir e refletir ao mesmo tempo, um misto de reflexões filosóficas e situações surreais. Quem é o verdadeiro Mickey? Morrer de fato é apenas um contratempo superável? Será que todos somos potencialmente descartáveis como ele?

No comando da expedição está uma dupla que, graças ao carisma e à atuação, sustenta boa parte do filme: os vilões Kenneth Marshall e sua esposa Gwen. Interpretados pelos excepcionais Mark Ruffalo e Toni Collette, eles são, de certa forma, a versão de Bong Joon Ho dos tecno-políticos à la Elon Musk. E não, não têm qualquer escrúpulo ético, seja na colonização de um novo planeta ou na busca por novos ingredientes para usar na cozinha.

“Bong tem uma perspectiva única sobre o mundo”, conclui Pattinson. “A gente pensa que, para se conectar com um grande público, é preciso alguém muito acessível, mas Bong é um cara incomum. Ainda assim, ele consegue fazer com que todos vejam as coisas do seu ponto de vista, e isso é o sinal de um verdadeiro artista. Todos os seus filmes são incrivelmente únicos, e ninguém mais poderia tê-los feito.”

Fonte | Tradução: Maya Fortino

Depois de três anos de espera, as gravações de “The Batman: Parte 2 ” finalmente vêm aí! Segundo Robert Pattinson, o início das filmagens está previsto para o final de 2025.

Durante a première mundial de “Mickey 17″, que aconteceu em Londres no último dia 13, o astro revelou para o Deadline que ainda não podia dar muitos detalhes sobre o filme, mas está animado com a produção.

“Já faz um tempo… Tudo parece muito distante porque a COVID acabou apagando três anos. Começaremos a filmar no final do ano”, explicou Pattinson.

Vale lembrar que a data de lançamento foi adiada para 1º de outubro de 2027.

Fonte Tradução: Djenifer Dias

Robert Pattinson concedeu uma entrevista através de videochamada pelo Zoom, para o site da GQ Magazine, onde ele fala sobre paternidade, a nova fragrância da Dior, sobre ser totalmente adepto ao café, salmão, alongamento de quadril e fones de ouvido com fio! Leia a seguir a tradução na íntegra, feita pela nossa equipe.

“Tem algo realmente amável sobre ir na casa de uma pessoa aleatória apenas porque eles tem um bebê na mesma idade que o seu e ter, tipo, encontros diurnos,” diz o ator, que também discute a “dieta da foca” e o novo Dior Homme Parfume.

Robert Pattinson promove a fragrância Homme mais vendida da Dior há mais de uma década, mas, quando ele entrou em contato com a GQ pelo Zoom, ele ainda não consegue colocar as nuances dos diversos aromas em palavras. “Eu simplesmente não tenho nenhuma linguagem para descrever o cheiro,” ele disse. “Eu até tenho notas de imprensa do que dizer. E eu fico literalmente tipo… legal!”

O ator de 38 anos é, claro, um das maiores estrelas de cinema de sua geração, com uma flexibilidade inigualável que lhe permite equilibrar o trabalho em blockbusters como Crepúsculo e O Batman com performances intensas em filmes independentes como Bom Comportamento e O Farol. Então enquanto ele estava nervoso sobre promover a colônia no início (“Não era realmente a coisa a fazer em 2012”), quando lhe pediram para estrelar o primeiro anúncio da Homme, ele foi atraído pelo desafio de incorporar uma coisa tão abstrata como uma fragrância – e a chance de trabalhar com o diretor francês Romain Gavras, que era mais conhecido naquela época por videoclipes como “Bad Girls”, da M.I.A., e “No Church in the Wild”, de Jay-Z e Kanye West.

“Tinha algo nos videoclipes dele que eu realmente amava – eles meio que tinham um senso de emoção e humor, e fisicamente havia uma sequência de dança incrível,” ele me contou. “Eu disse, oh, tem algo que seria muito interessante sobre a liberdade em seu corpo e coisas assim.”

Ao ouvir Pattinson falar, você rapidamente entende porque ele é um bom “rosto” para uma colônia mesmo que ele não possa te dizer exatamente o cheiro dela. Recentemente, ele apareceu em um curta para promover o perfume Homme Parfum, a mais nova variação do perfume. Nós falamos sobre isso e também sobre outras coisas que ele deveria ser o rosto.

Café Solúvel
“Eu definitivamente apoio o excesso de cafeína logo no comecinho do dia. Você precisa basicamente viver o seu dia inteiro em um tipo de estado maníaco. Mas eu não consigo tomar Celsius – é demais. Parece que eu meio que entrei numa montanha-russa e não consigo mais sair. Minha coisa favorita é café solúvel, mais do que qualquer coisa. É muito inglês. Eu gosto quando se parece com óleo – é assim que o meu expresso é, apenas grãos de café mal dissolvidos.”

Salmão
“Eu sou meio que como uma criança. Eu estou fazendo muitos trabalhos seguidos e eu fico muito obcecado em ter um comportamento disciplinado – caso contrário me sentiria louco depois. Mas eu estava almoçando ontem e eu estava tipo, Eu não consigo mais sentir o gosto do salmão. E então eu percebi que eu não comi nada além de salmão por meses. É como se eu tivesse uma dieta de foca: eu realmente estava comendo salmão três vezes por dia. Eu costumava comer atum direto da lata quando eu estava trabalhando, eu só colocava molho picante na lata de atum. Alguém me viu fazendo isso uma vez e ficou tipo, isso é totalmente nojento. E então eu fiquei com medo de envenenamento por mercúrio, então mudei para o salmão. Alguém me disse que eu poderia ter envenenamento por mercúrio do salmão de qualquer forma. Mas é: eu aprovo.”

Dior Homme Parfum
“Eu não gosto muito de cheiros que você pode identificar facilmente – ou mesmo identificar que você está usando algo. Esse é enganosamente simples. Minimalista. É estranho, especialmente depois de um tempo, não cheira como perfume, tem apenas uma espécie de aura em torno dele. Combina com o seu próprio perfume e tem um cheiro muito natural. Mas é, é engraçado, eu gosto muito de fazer essas entrevistas com jornalistas franceses porque eu posso apenas dizer palavras aleatórias e alguém tem que traduzi-las e você soa muito mais pretensioso. Eu gosto disso.”

Alongamento no quadril
“Eu estava tipo, por que estou sempre tão duro? E então esse treinador com quem eu malho me mostrou essa coisa na academia – eu nem sei qual é o nome da máquina. Mas você faz um alongamento no quadril sentando com as suas pernas o mais afastadas possível em um banco e usando um peso para esticar os seus quadris. Absolutamente transforma vidas. Eu sinto como se isso tivesse me dado uns 10 anos extras de vida.”

Fones de ouvido com fio
“Eu não quero carregar nada! Eu acho extremamente triste que eles pararam de fazer fones de ouvidos legais com fios. É literalmente impossível comprá-los agora. Eu não quero usar um fone de ouvido intra-auricular. O fato de você não ter fones que duram um voo inteiro? É uma loucura, mas é a realidade. Eu tenho buracos estranhos no ouvido e por isso os fones da Apple não encaixam neles. A Shure costumava ter esses fones de ouvido para correr – eles eram os meus favoritos, mas eles literalmente não fazem mais, e a ideia de comprar fones de ouvido usados no eBay é um pouco demais para mim. Agora os únicos disponíveis são os fones de ouvido com fio mais baratos possíveis – o que é realmente irritante. Eu só queria que alguma empresa de fone de ouvido queira fazer algum retrô… Eu poderia ser o rosto desses fones de ouvido de merda.”

Paternidade
“É estranho: até você ter um filho, falar sobre filhos? Você fica tipo, Eu não me importo com o seu filho. Literalmente, a única coisa que significa é que você não vai mais sair. E então, assim que você tem um, você fica, Oh, isso é muito melhor do que sair com o meu amigo mesmo.” [A noiva do Pattinson, Suki Waterhouse, deu à luz a primeira filha deles em Março do ano passado]. “Um mundo enorme se abre! Eu era tão recluso – eu nunca tinha realmente conhecido os meus vizinhos. E agora por que você fica constantemente no playground, tipo, o tempo inteiro? Eu estou apenas saindo com os meus vizinhos. Tem algo realmente amável sobre ir na casa de uma pessoa aleatória apenas porque eles tem um bebê na mesma idade que o seu e ter, tipo, encontros diurnos. Eu não posso acreditar que isso realmente está acontecendo comigo, mas fazer um churrasco no domingo e dizer coisas como, ‘Você, hm… você assiste o jogo?’ Isso é ótimo. Eu amo isso.

Fonte | Tradução: Iarlla Vieira

Robert Pattinson está na maratona de divulgação de Mickey 17 e da nova fragrância da Dior ao mesmo tempo, e com isso, estão surgindo diversas entrevistas sobre ambos os assuntos. Nossa equipe traduziu o scan da conceituada revista Vanity Fair deste mês, onde ele fala um pouco sobre o filme, e um pouco sobre o perfume. Leia abaixo a tradução completa da entrevista feita por nossa equipe, e o scans em nossa galeria de fotos.

VOLTANDO PARA CASA
Robert Pattinson tem sido o rosto da Dior Homme por mais de uma década. Com uma campanha nova em folha para a nova fragrância, e um papel principal em Mickey 17, o ator aproveita um momento para refletir.

A estrela de Robert Pattinson está de volta em órbita. Antes de retornar para as telonas nesta primavera com Mickey 17, uma ficção-cientifica de humor negro do cineasta ganhador do Oscar, Bong Joon Ho, ele aparece como um homem sexy comum em uma nova campanha Dior Homme.

Pattinson disparou para a fama mundial com a Saga Crepúsculo, e aquela vibe vampiresca obscura, temperamental, enigmática – e moldou o seu começo sob os holofotes. Mas quando ele aparece em seu dia-a-dia vestindo um moletom Supreme, com o cabelo apontando em todas as direções, isso parece ser um peso mais leve sobre os seus ombros. “Todo mundo tem síndrome do impostor em algum nível, mas por muito anos eu tive muita inveja das pessoas que eu via se sentindo muito confortáveis consigo mesmas, especialmente quando estavam em atuando. Por que eu não posso me sentir assim? Talvez seja apenas um dom natural e eu gostaria de ser desse jeito, blá blá blá. Eu passei um longo tempo tentando me livrar da ansiedade,” ele disse. “E eu acho que depois de tantos anos fazendo algo, você percebe, ah, não dá para realmente se livrar da ansiedade, mas você pode transformá-la e usá-la como energia. Minhas inseguranças sobre tudo que envolve ser um ator se tornaram o meu radar para o que fazer.”

Depois de trabalhar com a Dior por mais de 10 anos, Pattinson até mesmo abraçou o fato de ser o rosto de uma fragrância. “Eu fui muito claro sobre o que eu queria fazer na primeira campanha, porque eu realmente sabia o que eu não queria fazer: uma encarada para a câmera, algo do tipo heyyy fragrância sexy,” disse ele com uma risada. “Então isso tem uma energia de que você está lutando contra isso. Eu tipo que me acomodei um pouco mais nisso, então eu acredito que tenha mais sensualidade. Parece mais maduro. Há algo de romântico nisso, o que é de certa forma bem doce.”

A última essência Dior é uma reimaginação da sua composição original de 2005, do diretor de criação de perfumes Francis Kurkdjian, que usa a planta da íris desde a flor até a raiz, para um aroma fresco e sensual. “Há uma proximidade com isso,” Pattinson diz. “Eu realmente não gosto muito de ter uma essência onde, assim que você entra em um recinto, todos ficam, ah, você está usando perfume. Tem algo nele que combina com a sua essência natural muito bem. Não é excessivamente intrusivo. É mais uma coisa de aura.”

O próprio Pattinson fica atmosférico interpretando um astronauta regenerativo em Mickey 17, que estreia ainda esse ano após alguns problemas com o lançamento. “Eu gosto de como normaliza a viagem espacial,” diz o ator, que desde o seu último filme teve uma filha com a sua parceira Suki Waterhouse. “Isso me lembra de quando vieram todas essas histórias novas, basicamente dizendo que existem alienígenas na terra, depois de anos e anos e anos. E todo mundo esqueceu. Eles estão no TikTok 2 segundos depois. Essa é a atitude sobre viagens espaciais,” Pattinson continua “Não é como o que você normalmente vê em filmes de ficção científica, onde tem uma gravidade sobre isso. Com Mickey, é a mesma merda de sempre. Você ainda tem um chefe horrível. Não tem nenhuma trégua do outro lado do universo. É pior.”

Dada a ambivalência do filme sobre o espaço, não é surpreendente que Pattinson não tenha nenhuma vontade de viajar para outros planetas. “Minha falta de imaginação,” ele começa, “mesmo quando você vê alguém em uma nave espacial: Okay, então você está em uma nave espacial e você só olha para as janelas. O quão diferente isso seria de assistir TV ou assistir um protetor de tela? Além de poder contar para as pessoas. Eu não me importaria de fazer um passeio especial, mas estar numa nave espacial? Eu acho que prefiro ter um cachorro.”

Tradução: Amanda Agostinho e Iarlla Vieira

Robert Pattinson concedeu uma nova entrevista para a Esquire, onde falou sobre perfume, sucesso e gaivotas! Leia à seguir, traduzido na íntegra por nossa equipe:

Para marcar o lançamento de um novo Dior Homme Parfum, a Esquire conversou com seu criador, Francis Kurkdjian, e o rosto da Dior Homme, Robert Pattinson. Francis Kurkdjian é um dos perfumistas mais bem-sucedidos do mundo. Em 1995, ele criou Le Male para Jean Paul Gaultier, em um ponto a fragrância masculina mais vendida na Europa. Em 2009, ele fundou sua própria casa de fragrâncias de luxo, Maison Francis Kurkdjian, agora parte da LVMH. Em 2021, Kurkdjian foi nomeado diretor de criação de perfumes, Christian Dior Parfums.

Robert Pattinson está entre os atores mais versáteis e respeitados do mundo. Seus filmes incluem The Twilight Saga (2008-2012); Good Time (2017); The Lighthouse (2019) e The Batman (2022). Ele tem sido o rosto da fragrância Dior Homme desde 2012. A campanha do ano seguinte para a marca, com Pattinson e uma modelo em um quarto de Nova York, foi aplaudida por seu estilo cinematográfico. (Em 2016, Pattinson se tornou um embaixador global da moda Dior Homme).

Para o lançamento de um novo Dior Homme Parfum, conversei com Francis Kurkdjian e Robert Pattinson sobre perfume, filmes e o que é feito para fazer uma fragrância de sucesso.

Esquire: Olá, Robert. Quem é o personagem que você interpreta no novo filme promocional da Dior Homme Parfum?
Robert Pattinson: Acho que é uma continuação da primeira campanha em 2013. O personagem original era alguém que é realmente amável. Há uma espécie de anseio agressivo. De realmente não se encaixar em lugar nenhum. [A equipe] estava se baseando em personagens arquetípicos: James Dean e Marlon Brando. Meu personagem quer experimentar tudo. Ele nunca está bem em casa. Ele está tentando se definir de uma maneira bastante apaixonada. E acho que, à medida que as campanhas avançam, ele se tornou mais romântico e sensual.

Seu trabalho é vender um sentido (cheiro) criando um sentimento e uma atmosfera dentro de um comercial. Esse é um show bem estranho. O cheiro informa isso?
Robert Pattinson: Quero dizer, eu sou absolutamente atroz. Percebi nas últimas horas o quão ruim eu sou em falar sobre perfume [estamos falando no final do dia, durante o qual Pattinson e Kurkdjian têm feito várias entrevistas]. Eu tenho a capacidade de ligar e desligar meu olfato, no entanto – o que eu acho uma habilidade bastante útil. É interessante ver como Francis aborda seu trabalho. O perfume foi desenvolvido muito antes de qualquer parte da campanha chegar. Então, sim, acho que é tudo realmente uma resposta ao trabalho de Francis.

Qual foi a ideia para a nova fragrância então, Francis?
Francis Kurkdjian: Eu queria infundi-lo com masculinidade moderna. Dior Homme é uma marca que joga à beira da masculinidade. Iris [no novo perfume] é conhecida como uma flor feminina – muito macia, em pó – então havia algo que ainda não foi explorado. Quando assumi a Dior, sabia que faria algo com a Dior Homme, para torná-la mais contemporânea. Torne-o não tão clássico e traga um pouco de irreverência. É assim que Kim [Jones, diretor criativo da Dior Homme] define masculinidade. Ele é capaz de misturar classicismo e modernidade, tradição e algo contemporâneo. “Respeite as tradições e ouse ser ousada”, – essa é uma citação de Christian Dior. Isso volta às décadas de 1940 e 50. Não devemos esquecer que isso é relevante hoje. Minha tarefa é falar sobre o homem moderno. Eu sabia que Robert [estaria promovendo a fragrância]. Eu vi o roteiro um pouco. Dior Homme é um homem muito específico. Mesmo com o mundo do perfume, em comparação com outras marcas, porque está à beira do frágil e forte. Poderoso e carismático. Isso é difícil de descrever. Mas o trabalho tem essa dualidade.

Quão complicado foi fazer este?
Francis Kurkdjian: Não foi complicado. Sinto muito dizer isso! Sou velho – sei que pareço muito jovem – e agora sou um perfumista experiente. Quando você tem uma ideia clara, é fácil. Se você é dançarino de balé, confia na sua técnica. A parte mais difícil do meu trabalho é estar conectado a um tempo. Quando comecei há 30 anos, eu era jovem, então estava conectado com aquela época. Mas eu não tinha a técnica para expressar isso, porque eu não era habilidoso o suficiente. Hoje, tenho longas horas de técnica atrás de mim. Então, ir do conceito para o produto real é meio fácil. O que é mais difícil para mim é encontrar uma ideia relevante ou criar uma nova história que ainda não tenha sido contada.

Robert, o que você quis dizer quando disse que tinha a capacidade de ligar e desligar seu olfato?
Robert Pattinson: [Começa a rir, talvez ao ser convidado a falar sobre algo tão esotérico como cheiro mais uma vez] Mesmo que eu dê as melhores respostas, não há boas respostas.

Vamos lá, você pode fazer isso.
Robert Pattinson: É estranho. Acabei de notar isso no último trabalho que estava fazendo. Porque, por algum motivo, as pessoas ficavam se desculpando pelo cheiro delas. E acabei de perceber que não conseguia sentir o cheiro de nada. Então eu percebi que quando estou trabalhando, eu simplesmente não tenho nenhuma noção desses momentos…. Estou quase completamente dentro do meu próprio corpo. Não estou ciente de nada além das expressões faciais das pessoas. Eu não sei. É uma habilidade estranha de se ter!

O que você está dizendo é que você é um ator incrível, você está completamente no momento o tempo todo.
Robert Pattinson: [Sério] Sim. É apenas um foco extremo. Alguém poderia soltar o pior peido ao meu redor e eu nem saberia.

Que cheiros te lembram da infância?
Robert Pattinson: Bem, você está falando com alguém de Londres [ele nasceu em Barnes]. E há um cheiro muito particular de Londres. Pousando no Aeroporto de Gatwick – eu acho, porque sempre que eu saí de férias quando era criança, sempre parecíamos ir de Gatwick – e pousar lá tem um cheiro muito, muito, muito forte para mim. Então isso sempre me lembra de uma infância. Eu acho que isso é extremamente nostálgico.

Gatwick cheira melhor do que Heathrow?
Robert Pattinson: Sim, não tanto Heathrow. Isso só parece mais “regular”. Acho que se você for de férias para a Espanha, ou o que quer que seja, você sempre vai de Gatwick. Então, eu associo muito esse cheiro do Aeroporto de Gatwick com a infância. Há também algo particular em ir para Dorset. As praias de Dorset sempre trazem de volta à infância.

Existem aromas que você associa aos personagens que você interpretou?
Robert Pattinson: Definitivamente o cheiro do capuz, do Batman – muito.

Do que isso cheira?
Robert Pattinson: Bem, é couro. Mas também é uma combinação – porque você está selado em uma máscara de couro, mas também está extremamente ansioso o tempo todo. E o couro é poroso, então realmente assume um cheiro emocional. Quando fiz o teste para o Batman, tive que experimentar todos os diferentes capuzes [de atores que interpretaram o papel]. Mesmo de 20 anos atrás, todos eles ainda tinham o cheiro de cada ator individual. É meio estranho.

Quem cheirava melhor?
Robert Pattinson: Acho que provavelmente Clooney cheirava melhor.

Claro que ele fez. O que você descreveu soa como o cheiro de medo. Parece horrível.
Robert Pattinson: Sim. [Risos] O cheiro do medo tem a ressonância emocional mais forte!

E quanto a Thomas Howard, o faroleiro do século 19, em The Lighthouse?
Robert Pattinson: Quero dizer, essa é outra razão pela qual eu posso desligar meu cheiro! Aquele filme cheirava tão mal que [os cheiros] realmente explodiam. Havia tantas cenas [que cheiravam terrível]. Porque tivemos que fazer com que as gaivotas circulassem o conjunto o tempo todo. Então, havia baldes de peixes podres por toda parte, por todo o conjunto. Só para que houvesse centenas de gaivotas. E isso é um alerta e tanto. É como “G’ah! Ah, agora estou no trabalho”. Eu tenho muito respeito pelos pescadores depois disso.

Connie Nikas, o pequena vigarista em Good Time?
Robert Pattinson: [imediatamente] Oh, isso é uma mistura estranha de sangue e um vape.

O Batman vai cheirar diferente em “Batman: Parte II”?
Robert Pattinson: Espero que sim!

Você pode nos dar uma palavra para descrevê-lo neste momento?
Robert Pattinson: Ainda não vi nada, então não faço ideia. Mas eu acho que talvez… um pouco mais de íris?

Alguns comerciais de fragrâncias se tornam tão famosos quanto o produto que estão vendendo. Qual é a chave para isso?
Robert Pattinson: Acho que você não pode prever nada. Mesmo que você esteja se divertindo no set… Eu fiz muitos [de comerciais] quando você pode ter o melhor momento, e você acha que vai se traduzir em algo maravilhoso, e simplesmente não. Nem parece que você estava se divertindo. É uma alquimia muito estranha. Lembro-me do primeiro anúncio [fragrância Dior Homme] que fizemos com [diretor] Romain Gavras. Fizemos a coisa toda com uma música do A$AP Rocky – na época o A$AP Rocky não era tão conhecido. Fizemos todo esse anúncio com essa música tocando constantemente em segundo plano. A atitude que estávamos incorporando era mais como hip hop. E então eles mudaram o Led Zeppelin [“Whole Lotta Love”] no final. E parece tão natural agora com aquela música do Led Zeppelin, mesmo que lhe dê uma vibração totalmente diferente. Então, você nunca sabe. Você está apenas atirando no escuro e esperando.

Francis, e você? Às vezes você deve passar muito tempo fazendo um perfume, e então ele é apresentado ao mundo de uma maneira que você não teria previsto.
Francis Kurkdjian: Sim, nunca se sabe. Mas não é sobre o que eu penso. É sobre o que o público sente e vai pensar. Também depende de contra quem você está competindo. Porque às vezes você acha que é relevante, você acha que está surfando em uma onda – e de repente você tem um concorrente que vai “zoom!” [E é muito mais bem-sucedido]. Então, você pode ser muito feliz na noite anterior [o lançamento]. E então você libera seu perfume e a campanha. Aconteceu comigo que eu não fui a virada de jogo! Nos últimos 35 anos, tive alguns fracassos. Eu fiz alguns não bons, eu tenho que dizer. Eu lancei um perfume um dia antes do 11 de setembro, por exemplo. Nesse último momento, algo pode acontecer… ou você pode estragar tudo. Mas eu acredito que essa é a beleza disso. Isso significa que não há receitas. Um dia [se viermos responder sobre] inteligência artificial [para criar aromas de sucesso] não funcionará. Porque o que torna isso bonito é a incerteza das coisas.

Assim como a indústria cinematográfica, Robert.
Robert Pattinson: Tentar prever como será um mercado nos próximos anos… é quase ridículo. É difícil até mesmo saber se você ainda vai gostar do que está fazendo daqui a dois anos, muito menos de qualquer outra pessoa.

Como podemos aprender a apreciar melhor o cheiro?
Robert Pattinson: Faça algumas pesquisas com Frances. Assista a algumas entrevistas!
Francis Kurkdjian: Confie em si mesmo, de verdade. Não há erros. Você pode usar um terno porque acha que é sexy ou que está na moda. Você pode usar um par de sapatos porque eles parecem bons. E seus pés podem doer. Mas você não pode usar um perfume que não gosta. Com perfume, há algo que está no fundo do seu intestino. Você não pode confundir o que você gosta, porque sua mente e seu corpo lhe dirão imediatamente, que você vai ficar doente! Então, confie em si mesmo. Muitas vezes tentamos colocar regras e dizer: “Oh, isso mesmo, isso é chique. Isso é elegante”. Mas isso é um absurdo. É besteira, porque se você não conseguir convencer alguém a usar algo que eles não gostam. Não é como moda, isso é certo.

Fonte | Tradução: Bárbara Juliany

Robert Pattinson diz que Suki Waterhouse é a pessoa mais cheirosa que ele já conheceu! O ator e rosto do novo “Dior Homme eau de parfum”, revela seus arrependimentos sobre a cor de seu cabelo e mais dos seus segredos de fragrância e bem-estar exclusivamente para Bazaar.

Muita coisa mudou desde que Robert Pattinson foi anunciado pela primeira vez como rosto da fragrância Dior Homme em 2013. Ele estrelou em mais do que alguns filmes aclamados pela crítica, assumiu o papel do Bruce Wayne em O Batman, e até mesmo teve uma filha com a sua noiva – e também companheira excepcionalmente talentosa e bonita – Suki Waterhouse. Agora, aos 38 anos, o ator é mais uma vez o rosto do mais recente lançamento do Dior Homme, uma versão refinada e simplificada do perfume icônico focado na nota de íris.

Pattinson é tão deliciosamente honesto e refrescante como sempre. A seguir, o ator revela seus arrependimentos sobre a cor do seu cabelo, o único suplemento de saúde que ele realmente ama, e mais dos seus segredos de fragrância e bem-estar exclusivamente para Bazaar.

Você estava com luzes loiras no meu filme favorito, “Tenet”, um bigode em “O Farol”, e o cabelo mais escuro e longo em “Batman”, então em Mickey 17 eu imagino que deve haver pequenas diferenças físicas entre as múltiplas versões de você. Então, qual o papel que a beleza, o cuidado ou o cheiro desempenham na maneira que você concebe os personagens que está interpretando?
É enorme e meio que uma coisa incomum também. É engraçado, porque no seu dia a dia, se você é um ator, você está tipo, “Oh, se eu usar essas roupas ou usar isso ou tanto faz, todo mundo vai pensar que sou, tipo, esse tipo de pessoa como uma pessoa normal.” Não, eles não pensam. Ninguém está pensando nada. Ninguém sequer percebe se você muda seu cabelo. Mas é muito engraçado quando você está no set fazendo um teste de câmera e você está dizendo “Oh, o que isso quer dizer? Esse cabelo levemente diferente?” Meio que quer dizer algo. Definitivamente faz eu me sentir muito, muito diferente. As luzes loiras em “Tenet” – Eu estava realmente obcecado pelo Christopher Hitchens na época. E também tem algo sobre uma pessoa muito loira que bebe muito; é um tipo coisa particularmente inglesa, e você sempre vê isso em um clube de cavalheiros. Eu meio que associo cabelo muito loiro a um tipo de infantilidade, e tem algo como um tipo de angelismo sobre você, como um anjo caído. Era isso que eu estava procurando.

Então foi uma decisão sua ficar loiro para aquele filme?
Inicialmente, eu tingi meu cabelo de loiro, e ele parecia um pouco louco. Então eu tonifiquei um pouco. Clarear o seu cabelo é engraçado. Eu fiz isso outro dia, quando eu fui ao Coachella pela primeira vez em uma década. Eu meio que tive um colapso nervoso antes, pensando que eu era muito velho. Então eu estava com luzes no cabelo e eu usei um chapéu o tempo inteiro porque eu estava muito consciente sobre isso. Você estava tipo…isso foi uma péssima escolha. Mas quando eu estava sozinho, eu estava tipo, “Hey, eu estou do jeito que eu queria estar quando eu tinha 15 anos.”

Vamos falar sobre cheiro por um segundo. Então, descrever cheiros é complicado para nós não-perfumistas. Como você descreveria essa nova versão do Dior Homme em poucas palavras? Uma música vem à mente? Faz você pensar em algum local ou memória?
Eu realmente não gosto de perfumes que, se você entrar em um cômodo usando, todo mundo fica tipo “Oh, que perfume você está usando” e você consegue identificar certas notas. [O novo Dior Homme eau de parfum] é muito sutil e próximo, e meio que sintetiza com o seu corpo facilmente. Você não consegue dizer imediatamente que está usando um perfume, e eu achei isso adorável. Parece muito simples. Tem algo muito minimalista sobre ele, o que eu realmente gostei. Mas sim, quando eu estava conversando com Francis [Kurkdjian, diretor de criação de perfume da Dior], nós fizemos o vídeo dos bastidores e criando o cheiro, e eles me pediram para descrevê-lo. E nenhum ingrediente que eu disse tinha nada a ver com o cheiro. Na verdade, tanto neste quanto no último Dior Homme, eu estava tipo, “Cheira a lápis,” e o Francis estava tipo… “Okay?”

É por isso que nós não somos perfumistas e o Francis faz o que faz!
[Em uma voz brincalhona] Alguns cheiros que eu gosto são ketchup e, hm, talvez bife? Eu não sei, torradas?

Você já mencionou anteriormente que tem uma afinidade por máscaras faciais e de olhos. Existe outro hábito de auto cuidado que você acha que fez a diferença em sua aparência?
Essa coisa chamada L-glutamina, que é como um suplemento de treino. Eu estava tomando e pensei, eu me sinto ótimo quando eu tomo isso. Então eu pesquisei depois e descobri que é realmente muito bom para a pele e coisas assim. Eu acho que todo suplemento diz que faz tudo, mas, por alguma razão, para mim, L-glutamina realmente faz alguma coisa.

É na esperança de tudo isso!
Eu também percebi uma coisa que Jennifer Lawrence me falou para fazer quando nós estávamos em Calgary. É sobre altitude elevada. Eu nunca tive realmente mal-estar de altitude, mas eu estava exausto o tempo todo. Ela me disse para conseguir pequenas latas de oxigênio que você pode aplicar nos seus olhos. Isso, aparentemente, funciona para alguma coisa. Eu fiquei realmente obcecado em usar aquilo. Eu acho que apenas gostei de ter algo para brincar de borrifar no rosto.

Meu senso de olfato mudou como um todo depois de ter o meu filho em 2022. Teria a paternidade mudado seu olfato ou suas preferencias por essências de alguma forma?
Todo mundo dizia, “Oh, o cheirinho de bebês!” E eu realmente não entendia isso – até que eu tive meu próprio bebê. Meu bebê tem um cheiro maravilhoso! Eu ainda não gosto muito do cheiro de outros bebês. Eu acredito que o meu bebê tem um cheiro diferente dos outros bebês. Não é um cheiro genérico de bebê. Talvez seja apenas um pensamento positivo. Eu acho que seja diferente para as mulheres. Uma vez que você tem um bebê, isso tem um efeito psicológico. Eu definitivamente notei, contudo, que eu nunca tive velas e coisas parecidas. Agora eu sou tipo, por que eu tenho um monte no meu quarto de hotel a todo tempo e fico acendendo todas essas pequenas velas? O que aconteceu comigo? Eu fico organizando as coisas todo tempo. Eu arrumo a minha cama. Isso é, tipo, bizarro.

Você é um adulto agora.
Isso aconteceu tão subitamente!

Aqui e agora com você. Quem é a pessoa com o melhor cheiro que você já conheceu?
Suki.

Isso é fofo. E qual o cheiro da felicidade para você?
Suki. (risos) Consegui alguns pontos.

As fragrâncias Gourmand são inspiradas em comidas e são tendência agora na área da beleza. Então, que comida você acha que devera ser engarrafada e vendida como uma fragrância?
Isso é estranho. Comidas, quando você as tira de contexto, são sempre nojentas. Se você cheirasse uma pessoa que estivesse cheirando a salsicha, você ficaria tipo, qual a p*#@& do seu problema? Mas uma salsicha tem um cheiro muito bom. Sob qualquer condição, tem que haver uma associação. Eles têm que estar ligados. Você não pode separar.

A flor de íris está na raiz dessa nova essência Dior Homme. Qual a sua flor favorita para presentear?
Há essa floricultura em Londres. Eu não lembro como se chama, mas eu gosto de dar flores bem incomuns. Não apenas um belo buquê. Eu gosto de ganhar coisas que são tipo, uau, que parecem que são de um planeta alienígena. Eu gosto de sempre dar coisas assim.

É dito que homens raramente ganham flores, além de em funerais. Então, qual foi a última vez que você ganhou flores?
Kim Jones me presenteia com flores legais. E isso é engraçado porque eu normalmente não gosto de flores. É tipo, uh, obrigado? Mas Kim me presenteia flores realmente legais. Ele as envia para o meu aniversário com agradecimentos, e coisas assim, e são sempre adoráveis. E isso me fez começar a colocá-las mais na minha casa. Eu nunca teria flores ao meu redor antes. Ele me enviou um buquê incrível uma vez, e eu coloquei na entrada da minha casa, e eu fiquei tipo, isso é bem encantador! Eu gosto de ter flores e plantas em todo lugar.

A flor de íris pode simbolizar fé e esperança. E então você tem sido o rosto da Dior Homme por uma década. Qual a sua esperança para os próximos 10 anos?
Eu tenho esperança, acho, que nada de mal aconteça. Mas, sabe, se for ruim, que não seja tão ruim. Você pode superar isso! Eu espero que o mundo não acabe. Isso seria legal.

Não seria adorável?
Eu só espero que todos se divirtam.

Eu amo isso. Então em 10 anos, se o mundo não acabar e houver o lançamento de outra fragrância, talvez nos falemos novamente!
(Risos) Ela será feita de alguma flor radioativa, literalmente. Nós encontramos a última flor restante!

Fonte | Tradução: Amanda Agostinho e Iarlla Vieira