O diretor de ‘The Batman’, Matt Reeves bateu um papo com Elvis Mitchell, do podcast The Treatment, do site KCRW, onde falou sobre o filme e mencionou o método de atuação de Robert Pattinson. Confira o trecho a seguir:
KCRW: Estamos falando de Robert Pattinson para quem perdeu a notícia. Muitas vezes, ele interpreta caras que não sabem o que fazer com seus corpos. Não sei como ele é na vida real, mas é uma coisa interessante quando você o vê, sem saber muito bem como ficar nos filmes ou onde ficar ao lado das pessoas. Ele tem essa maneira de atuar de forma realmente efetiva, com um embaraçamento físico e uma incapacidade de se conectar com as pessoas, que deve ter sido um dom ter isso para usar.
Reeves: Não é apenas uma faceta, obviamente, de quem ele é, porque obviamente isso é parte dele, mas é algo que ele está no controle também. Uma das coisas que achei tão fascinante em trabalhar com ele é que ele trabalha de uma maneira que parece quase um ator metódico. E, no entanto, você pode ver que ele tem grande acesso às suas emoções e se coloca em um estado. Mas ele também tem um controle incrível de seu instrumento, da maneira como ele se move. É tudo muito técnico e muito intencional. Então eu poderia dizer a ele, eu preciso que isso seja mais quente, e ele poderia acessar isso com muita facilidade. [E eu poderia dizer] mas eu também, por causa desse capuz e da forma como a luz está atingindo seu olho, preciso que você se incline um pouco mais para a esquerda, porque senão não verei seu olho. E ele poderia fazer as duas coisas ao mesmo tempo.
Ele tinha uma tremenda capacidade de acessar suas emoções, mas também de controlar seus movimentos, então todas essas coisas vêm de um lugar muito interno. Mas ele tem uma tremenda facilidade consigo mesmo, fisicamente. Ele é muito capaz de acessar todas essas coisas, mas também estranhamente ao mesmo tempo, enquanto ele pode estar fora de controle, ele também pode estar incrivelmente no controle em termos de como calibrar sua voz, a maneira como ele está inclinado, onde ele está de pé. E então todas essas escolhas que eu acho que ele está fazendo estão em algum nível, muito conscientes também, embora eu saiba que algumas delas têm que ser inconscientes porque estão vindo de um lugar muito instintivo.
Fonte | Tradução: Bruna – RPBR