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Tag: photoshoot

Foram divulgadas novas imagens de Robert Pattinson para a campanha da nova coleção Primavera/Verão da Dior para 2021. O novo ensaio fotográfico foi publicado na revista GQ do Reino Unido em Novembro.

Exclusivo: Robert Pattinson está canalizando o Batman mais uma vez

O ator de 34 anos veste uma série de looks da coleção masculina Primavera / Verão 2021 de Kim Jones

Robert Pattinson, ator de Tenet, está atualmente filmando cenas de The Batman de Matt Reeves. Com lançamento previsto para 2022, após a pandemia interromper temporariamente as filmagens, o filme será um dos mais sombrios retratos do super-herói da DC Comics até o momento.

E o taciturno e excêntrico Pattinson, que ganhou fama depois de seu papel como o adolescente temperamental Edward Cullen em Crepúsculo e que interpreta o personagem principal no filme de Reeves, está mais do que à altura para o trabalho e não apenas por causa de sua atuação (lembre-se de quando ele compareceu ao desfile de moda masculina outono / inverno 2019 da Dior em um grande sobretudo marrom e drapeado que gritava “Tenho uma afiliação com morcegos”?)

Bem, ele provou que (ou pelo menos seu guarda-roupa) foi feito para o papel. GQ deu uma olhada exclusiva na mais recente campanha em tons de cinza de Pattinson para a marca parisiense mencionada anteriormente, e você seria perdoado por pensar que é um anúncio do próximo filme.

Fotografado pelo lendário fotógrafo David Sims, o amigo de longa data da casa dá uma aula de trajes formais contemporâneos, ostentando um terno anguloso de lapela dupla com uma estampa xadrez estilo Príncipe de Gales da coleção Modern Tailoring recentemente lançada por Jones, que apresenta a assinatura registrada do designer britânico, a alça na região peitoral. Um substituto digno do seu traje de morcego na tela, pensamos.

Além disso, Pattinson está vestido com mais roupas dignas de uma caverna de morcego. Um casaco trespassado e drapeado, desta vez da coleção masculina Primavera 2021 da Dior, inspirado em Judy Blame de Jones, que apresenta uma gola exagerada de xale, e também um casaco superluxuoso de cashmere com gola removível de pele de castor, que serviria perfeitamente para o bilionário Bruce Wayne.

E até mesmo o calçado é suficiente para dar a ele o status de super-herói. Pattinson colocou um par de tênis B27 de Jones, que foi lançado no início deste ano. Combinando um estilo de skatista robusto e plano com uma silhueta de tênis retrô superdimensionada dos anos 1980, os tênis em couro de pelica com detalhes de tecido jacquard nas laterais da Dior são alguns dos mais chiques que você pode usar agora.

E se você quiser canalizar o Batman, ou apenas deseja ter um guarda-roupa tão bom quanto o de Robert Pattinson, você vai precisar das peças abaixo:


CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS > 2020 > DIOR HOMME > PRIMAVERA/VERÃO 2021 DIOR MEN’S COLLECTION

Fonte | Tradução: Maya Fortino

NOTA DE REPÚDIO E ESCLARECIMENTO DA EQUIPE ROBERT PATTINSON BRASIL (RPBR)

Prezados visitantes,

Hoje foi publicado um artigo da casa Dior com a descrição da vestimenta usada por Robert Pattinson durante o photoshoot para a GQ. Nessa descrição, fica claro a utilização de pele animal nas composições dos loooks.

Dessa forma, nos vimos obrigadas, como cidadãs, a nos manifestar contra qualquer utilização de vestimenta com o uso de pele animal! Não compactuamos com as ideias da Dior.

Fica aqui a manifestação de nosso pesar, que em pleno 2020, ainda há grifes importantes pelo mundo se utilizando dessa prática tão desumana.

Atenciosamente,

Equipe Robert Pattinson Brasil

Como já informamos algumas vezes, nossa equipe está sempre em busca de artigos e fotos que não foram publicados no site. O artigo de hoje, é um desses casos. A edição dessa revista Backstage foi em dezembro de 2019 e nela constam informações, como o caso de The Batman, que sofreram modificações por conta da pandemia de Covid-19. Leiam a seguir, a tradução do artigo feita por nossa equipe.

“Se você está para fazer uma cena e acaba sendo atropelado por um carro, você vai interpretar isso de uma maneira totalmente diferente”, diz Robert Pattinson entre goles de café e tragadas discretas em um cigarro eletrônico.

O estúdio fotográfico de Midtown onde nos encontramos foi liberado; ele não estava muito empolgado em fazer uma entrevista enquanto as pessoas, até mesmo seu próprio pessoal, estava ao redor, conversando e escutando o que ele tinha para dizer.

Nós estamos falando sobre atuar em uma tarde de novembro (em 2019), o que é, aparentemente, um dos vários tópicos que o ator de 33 anos sente que precisa ser cuidados sobre, quando conversa com um jornalista. “Minha experiência com a mídia por anos foi, tipo, uma frase de efeito em três minutos. Então, se você tenta falar de atuação de uma forma séria, soa como um idiota” ele explica. “E também, nunca se sabe; Se alguém está lendo a isso e não gosta do seu trabalho, você pode, de repente, parecer um idiota. ‘Eu estava fazendo isso e pensando sobre aquilo ao mesmo tempo’. E eles vão ficar tipo “O que quer que seja que você está fazendo, é uma merda!”

Até onde eu sei, Pattinson nunca foi atingido por um carro – não em seu dia-a-dia e, certamente, não antes de rodar uma cena em nenhum dos 28 filmes que ele aparece, desde 2004. Entretanto, supostamente, ele foi a outros extremos para entrar no personagem do diretor Robert Eggers em “O Farol”; No filme preto e branco de terror psicológico, Pattinson atua junto de Willem Dafoe, como um faroleiro do século 19 que, lentamente, perde a cabeça. Uma matéria recente no New York Times, menciona que Pattinson se amordaçava e se estapeava no rosto antes das câmeras começarem a rodar. Ele não nega a informação; “Eu acho que Willem disse em uma entrevista que eu meio que tento me “afogar” em cada cena, mas eu meio que gosto!” Robert completa.

O objetivo, ele continua, é colocar seu corpo em um estado reativo – agindo, como o clichê diz, e reagindo. “Minha única técnica é correr até um penhasco e pular dele.” Pattinson conta “Algumas vezes isso não funciona, e só te faz parecer um maluco. Mas, às vezes, isso te faz parar de pensar, o que é minha parte favorita!”

“O Farol” é um exemplo do qual o método não convencional deu certo. A performance de Pattinson já o garantiu a nomeação para o Independent Spirit Award como ator principal, o que, por sua vez, acaba trazendo uma agitação adicional – até mesmo para a perspectiva de ser um azarão para o Oscar. E Pattinson se comprometeu, corajosamente, para a temporada de prêmios, aparições na mídia e entrevista – o que nos trás hoje para esse estúdio de Nova York.

O ator admite que nunca teve nenhum treinamento formal no ofício. Tendo crescido num bairro nobre de Londres, Barnes, seu interesse por teatro foi prematuramente desencorajado. “Minha professora de drama disse; ‘Não faça isso. Não é para você!’. Eu não fiz audições para nenhuma peça na minha escola, porque eu fiquei envergonhado.” Mas, como um adolescente, ele descobriu a Companhia de Teatro de Barnes, onde ele trabalhou nos bastidores antes de ser escalado como um dançarino cubano na produção de “Guys and Dolls”. Com alguns dos membros da companhia para “18 anos ou menos” ficando mais velhos e saindo, Pattinson conseguiu o papel principal na peça “Our Town”; “Eu era apenas a pessoa que acabou sendo alta o suficiente para o papel de George Gibbs”.

Depois, como um jovem ator lutando por seu espaço em Londres, Pattinson colocou suas mãos em uma cópia de “How to Stop Acting” do coah Harold Guskin; “O único livro de atuação que eu já li!”. Ele se tornou obsecado com a filosofia de Guskin de que “O trabalho do ator não é criar um personagem, mas ser contínua e pessoalmente responsivo ao texto.”

Guskin, que contava com Glenn Close e James Gandolfini entre seus estudantes, rejeitava o aspecto mais rídigo e cerebral do sistema de Stanislavsky, preferindo um método mais instintivo; “Um personagem não é uma imagem pintada do que o ator, ou diretor, pensa que o personagem deve ser. O personagem é uma pessoa real. E assim o ator deve ser: completamente pessoal, assim a audiência verá algo real, um humano respirando na frente deles” dizia a introdução de seu livro. “Minha resposta pessoal a esse texto, talvez seja chamada de interpretação pelos críticos e a leitores depois de ter visto isso. Mas, para mim, é simplesmente minha resposta ao diálogo e ação. É por isso é tão crível quanto criativo.”

Naquele tempo, Pattinson morava com um amigo ator, Tom Sturridge – o filho do diretor de televisão Charles Sturridge e da atriz Phoebe Nicholls -, e conversava com Eddie Redmayne; “Todos nós queríamos nos ajudar a ser melhores” Pattinson relembra “Então você passa três dias trabalhando em fitas de audições com outro ator. Todos tinham muita paciência um com o outro. Eu acho que, de certa forma, era como ir a uma escola de teatro.”

Conhecer uma comunidade de atores foi essencial para superar aqueles primeiros dias brutais. “Quando você tem esse apoio, mesmo quando você falha em um milhão de audições, parece que não machuca tanto, porque você pode sair com seus amigos depois. Nós todos íamos a bares e pensávamos “Ugh, isso foi um desastre!” Isso tornava os golpes um pouco mais suaves”, Pattinson diz.

Os três se mantém amigos até os dias de hoje; Sturridge e Redmayne estiveram presentes na noite anterior à nossa entrevista, para uma exibição especial de “O Farol” no Crosby Street Hotel em Nova York. Redmayne apresentou o filme, mencionando que Pattinson é um dos maiores cineastas que ele já conheceu. “Quando eu conheci Eddie, é assim que eu e Tom costumávamos chamá-lo” Pattinson afirma “Foi mais ou menos quando a Criterion estava se expandindo. Nós gastávamos todo nosso dinheiro em DVD’s e assistíamos filmes durante todo o dia, por anos.”

O que ele aprendeu com todos aqueles filmes clássicos, ao que parece, foi menos sobre atuação e mais sobre gosto.É essencial, Pattinson descobriu, trabalhar com pessoas cujos gostos são parecidos com os seus, e a única maneira de refinar seu gosto, para descobrir o que você gosta e o que não gosta, é absorvendo o trabalho dos outros. “Você pode ser incrível em alguma coisa, mas se o diretor, editor (e) todo o resto for horrível, você vai parecer péssimo de qualquer forma. Se você não confiar na visão do diretor, você está, subconscientemente, tentando tirar o controle deles e você está apenas sabotando o filme. Mas se você se inscreve para algo, pensando, ‘eu sei, eu acredito nesse cara’, então você se compromete com sua atuação. E é muito mais fácil se comprometer com coisas que você confia.” Explica “É o único jeito: para realmente saber o que você gosta. Agora, eu vou trabalhar somente com pessoas de quem eu tenha visto algo (vindo deles) que realmente me afetou.”

É claro que Pattinson pode se dar a esse luxo agora. Tendo interpretado o temperamental vampiro adolescente, Edward Cullen na franquia “Crepúsculo”, o transformou em uma estrela de cinema, um galã adolescente, um objeto de fascínio para tabloides, e o rosto da Dior Homme; em outras palavras, uma celebridade. O tipo de ator que, digamos, é escalado para interpretar o Batman. (Aliás, ele está partindo de Nova York para a pré-produção da versão do diretor Matt Reeves, previsto para 2021)*.

Contudo, uma coisa engraçada aconteceu entre “Crepúsculo” e “The Batman”; Pattinson fez sua aparição em papéis menores em filmes independentes, desde que conseguiu seu status de estrela de cinema. Ele assumiu riscos calculados; mesmo quando os filmes não causaram muito impacto, as performances de Pattinson se destacaram.

Mas aqui está o principal: ele realmente não diferencia sua opinião entre um vampiro adolescente apaixonado, um faroleiro psicótico e, no caso de “O Rei”, filme deste 2019, um príncipe francês do século 15 quase caricaturalmente pretensioso.

“Eu os abordo quase, exatamente, da mesma forma em minha cabeça”, insiste. Robert assistiu a um dos filmes de “Crepúsculo” na TV, não muito tempo atrás – as chances que um deles esteja no ar em um canal a cabo agora mesmo -, e foi atingido por uma cena na qual seu personagem pede Kristen Stewart em casamento. “Eu fiquei tipo, isso foi muito bom! Quero dizer, a quantidade de esforço que eu coloquei nesse filme… Eu coloquei muito nisso”.

Quando está se preparando para um papel, ele está procurando pela frase, pelo momento ou pela cena que realmente o atingem. Geralmente, isso será algo que o fará rir, ou algo que parece audacioso, ou, porque ele se identifica como um tanto imaturo, algo que será um pouco travesso. Então ele construirá o personagem desse ponto, dessa energia.

“Até onde sei, parece que, às vezes que você é bom em algo são aquelas em que você consegue se fazer interessar pelo o que está fazendo entre o “ação” e “corta”. Há algo acontecendo em seus olhos. Se você está apenas tentando fazer uma cena, parece que não tem nada acontecendo. E então, se você está tentando tirar proveito de tudo em sua vida para aquele momento, está genuinamente interessado naquela cena, tentando descobrir maneiras de se conectar com o personagem, eu acho que é isso que o torna um pouco mais vivo”, Pattinson completa.

Lá fora, o céu está nublado, a tarde se transformando em um crepúsculo prematuro. A luz do estúdio está diminuindo, mas nenhum de nós se dá ao trabalho de procurar um interruptor de luz; Nosso tempo juntos está acabando. Para encerrar, eu pergunto a Pattinson sobre a pergunta mais comum que ele recebe de aspirantes a atores; “Muitas pessoas me perguntam como conseguir um agente!”.

Mas não é isso que eles deveriam estar procurar, Robert diz. Ao invés, eles deveriam estar à procura de outros promissores, como eles mesmos, especialmente novos diretores que estão fazendo um trabalho emocionante. “Você pode encontrar alguém fazendo coisas no YouTube, e tipo, “Eles estão fazendo trabalhos muito bons!” E se você encontra aquela pessoa antes de outros, você será aquela pessoa junto de um diretor promissor. E (então) você terá uma carreira depois”, Pattinson insiste. “Procurando por coisas diferentes, de repente, você se dá conta do que pode fazer. Se você está pensando em um jeito de descobrir como atuar somente indo em audições e etc, ou tentando conseguir um agente, todo mundo estará te dizendo, constantemente, “não” sobre tudo. E o que realmente vai funcionar será algo a que todos já disseram não mil vezes!”.

*The Batman teve data alterada para 04 de março de 2022.

Com esse artigo, foram divulgadas, no final do ano passado, fotos desse photoshoot e que estão em nossa galeria! Veja a seguir:


PHOTOSHOOTS > 2019 > BACKSTAGE MAGAZINE

Fonte | Tradução: Reh Cegan

Robert Pattinson concedeu entrevista reveladora para Philippe Azoury, editor-chefe da Vanity Fair francesa, em sua edição de novembro! Nossa equipe traduziu o artigo na íntegra e também já disponibilizou os scans da revista cedidos por Maya Fortino, nossa tradutora e transcript. Por favor, não reproduzam sem dar os devidos créditos! Confiram a seguir:


SCANS > INTERNACIONAIS > 2020 > NOVEMBRO 2020 – VANITY FAIR FRANCE

Era o início de 2020, em Paris. Robert Pattinson estava passando pela cidade. Entre dois ensaios fotográficos, ele participou de um desfile de Kim Jones para Dior Homme e tirou um tempo para responder as perguntas de Philippe Azoury. O ator falou com ele sobre cinema, sua profissão e o caminho que percorreu para gerenciar uma carreira que o levou de Crepúsculo a Tenet e o Batman, seu próximo filme, anunciado para 2022.

O DEVER de surpreender

Robert Pattinson observa Paris de canto de olho. Nós estamos em um final de tarde de 17 de janeiro de 2020, mas a cena parece ser do século passado: Ele está usando uma jaqueta de lã que o mantém aquecido e puxa um cigarro eletrônico muito animado. O terraço do Hotel Bristol tem vista para a Champs- Elysées. Daqui ele pode ver o Louvre, e do outro lado, o Orsay. Ele está parado ali há cinco longos minutos e, estudando bem, nesse momento há algo muito Batman, o herói melancólico, observando do edifício mais alto de Gotham City. Robert contempla Paris como um morcego, mas ele ainda não sabe que símbolo é tecido por trás deste morcego. Ele pensa provavelmente nas poucas semanas que o separam do início da gravação de The Batman, marcadas para o final de fevereiro. Ele pensa em treinar para ter o corpo de um cavaleiro das trevas salvador do planeta, e não de um manequim. Esta preparação já está em atraso, sem dúvidas devido ao cansaço acumulado nas filmagens de Tenet (filme de Christopher Nolan) que duraram seis meses e só terminaram poucos dias atrás.

“The Batman também será gravado em seis meses. Começamos a gravar o filme do Nolan em março de 2019 até meados de novembro. No dia seguinte já fui aos ensaios de The Batman, tive treinamento físico, experimentei o traje… Ao todo, eu tive dois dias de folga. ”

Robert ainda não sabe que, sendo o Batman que ele é, ele acabará também pegando o Covid – doença de transmissão desastrosa e sem precedentes de morcego em morcego. Ele vai contrair o vírus em setembro e a filmagem deste filme dirigido por Matt Reeves, com Zoë Kravitz, Paul Dano e Jeffrey Wright, terá que parar uma segunda vez (após uma pausa em Março devido à pandemia) enquanto o primeiro teaser trailers já foi lançado ao mundo. Sombrio, ansioso, febril. Exatamente como se, desde Tenet, Robert Pattinson decidiu se especializar em filmes espetaculares e assombrados em um mundo à beira do colapso. Obviamente, é fácil para nós dizermos isso em 2020, depois de um ano em que o tempo e a vida foram destruídos. Mas nós não estávamos assim em janeiro, quando a atitude despreocupada e a consciência estavam dia, mesmo que estivéssemos a apenas um bater de asas do desastre. E Robert Pattinson ainda não é essa reencarnação que esperamos do popular e trágico Batman. Não. Ele tem apenas 30 e poucos anos, nascido em Londres (ele ainda mora lá), um jovem de beleza lúcida e/ou angelical. Ou um cara que pode estar entre o mais humano do circuito, provavelmente porque gosta, ele é lembrado como um cara normal, desesperadamente normal. E se esse fosse seu luxo principal? Ser mais que uma estrela: ser uma estrela que reivindica sua cota de realidade. E se fosse essa sua primeira semelhança com Batman, o único super-herói que não tem superpoderes, o único que, sob o disfarce, a carapaça, a imagem, é apenas um humano, um humano muito humano? Nesta tarde de janeiro, porém, com esta jaqueta, é no trompetista Chet Baker que Robert Pattinson nos faz pensar. Mistura de perigo e beleza nítida. Um pouco de solidão também. “Fui chamado para um projeto muito sério em torno de Chet Baker” , diz ele.

Eu li muito sobre sua vida, revisei “Let’s Get Lost” (Vamos nos perder) (o filme que Bruce Weber dedicou a ele em 1988, no final de sua vida). Escutei os seus discos, estudei a sua voz. Quando você mergulha a você mesmo nessa vida caótica e triste – nós estamos falando de um trompetista que perdeu seus dentes porque ele devia dinheiro a traficantes e foi forçado a reaprender seu instrumento como um iniciante -, você primeiro quer tocá-lo.

Ele é um personagem trágico e bonito, Chet. Mas é complicado incorporá-lo/encará-lo. O cara é tão legal, que ninguém, absolutamente ninguém no mundo, pode performar/executar Chet Baker tão bem quanto Chet Baker, quanto ele interpretou Chet Baker. Este é o típico caso de um homem que é o melhor ator de si mesmo.

Eu não posso competir com isso. Você acha que ele foi morto em Amsterdã? Nós dizemos isso. Isso nunca foi realmente, de fato, esclarecido. Ele devia muito dinheiro e nós teríamos o empurrado. É plausível. Ele também poderia muito bem ter caído da varanda do hotel, perto da estação de trem e da luz vermelha, então ele estava drogado com heroína.”

“O cara era um paradoxo, resume Pattinson. Ele parecia tão perfeito – tão “saudável” eu vou dizer, enquanto nós sabemos que ele era, literalmente, um veneno para tantos, não podemos mais contar o número de pessoas do jazz que ele envolveu com heroína na época. Como nós podemos ter aquela voz angelical, que se assemelha ao divino, e ser tão ardiloso? Esses eram o tipo de questões que eu pensei enquanto considerava se deveria ou não interpretá-lo. Nós não conseguimos evitar de querer traçar um paralelo com sua própria perfeição.

“Você é perfeito, Robert?” ele muda sua voz para mais aguda, uma cobra ou de uma criança, e responde: “Sim, eu sou perfeito e eu sou vazio. Perfeito e vazio!”. Ele completa rindo.

Não há cheiro de pólvora ou perigo no rastro de Pattinson. No máximo um pequeno aroma de maconha, em dias de folga, o que imediatamente lhe dá o ar de uma eterna festa estudantil, fumando em Amsterdã. A beleza venenosa que pode ser revelada na tela, ou na frente das lentes, transformar-se na vida – é divertido assistir – em uma grande doçura juvenil.

Exercitando constantemente um assassino de segundo grau, ridicularizando, de fato, os momentos em que teria a vulgaridade de bancar o astro.

Muitas vezes temos a impressão de que há dois Pattinson, o arcanjo pop que causa confusão nos filmes e, de costas para isso, um jovem em pessoa que, felizmente, demonstra ser cinco anos mais novo que sua idade.

Você tem a idade de Cristo…

“Sim, tenho 33 anos … Este ano será, portanto, o ano da minha ressurreição. Não, vamos falar sério por um segundo: há algo estranho na minha relação com a idade. Desde os 30 anos, passo meu tempo dizendo que estava na casa dos 40, é bom envelhecer, ver projetos diferentes me afastando daqueles da minha juventude vampírica. Também o prazer de me sentir mais estável a cada dia. Sim, eu estava ansioso para envelhecer.”

Quando você entrou na indústria cinematográfica?

“Quando eu tinha 15 anos. O que significa que passei exatamente metade da minha vida nisso. Eu era criança, depois me tornei ator. É tão estranho. Eu entrei nesse ramo quase que por acidente. O primeiro papel real já era pura loucura: eu tinha 15 anos quando atuei em Harry Potter. 15 anos … Antes disso, eu era modelo e tentava fazer filmes por quatro anos, por iniciativa da minha mãe. Eu atuei naquele filme, Vanity Fair, mas acabei sendo cortado na edição, o que não era um bom começo. Então houve Twilight, por quatro anos em tempo integral, de 2008 a 2011. Quatro anos … apenas quatro anos … e teve um impacto muito grande, muito repentino … Eu tinha 21 ou 22 anos quando o primeiro Twilight foi lançado. Se eu estivesse deitado sozinho em um sofá agora, poderia ver cada momento novamente. Não há um segundo da loucura de Twilight que eu não me lembre. Mas muito rapidamente, por volta dos 25 anos, eu senti que não poderia ir mais longe em popularidade. O jogo estava sendo jogado em outro lugar para mim; com o desafio de me tornar um verdadeiro ator, por exemplo. ”

Você gostou desse momento? É que eu não consigo entender quando você fala disso…

Sim, eu gostei, principalmente porque tudo aquilo foi muito acidental. O prazer foi tão intenso que ele não era, para mim, guiado por nenhuma ambição do tipo “ser o mestre do mundo”. Com a idade, a ambição foi para outro lugar: atuar em filmes que eu tivesse vontade de assistir. Quando eu fiz Good Time com os irmãos Safdie (2017), ou High Life (2018) com Claire Denis, eu soube que começava a me aproximar de mim mesmo.

Eu digo que existe um ator que finalmente se molda nos planos desses filmes. E eu tenho vontade de chegar ainda mais longe. Isso me faz me preocupar menos se esse ator será tão popular quanto o Pattinson de Twilight. De certa maneira, nós conhecemos a resposta: não. Não dá para chegar tão longe, e além disso, não é a motivação. Não será, pois um homem de 33 anos não causa mais a mesma febre entre um público adulto. É uma relação mais consciente, menos histérica e menos fetichista. Minha visão sobre a carreira é simples: eu assisto a muitos, muitos filmes, principalmente à noite. Alguns me animam tanto que eu chego a escrever e-mails às 3 horas da madrugada para quem os fez para dizer que eu tenho um “desejo de atuar no lugar deles”. Aqui está, meu luxo.

Nota: Nós podemos testemunhar que vimos um jovem diretor espanhol, que morava em Berlim e que trabalhava como garçom em um restaurante vegetariano, enquanto esperava para financiar seu primeiro projeto de longa-metragem, receber numa noite uma mensagem que ele inicialmente pensou ser falsa. Coloque-se no lugar dele: Pattinson tinha acabado de ver seu curta autofinanciado visto em uma micro plataforma independente e disse a ele como ficaria feliz em acompanhar o resto de sua carreira.

Quando você chega ao set de um filme independente, sua atitude ainda é a de uma estrela adulada?

“Não, muito pelo contrário. Tornei-me um amador que tem que reaprender tudo, começar do zero, esquecer o que sabe, quem tem que ouvir. Se eu viesse como uma estrela, com muita condescendência, me intrometer em um projeto menos espetacular para ganhar um pouco de crédito artístico, perderia a aproximação, mas também a chance de ser recebido em filmes exigentes antes dos quais não há sistema estelar que conta mais. Pelo contrário, é preciso ser humilde diante das pessoas que fazem o cinema progredir ”.

Você tem medo de filmar?

“É difuso. Quando leio um roteiro, geralmente, depois de algumas páginas, sei como interpretar. A ansiedade geralmente começa exatamente um mês antes das filmagens. De repente, minha confiança some. É substituída pela dúvida. Não tenho mais ideia de nada, de como devo fazer, até o momento da filmagem.”

Quantos dias você precisa para encontrar o personagem?

“Não há regra. Depende do que posso encontrar dentro de mim. O maior perigo na minha vida diária seria não me sentir animado com o que está ao meu redor. Ainda é na minha própria vida que poderei encontrar os elementos para refinar minha técnica. Essas coisas muitas vezes são muito íntimas, às vezes são até sonhos que eu invoco para poder representar a cena da maneira que acho que deve ser feita. ”

Você pode me dar um exemplo?

“Para começar, o Batman, estou usando coisas no momento que parecem frágeis em comparação com a importância do projeto. Conversas que tive com amigos próximos, cenas de sonhos. Essa é a parte secreta e sensível do ator frente ao peso do projeto. No Batman, em Tenet, uma equipe gigantesca de técnicos cerca você e quando você diz: “Vamos, Robert … Ação!” você tem que esquecer essa massa de pessoas e atuar na frente de seus próprios pensamentos, seus próprios demônios. Sim, tenho a empolgação de um ator em enfrentar a tensão do set, a expectativa desordenada de todas essas pessoas e transformá-la em um diálogo entre mim e eu. É uma sensação emocionante e horrível ser aquele “merdinha” que arrisca desperdiçar toda a artilharia pesada, toda aquela infraestrutura de guerra, porque não conseguiu fazer direito… Eu penso nisso, alguns dias antes da filmagem ”

Você ainda consegue se surpreender?

“Inventei uma pressão que acabou me enlouquecendo. E eu gosto. O dever de surpreender, meu público e acima de tudo eu mesmo, tornou-se o único desafio que vale a pena. E é muito mais difícil, acredite em mim, do que o desafio de bilheteria. Com O Batman e o Tenet, você sempre pode dizer que estou tentando voltar àquelas alturas – estamos falando de milhões de ingressos. Mas Tenet também é um filme experimental. Quanto ao Batman, primeiro olho para o personagem e o que tenho a ver com ele, como terei que inventar nuances nesta concha, tornando-a mais complexa, cada vez mais complexa. Batman é um papel em que tenho que aprender a interpretar melhor a ambigüidade. Está fora de questão interpretar um personagem de uma única cor. É lindo, pessoas que parecem viver de duas maneiras ao mesmo tempo. E então, imagine: você adora cozinhar e depois de anos consegue obter o prato perfeito, o mais saudável, o mais equilibrado, o mais saboroso, o mais sutil; você honestamente comeria em todas as refeições? Não! O que você sonharia secretamente? Em comer um bom cheeseburger gorduroso, ah ah ah ah. Ele deu uma longa tragada em um cigarro em silêncio e se perdeu no panorama. Você sabe, quando filmamos O Farol, fiquei louco sobre onde estávamos filmando. O farol, nada ao redor, pedras. No filme, é suposto representar o próprio inferno, o precipício para a loucura. Eu realmente queria ir de férias lá. Simplesmente porque amo a solidão. Eu amo tanto que não saio do hotel quando estou filmando. Por semanas a fio, trancado no meu quarto. Eu assisto filmes, fico horas olhando pela janela, o balé das pessoas andando nas ruas ”.

Que conselho, Robert Pattinson, o homem, daria a Robert Pattinson, o ator, a lenda?

[Silêncio] “Eu não tenho ideia. Provavelmente porque eu nunca fiz uma separação entre mim e o ator. Não acredito na sua versão de que existe um verdadeiro eu e a estrela. Pelo contrário, acredito que tentei reduzir a distância entre minha pessoa privada e a pública. Claro, quando me vejo na capa de uma revista, não posso dizer a mim mesmo: “Ah, aí, sou eu mesmo.” Mas estou procurando coerência. E isso vem do desejo de ser eu mesmo, tanto quanto possível, enquanto tento explorar personagens que não são eu. Meus papéis não são como eu. Eles não são nada como eu. Não me perturba muito. À minha volta, alguns amigos atores estão preocupados com a forma como são percebidos externamente por causa de seus personagens. Eu não estou. O que me incomodaria seria fazer a mesma coisa indefinidamente. Sempre os mesmos papéis, os mesmos filmes. Sempre o mesmo Pattinson. ”

O que a modernidade significa para você?

“É uma questão de adaptação. Tudo se move muito rápido, tudo está sempre à beira do caos. Mas não devemos ter medo diante dessa velocidade. E então, há uma certa beleza em contemplar o caos, não é?”

Tradução: Maya Fortino, Amanda Gramazio e Reh Cegan

Robert Pattinson é capa da revista Vanity Fair da França no mês de novembro! A edição sairá na quarta-feira com um novo photoshoot e entrevista. Fiquem atentos a esse post, que assim que tivermos os scans, o atualizaremos com as devidas imagens e entrevista traduzida por nossa equipe!

#Crepúsculo, #Tenet, #TheBatman… o ator do ano entrevistado sobre seu trabalho, o futuro do cinema, sua fama e o dever de surpreender
Tradução: Maya Fortino

Foram divulgadas algumas imagens e já a disponibilizamos em nossa galeria. Vejam a seguir:


PHOTOSHOOTS > 2020 > VANITY FAIR FRANCE

Fonte: @Monsieur_HJ

Foram divulgadas novas fotos de Robert Pattinson para o filme O Rei, produzido pela Netflix. Nesse longa-metragem, o ator interpreta o tirano Príncipe da França, Delfim da França, que luta com o jovem Rei da Inglaterra, Henrique V. Confira esse photoshoot promocional em nossa galeria, a seguir:


FILMES > THE KING | O REI > OFICIAIS > PHOTOSHOOT PROMOCIONAL #1

Fonte: Weibo Robert Pattinson

A GQ Tailandesa divulgou a capa de sua revista para os meses de maio a junho de 2020 com Robert Pattinson. Nesse photoshoot que o próprio ator produziu e tirou as fotos, o figurino é assinado pela Dior. A revista informou que foram selecionadas 16 fotos desse ensaio, o que nos faz ter a ideia que ainda faltam 3 imagens para serem liberadas.


PHOTOSHOOTS > 2020 > GQ THAILAND

Fonte: gqthailand instagram