Robert Pattinson está na maratona de divulgação de Mickey 17 e da nova fragrância da Dior ao mesmo tempo, e com isso, estão surgindo diversas entrevistas sobre ambos os assuntos. Nossa equipe traduziu o scan da conceituada revista Vanity Fair deste mês, onde ele fala um pouco sobre o filme, e um pouco sobre o perfume. Leia abaixo a tradução completa da entrevista feita por nossa equipe, e o scans em nossa galeria de fotos.
VOLTANDO PARA CASA
Robert Pattinson tem sido o rosto da Dior Homme por mais de uma década. Com uma campanha nova em folha para a nova fragrância, e um papel principal em Mickey 17, o ator aproveita um momento para refletir.A estrela de Robert Pattinson está de volta em órbita. Antes de retornar para as telonas nesta primavera com Mickey 17, uma ficção-cientifica de humor negro do cineasta ganhador do Oscar, Bong Joon Ho, ele aparece como um homem sexy comum em uma nova campanha Dior Homme.
Pattinson disparou para a fama mundial com a Saga Crepúsculo, e aquela vibe vampiresca obscura, temperamental, enigmática – e moldou o seu começo sob os holofotes. Mas quando ele aparece em seu dia-a-dia vestindo um moletom Supreme, com o cabelo apontando em todas as direções, isso parece ser um peso mais leve sobre os seus ombros. “Todo mundo tem síndrome do impostor em algum nível, mas por muito anos eu tive muita inveja das pessoas que eu via se sentindo muito confortáveis consigo mesmas, especialmente quando estavam em atuando. Por que eu não posso me sentir assim? Talvez seja apenas um dom natural e eu gostaria de ser desse jeito, blá blá blá. Eu passei um longo tempo tentando me livrar da ansiedade,” ele disse. “E eu acho que depois de tantos anos fazendo algo, você percebe, ah, não dá para realmente se livrar da ansiedade, mas você pode transformá-la e usá-la como energia. Minhas inseguranças sobre tudo que envolve ser um ator se tornaram o meu radar para o que fazer.”
Depois de trabalhar com a Dior por mais de 10 anos, Pattinson até mesmo abraçou o fato de ser o rosto de uma fragrância. “Eu fui muito claro sobre o que eu queria fazer na primeira campanha, porque eu realmente sabia o que eu não queria fazer: uma encarada para a câmera, algo do tipo heyyy fragrância sexy,” disse ele com uma risada. “Então isso tem uma energia de que você está lutando contra isso. Eu tipo que me acomodei um pouco mais nisso, então eu acredito que tenha mais sensualidade. Parece mais maduro. Há algo de romântico nisso, o que é de certa forma bem doce.”
A última essência Dior é uma reimaginação da sua composição original de 2005, do diretor de criação de perfumes Francis Kurkdjian, que usa a planta da íris desde a flor até a raiz, para um aroma fresco e sensual. “Há uma proximidade com isso,” Pattinson diz. “Eu realmente não gosto muito de ter uma essência onde, assim que você entra em um recinto, todos ficam, ah, você está usando perfume. Tem algo nele que combina com a sua essência natural muito bem. Não é excessivamente intrusivo. É mais uma coisa de aura.”
O próprio Pattinson fica atmosférico interpretando um astronauta regenerativo em Mickey 17, que estreia ainda esse ano após alguns problemas com o lançamento. “Eu gosto de como normaliza a viagem espacial,” diz o ator, que desde o seu último filme teve uma filha com a sua parceira Suki Waterhouse. “Isso me lembra de quando vieram todas essas histórias novas, basicamente dizendo que existem alienígenas na terra, depois de anos e anos e anos. E todo mundo esqueceu. Eles estão no TikTok 2 segundos depois. Essa é a atitude sobre viagens espaciais,” Pattinson continua “Não é como o que você normalmente vê em filmes de ficção científica, onde tem uma gravidade sobre isso. Com Mickey, é a mesma merda de sempre. Você ainda tem um chefe horrível. Não tem nenhuma trégua do outro lado do universo. É pior.”
Dada a ambivalência do filme sobre o espaço, não é surpreendente que Pattinson não tenha nenhuma vontade de viajar para outros planetas. “Minha falta de imaginação,” ele começa, “mesmo quando você vê alguém em uma nave espacial: Okay, então você está em uma nave espacial e você só olha para as janelas. O quão diferente isso seria de assistir TV ou assistir um protetor de tela? Além de poder contar para as pessoas. Eu não me importaria de fazer um passeio especial, mas estar numa nave espacial? Eu acho que prefiro ter um cachorro.”
Tradução: Amanda Agostinho e Iarlla Vieira