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Em mais uma entrevista reveladora para a revista francesa Térérama, Robert Pattinson comenta sobre Cosmopolis, sobre seus novos projetos, o fim da saga Crepúsculo e muito mais! Confira a seguir os scans em nossa galeria e a tradução:

003 x Scans > Internacionais > 2012 > Maio 2012 – Télérama (França)

A entrevista foi feita em um clube privado na Avenida Sunset.

Ele tinha essa beleza intensa debaixo de um boné de baseball, um cachecol claro, uma camisa xadrez, uma camiseta branca e um jeans lavado. Eles fizeram a entrevista no terraço, onde ele poderia acender seus cigarros.

Entre tosses rápidas e risadas nervosas, ele explica que ele não se sente em casa aqui.

Seu sonho é trabalhar em uma comédia de humor negro de Todd Solodnz ou em dramas masculinos de James Gray ou Jacques Audiard.

“Eu fiquei assustado em ser cortado do cinema caseiro pelo qual eu sempre senti uma paixão. Fiquei assustado por nunca ser requisitado para interpretar nada interessante, que minha vida passaria e que alguém me perguntaria algum dia, ‘então, exceto por Crepúsculo, o que você tem feito?’ Nessa indústria, você é facilmente rotulado.”

“Eu nunca provei nada, eu nunca fui iludido pela histeria que me cercava. É o personagem que eu interpreto, Edward Cullen, o vampiro romântico. Além disso, antes do filme ser feito, as garotas gritariam nas leituras públicas de Stephenie Meyer.”

Quando ele estava com o roteiro de Cosmopolis: Ele teve o medo de iniciante/novato. “Eu fiquei com muito medo de que eu fosse estragar tudo que passei uma semana tentando encontrar uma maneira de recusar o trabalho. E então eu disse a mim mesmo que eu não deveria ser tão travado. Minha agente estava nervosa: ‘por que você aceitaria se você não entende?’. Confessei minha confusão ao David e ele gostou. Eu acho que pode ser por isso que ele tenha me contratado. A maioria dos atores tentaria agir de forma descolada, tentariam dizer algo inteligente mas eu estava completamente perdido.”

Cronenberg disse que o ator não veio para o set de filmagens com as mãos nos bolsos. Que ele era um leitor assíduo, que tem se interessado no personagem de ‘garoto de ouro’ por um bom tempo, aquele que está próximo àquele que ele interpreta em Cosmopolis. ‘Money’, de Martin Amis – que descreve as alturas vertiginosas de dinheiro fácil e o hedonismo chique – é um dos seus livros de cabeceira. Ele encontra muitas semelhanças com ele mesmo no espaço vazio do sistema solar, que ele escreveu sua própria versão do romance, na esperança de interpretá-lo algum dia.

“Eu pensei sobre isso para Cosmopolis, claro, mas os personagens são muito diferentes e Cronenberg preferiu que eu não soubesse de nada. Ele queria que eu cedesse, falasse minhas falas de uma forma quase abstrata, como poesia. Foi entusiasmante e um pouco assustador. Hoje eu fico nervoso com a ideia de falar a um público sobre um filme que continua no escuro. Mas Cronenberg, ele mesmo, queria ter algo que lhe escapasse. Ele me diria algo sobre Fellini e diria que um cineasta que atingiu seus objetivos já está morto. É muito mais interessante do que saber exatamente onde um artista te levará. E mais, é a primeira vez que eu realmente gosto de um filme que eu faço.”

(O artigo fala sobre sua familia, como suas irmãs o vestiam como uma garota, sobre seus trabalhos como modelo).

“No início, eu era repelido pela vaidade dos atores. Antes de tudo eu queria escrever, mas eu tive que me encontrar muito rápido. De uma forma monótona, atuar parecia ser a melhor maneira de me expressar o que eu não poderia dizer de uma maneira diferente.”

(Depois, o artigo menciona o corte de papel em Feira das Vaidades e Harry Potter. Seu jeito, sua arrogância e seu caráter não lhe oferecem muitos papéis).

“Eu estava derrotado, eu fazia um trabalho de ação após o outro sem qualquer consistência. Trinta euros por dia de trabalho. Quando me foi oferecido Crepúsculo, eu não tive escolha. Fazia três anos que minha agente em Hollywood tentava me encontrar um emprego, sem nenhuma sorte. Normalmente, após seis meses de buscas sem sucesso, você está morto nesta indústria, mas ela continuou acreditando. Eu nunca estive fascinado por um papel, mas quando sou escolhido eu me doou 150% ao meu personagem.”

A saga Crepúsculo, que estava prestes a engoli-lo, vai acabar no próximo Outono.

“Estou curioso para me reunir com este universo pela última vez, para ver o efeito que terá sobre mim e sobre o público. Eu sinto que o frenesi está começando a morrer. Entramos na era de Jogos Vorazes, o mundo quer carne fresca!”

Hoje Robert Pattinson tem cinco próximos projetos em vista, incluindo um no Iraque. E desde que ele sabe que “você só consegue ter uma ou duas falhas antes que você seja esquecido”, ele fala sobre voltar a música e escrever canções, inspiradas por Beside You e Neil Young’s Ambulance Blues de Van Morrison. Ele também tem em mente a idéia de um filme e um programa de TV, ele nunca desistiu de ser autor e trabalhar com determinação no roteiro de um projeto ambicioso – uma trilogia de fantasiosas aventuras (e política), livremente adaptados de um livro de sucesso.

“As pessoas estão me ouvindo agora, então eu me aproveito disso. Eu não acho que os autores duram muito em nosso tempo e eu gosto muito desta forma de trabalho para deixá-lo ir embora.”

Fonte | Tradução: Sheila Andrade e Milla Correa