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Categoria: Fotos

Robert Pattinson concedeu uma entrevista através de videochamada pelo Zoom, para o site da GQ Magazine, onde ele fala sobre paternidade, a nova fragrância da Dior, sobre ser totalmente adepto ao café, salmão, alongamento de quadril e fones de ouvido com fio! Leia a seguir a tradução na íntegra, feita pela nossa equipe.

“Tem algo realmente amável sobre ir na casa de uma pessoa aleatória apenas porque eles tem um bebê na mesma idade que o seu e ter, tipo, encontros diurnos,” diz o ator, que também discute a “dieta da foca” e o novo Dior Homme Parfume.

Robert Pattinson promove a fragrância Homme mais vendida da Dior há mais de uma década, mas, quando ele entrou em contato com a GQ pelo Zoom, ele ainda não consegue colocar as nuances dos diversos aromas em palavras. “Eu simplesmente não tenho nenhuma linguagem para descrever o cheiro,” ele disse. “Eu até tenho notas de imprensa do que dizer. E eu fico literalmente tipo… legal!”

O ator de 38 anos é, claro, um das maiores estrelas de cinema de sua geração, com uma flexibilidade inigualável que lhe permite equilibrar o trabalho em blockbusters como Crepúsculo e O Batman com performances intensas em filmes independentes como Bom Comportamento e O Farol. Então enquanto ele estava nervoso sobre promover a colônia no início (“Não era realmente a coisa a fazer em 2012”), quando lhe pediram para estrelar o primeiro anúncio da Homme, ele foi atraído pelo desafio de incorporar uma coisa tão abstrata como uma fragrância – e a chance de trabalhar com o diretor francês Romain Gavras, que era mais conhecido naquela época por videoclipes como “Bad Girls”, da M.I.A., e “No Church in the Wild”, de Jay-Z e Kanye West.

“Tinha algo nos videoclipes dele que eu realmente amava – eles meio que tinham um senso de emoção e humor, e fisicamente havia uma sequência de dança incrível,” ele me contou. “Eu disse, oh, tem algo que seria muito interessante sobre a liberdade em seu corpo e coisas assim.”

Ao ouvir Pattinson falar, você rapidamente entende porque ele é um bom “rosto” para uma colônia mesmo que ele não possa te dizer exatamente o cheiro dela. Recentemente, ele apareceu em um curta para promover o perfume Homme Parfum, a mais nova variação do perfume. Nós falamos sobre isso e também sobre outras coisas que ele deveria ser o rosto.

Café Solúvel
“Eu definitivamente apoio o excesso de cafeína logo no comecinho do dia. Você precisa basicamente viver o seu dia inteiro em um tipo de estado maníaco. Mas eu não consigo tomar Celsius – é demais. Parece que eu meio que entrei numa montanha-russa e não consigo mais sair. Minha coisa favorita é café solúvel, mais do que qualquer coisa. É muito inglês. Eu gosto quando se parece com óleo – é assim que o meu expresso é, apenas grãos de café mal dissolvidos.”

Salmão
“Eu sou meio que como uma criança. Eu estou fazendo muitos trabalhos seguidos e eu fico muito obcecado em ter um comportamento disciplinado – caso contrário me sentiria louco depois. Mas eu estava almoçando ontem e eu estava tipo, Eu não consigo mais sentir o gosto do salmão. E então eu percebi que eu não comi nada além de salmão por meses. É como se eu tivesse uma dieta de foca: eu realmente estava comendo salmão três vezes por dia. Eu costumava comer atum direto da lata quando eu estava trabalhando, eu só colocava molho picante na lata de atum. Alguém me viu fazendo isso uma vez e ficou tipo, isso é totalmente nojento. E então eu fiquei com medo de envenenamento por mercúrio, então mudei para o salmão. Alguém me disse que eu poderia ter envenenamento por mercúrio do salmão de qualquer forma. Mas é: eu aprovo.”

Dior Homme Parfum
“Eu não gosto muito de cheiros que você pode identificar facilmente – ou mesmo identificar que você está usando algo. Esse é enganosamente simples. Minimalista. É estranho, especialmente depois de um tempo, não cheira como perfume, tem apenas uma espécie de aura em torno dele. Combina com o seu próprio perfume e tem um cheiro muito natural. Mas é, é engraçado, eu gosto muito de fazer essas entrevistas com jornalistas franceses porque eu posso apenas dizer palavras aleatórias e alguém tem que traduzi-las e você soa muito mais pretensioso. Eu gosto disso.”

Alongamento no quadril
“Eu estava tipo, por que estou sempre tão duro? E então esse treinador com quem eu malho me mostrou essa coisa na academia – eu nem sei qual é o nome da máquina. Mas você faz um alongamento no quadril sentando com as suas pernas o mais afastadas possível em um banco e usando um peso para esticar os seus quadris. Absolutamente transforma vidas. Eu sinto como se isso tivesse me dado uns 10 anos extras de vida.”

Fones de ouvido com fio
“Eu não quero carregar nada! Eu acho extremamente triste que eles pararam de fazer fones de ouvidos legais com fios. É literalmente impossível comprá-los agora. Eu não quero usar um fone de ouvido intra-auricular. O fato de você não ter fones que duram um voo inteiro? É uma loucura, mas é a realidade. Eu tenho buracos estranhos no ouvido e por isso os fones da Apple não encaixam neles. A Shure costumava ter esses fones de ouvido para correr – eles eram os meus favoritos, mas eles literalmente não fazem mais, e a ideia de comprar fones de ouvido usados no eBay é um pouco demais para mim. Agora os únicos disponíveis são os fones de ouvido com fio mais baratos possíveis – o que é realmente irritante. Eu só queria que alguma empresa de fone de ouvido queira fazer algum retrô… Eu poderia ser o rosto desses fones de ouvido de merda.”

Paternidade
“É estranho: até você ter um filho, falar sobre filhos? Você fica tipo, Eu não me importo com o seu filho. Literalmente, a única coisa que significa é que você não vai mais sair. E então, assim que você tem um, você fica, Oh, isso é muito melhor do que sair com o meu amigo mesmo.” [A noiva do Pattinson, Suki Waterhouse, deu à luz a primeira filha deles em Março do ano passado]. “Um mundo enorme se abre! Eu era tão recluso – eu nunca tinha realmente conhecido os meus vizinhos. E agora por que você fica constantemente no playground, tipo, o tempo inteiro? Eu estou apenas saindo com os meus vizinhos. Tem algo realmente amável sobre ir na casa de uma pessoa aleatória apenas porque eles tem um bebê na mesma idade que o seu e ter, tipo, encontros diurnos. Eu não posso acreditar que isso realmente está acontecendo comigo, mas fazer um churrasco no domingo e dizer coisas como, ‘Você, hm… você assiste o jogo?’ Isso é ótimo. Eu amo isso.

Fonte | Tradução: Iarlla Vieira

Após sua saída de Seoul na divulgação do seu novo filme, Mickey 17, Robert Pattinson desembarcou em Paris para participar do Paris Fashion Week no desfile masculino da Dior Homme de inverno que aconteceu no dia 24. Abaixo você confere todas as fotos e vídeos:

Mais tarde, Robert participou da cerimônia de legião de honra para Kim Jones, que foi nomeado Cavaleiro de honra da maior condecoração civil da França.

Robert Pattinson concedeu uma nova entrevista para a Esquire, onde falou sobre perfume, sucesso e gaivotas! Leia à seguir, traduzido na íntegra por nossa equipe:

Para marcar o lançamento de um novo Dior Homme Parfum, a Esquire conversou com seu criador, Francis Kurkdjian, e o rosto da Dior Homme, Robert Pattinson. Francis Kurkdjian é um dos perfumistas mais bem-sucedidos do mundo. Em 1995, ele criou Le Male para Jean Paul Gaultier, em um ponto a fragrância masculina mais vendida na Europa. Em 2009, ele fundou sua própria casa de fragrâncias de luxo, Maison Francis Kurkdjian, agora parte da LVMH. Em 2021, Kurkdjian foi nomeado diretor de criação de perfumes, Christian Dior Parfums.

Robert Pattinson está entre os atores mais versáteis e respeitados do mundo. Seus filmes incluem The Twilight Saga (2008-2012); Good Time (2017); The Lighthouse (2019) e The Batman (2022). Ele tem sido o rosto da fragrância Dior Homme desde 2012. A campanha do ano seguinte para a marca, com Pattinson e uma modelo em um quarto de Nova York, foi aplaudida por seu estilo cinematográfico. (Em 2016, Pattinson se tornou um embaixador global da moda Dior Homme).

Para o lançamento de um novo Dior Homme Parfum, conversei com Francis Kurkdjian e Robert Pattinson sobre perfume, filmes e o que é feito para fazer uma fragrância de sucesso.

Esquire: Olá, Robert. Quem é o personagem que você interpreta no novo filme promocional da Dior Homme Parfum?
Robert Pattinson: Acho que é uma continuação da primeira campanha em 2013. O personagem original era alguém que é realmente amável. Há uma espécie de anseio agressivo. De realmente não se encaixar em lugar nenhum. [A equipe] estava se baseando em personagens arquetípicos: James Dean e Marlon Brando. Meu personagem quer experimentar tudo. Ele nunca está bem em casa. Ele está tentando se definir de uma maneira bastante apaixonada. E acho que, à medida que as campanhas avançam, ele se tornou mais romântico e sensual.

Seu trabalho é vender um sentido (cheiro) criando um sentimento e uma atmosfera dentro de um comercial. Esse é um show bem estranho. O cheiro informa isso?
Robert Pattinson: Quero dizer, eu sou absolutamente atroz. Percebi nas últimas horas o quão ruim eu sou em falar sobre perfume [estamos falando no final do dia, durante o qual Pattinson e Kurkdjian têm feito várias entrevistas]. Eu tenho a capacidade de ligar e desligar meu olfato, no entanto – o que eu acho uma habilidade bastante útil. É interessante ver como Francis aborda seu trabalho. O perfume foi desenvolvido muito antes de qualquer parte da campanha chegar. Então, sim, acho que é tudo realmente uma resposta ao trabalho de Francis.

Qual foi a ideia para a nova fragrância então, Francis?
Francis Kurkdjian: Eu queria infundi-lo com masculinidade moderna. Dior Homme é uma marca que joga à beira da masculinidade. Iris [no novo perfume] é conhecida como uma flor feminina – muito macia, em pó – então havia algo que ainda não foi explorado. Quando assumi a Dior, sabia que faria algo com a Dior Homme, para torná-la mais contemporânea. Torne-o não tão clássico e traga um pouco de irreverência. É assim que Kim [Jones, diretor criativo da Dior Homme] define masculinidade. Ele é capaz de misturar classicismo e modernidade, tradição e algo contemporâneo. “Respeite as tradições e ouse ser ousada”, – essa é uma citação de Christian Dior. Isso volta às décadas de 1940 e 50. Não devemos esquecer que isso é relevante hoje. Minha tarefa é falar sobre o homem moderno. Eu sabia que Robert [estaria promovendo a fragrância]. Eu vi o roteiro um pouco. Dior Homme é um homem muito específico. Mesmo com o mundo do perfume, em comparação com outras marcas, porque está à beira do frágil e forte. Poderoso e carismático. Isso é difícil de descrever. Mas o trabalho tem essa dualidade.

Quão complicado foi fazer este?
Francis Kurkdjian: Não foi complicado. Sinto muito dizer isso! Sou velho – sei que pareço muito jovem – e agora sou um perfumista experiente. Quando você tem uma ideia clara, é fácil. Se você é dançarino de balé, confia na sua técnica. A parte mais difícil do meu trabalho é estar conectado a um tempo. Quando comecei há 30 anos, eu era jovem, então estava conectado com aquela época. Mas eu não tinha a técnica para expressar isso, porque eu não era habilidoso o suficiente. Hoje, tenho longas horas de técnica atrás de mim. Então, ir do conceito para o produto real é meio fácil. O que é mais difícil para mim é encontrar uma ideia relevante ou criar uma nova história que ainda não tenha sido contada.

Robert, o que você quis dizer quando disse que tinha a capacidade de ligar e desligar seu olfato?
Robert Pattinson: [Começa a rir, talvez ao ser convidado a falar sobre algo tão esotérico como cheiro mais uma vez] Mesmo que eu dê as melhores respostas, não há boas respostas.

Vamos lá, você pode fazer isso.
Robert Pattinson: É estranho. Acabei de notar isso no último trabalho que estava fazendo. Porque, por algum motivo, as pessoas ficavam se desculpando pelo cheiro delas. E acabei de perceber que não conseguia sentir o cheiro de nada. Então eu percebi que quando estou trabalhando, eu simplesmente não tenho nenhuma noção desses momentos…. Estou quase completamente dentro do meu próprio corpo. Não estou ciente de nada além das expressões faciais das pessoas. Eu não sei. É uma habilidade estranha de se ter!

O que você está dizendo é que você é um ator incrível, você está completamente no momento o tempo todo.
Robert Pattinson: [Sério] Sim. É apenas um foco extremo. Alguém poderia soltar o pior peido ao meu redor e eu nem saberia.

Que cheiros te lembram da infância?
Robert Pattinson: Bem, você está falando com alguém de Londres [ele nasceu em Barnes]. E há um cheiro muito particular de Londres. Pousando no Aeroporto de Gatwick – eu acho, porque sempre que eu saí de férias quando era criança, sempre parecíamos ir de Gatwick – e pousar lá tem um cheiro muito, muito, muito forte para mim. Então isso sempre me lembra de uma infância. Eu acho que isso é extremamente nostálgico.

Gatwick cheira melhor do que Heathrow?
Robert Pattinson: Sim, não tanto Heathrow. Isso só parece mais “regular”. Acho que se você for de férias para a Espanha, ou o que quer que seja, você sempre vai de Gatwick. Então, eu associo muito esse cheiro do Aeroporto de Gatwick com a infância. Há também algo particular em ir para Dorset. As praias de Dorset sempre trazem de volta à infância.

Existem aromas que você associa aos personagens que você interpretou?
Robert Pattinson: Definitivamente o cheiro do capuz, do Batman – muito.

Do que isso cheira?
Robert Pattinson: Bem, é couro. Mas também é uma combinação – porque você está selado em uma máscara de couro, mas também está extremamente ansioso o tempo todo. E o couro é poroso, então realmente assume um cheiro emocional. Quando fiz o teste para o Batman, tive que experimentar todos os diferentes capuzes [de atores que interpretaram o papel]. Mesmo de 20 anos atrás, todos eles ainda tinham o cheiro de cada ator individual. É meio estranho.

Quem cheirava melhor?
Robert Pattinson: Acho que provavelmente Clooney cheirava melhor.

Claro que ele fez. O que você descreveu soa como o cheiro de medo. Parece horrível.
Robert Pattinson: Sim. [Risos] O cheiro do medo tem a ressonância emocional mais forte!

E quanto a Thomas Howard, o faroleiro do século 19, em The Lighthouse?
Robert Pattinson: Quero dizer, essa é outra razão pela qual eu posso desligar meu cheiro! Aquele filme cheirava tão mal que [os cheiros] realmente explodiam. Havia tantas cenas [que cheiravam terrível]. Porque tivemos que fazer com que as gaivotas circulassem o conjunto o tempo todo. Então, havia baldes de peixes podres por toda parte, por todo o conjunto. Só para que houvesse centenas de gaivotas. E isso é um alerta e tanto. É como “G’ah! Ah, agora estou no trabalho”. Eu tenho muito respeito pelos pescadores depois disso.

Connie Nikas, o pequena vigarista em Good Time?
Robert Pattinson: [imediatamente] Oh, isso é uma mistura estranha de sangue e um vape.

O Batman vai cheirar diferente em “Batman: Parte II”?
Robert Pattinson: Espero que sim!

Você pode nos dar uma palavra para descrevê-lo neste momento?
Robert Pattinson: Ainda não vi nada, então não faço ideia. Mas eu acho que talvez… um pouco mais de íris?

Alguns comerciais de fragrâncias se tornam tão famosos quanto o produto que estão vendendo. Qual é a chave para isso?
Robert Pattinson: Acho que você não pode prever nada. Mesmo que você esteja se divertindo no set… Eu fiz muitos [de comerciais] quando você pode ter o melhor momento, e você acha que vai se traduzir em algo maravilhoso, e simplesmente não. Nem parece que você estava se divertindo. É uma alquimia muito estranha. Lembro-me do primeiro anúncio [fragrância Dior Homme] que fizemos com [diretor] Romain Gavras. Fizemos a coisa toda com uma música do A$AP Rocky – na época o A$AP Rocky não era tão conhecido. Fizemos todo esse anúncio com essa música tocando constantemente em segundo plano. A atitude que estávamos incorporando era mais como hip hop. E então eles mudaram o Led Zeppelin [“Whole Lotta Love”] no final. E parece tão natural agora com aquela música do Led Zeppelin, mesmo que lhe dê uma vibração totalmente diferente. Então, você nunca sabe. Você está apenas atirando no escuro e esperando.

Francis, e você? Às vezes você deve passar muito tempo fazendo um perfume, e então ele é apresentado ao mundo de uma maneira que você não teria previsto.
Francis Kurkdjian: Sim, nunca se sabe. Mas não é sobre o que eu penso. É sobre o que o público sente e vai pensar. Também depende de contra quem você está competindo. Porque às vezes você acha que é relevante, você acha que está surfando em uma onda – e de repente você tem um concorrente que vai “zoom!” [E é muito mais bem-sucedido]. Então, você pode ser muito feliz na noite anterior [o lançamento]. E então você libera seu perfume e a campanha. Aconteceu comigo que eu não fui a virada de jogo! Nos últimos 35 anos, tive alguns fracassos. Eu fiz alguns não bons, eu tenho que dizer. Eu lancei um perfume um dia antes do 11 de setembro, por exemplo. Nesse último momento, algo pode acontecer… ou você pode estragar tudo. Mas eu acredito que essa é a beleza disso. Isso significa que não há receitas. Um dia [se viermos responder sobre] inteligência artificial [para criar aromas de sucesso] não funcionará. Porque o que torna isso bonito é a incerteza das coisas.

Assim como a indústria cinematográfica, Robert.
Robert Pattinson: Tentar prever como será um mercado nos próximos anos… é quase ridículo. É difícil até mesmo saber se você ainda vai gostar do que está fazendo daqui a dois anos, muito menos de qualquer outra pessoa.

Como podemos aprender a apreciar melhor o cheiro?
Robert Pattinson: Faça algumas pesquisas com Frances. Assista a algumas entrevistas!
Francis Kurkdjian: Confie em si mesmo, de verdade. Não há erros. Você pode usar um terno porque acha que é sexy ou que está na moda. Você pode usar um par de sapatos porque eles parecem bons. E seus pés podem doer. Mas você não pode usar um perfume que não gosta. Com perfume, há algo que está no fundo do seu intestino. Você não pode confundir o que você gosta, porque sua mente e seu corpo lhe dirão imediatamente, que você vai ficar doente! Então, confie em si mesmo. Muitas vezes tentamos colocar regras e dizer: “Oh, isso mesmo, isso é chique. Isso é elegante”. Mas isso é um absurdo. É besteira, porque se você não conseguir convencer alguém a usar algo que eles não gostam. Não é como moda, isso é certo.

Fonte | Tradução: Bárbara Juliany

Robert Pattinson diz que Suki Waterhouse é a pessoa mais cheirosa que ele já conheceu! O ator e rosto do novo “Dior Homme eau de parfum”, revela seus arrependimentos sobre a cor de seu cabelo e mais dos seus segredos de fragrância e bem-estar exclusivamente para Bazaar.

Muita coisa mudou desde que Robert Pattinson foi anunciado pela primeira vez como rosto da fragrância Dior Homme em 2013. Ele estrelou em mais do que alguns filmes aclamados pela crítica, assumiu o papel do Bruce Wayne em O Batman, e até mesmo teve uma filha com a sua noiva – e também companheira excepcionalmente talentosa e bonita – Suki Waterhouse. Agora, aos 38 anos, o ator é mais uma vez o rosto do mais recente lançamento do Dior Homme, uma versão refinada e simplificada do perfume icônico focado na nota de íris.

Pattinson é tão deliciosamente honesto e refrescante como sempre. A seguir, o ator revela seus arrependimentos sobre a cor do seu cabelo, o único suplemento de saúde que ele realmente ama, e mais dos seus segredos de fragrância e bem-estar exclusivamente para Bazaar.

Você estava com luzes loiras no meu filme favorito, “Tenet”, um bigode em “O Farol”, e o cabelo mais escuro e longo em “Batman”, então em Mickey 17 eu imagino que deve haver pequenas diferenças físicas entre as múltiplas versões de você. Então, qual o papel que a beleza, o cuidado ou o cheiro desempenham na maneira que você concebe os personagens que está interpretando?
É enorme e meio que uma coisa incomum também. É engraçado, porque no seu dia a dia, se você é um ator, você está tipo, “Oh, se eu usar essas roupas ou usar isso ou tanto faz, todo mundo vai pensar que sou, tipo, esse tipo de pessoa como uma pessoa normal.” Não, eles não pensam. Ninguém está pensando nada. Ninguém sequer percebe se você muda seu cabelo. Mas é muito engraçado quando você está no set fazendo um teste de câmera e você está dizendo “Oh, o que isso quer dizer? Esse cabelo levemente diferente?” Meio que quer dizer algo. Definitivamente faz eu me sentir muito, muito diferente. As luzes loiras em “Tenet” – Eu estava realmente obcecado pelo Christopher Hitchens na época. E também tem algo sobre uma pessoa muito loira que bebe muito; é um tipo coisa particularmente inglesa, e você sempre vê isso em um clube de cavalheiros. Eu meio que associo cabelo muito loiro a um tipo de infantilidade, e tem algo como um tipo de angelismo sobre você, como um anjo caído. Era isso que eu estava procurando.

Então foi uma decisão sua ficar loiro para aquele filme?
Inicialmente, eu tingi meu cabelo de loiro, e ele parecia um pouco louco. Então eu tonifiquei um pouco. Clarear o seu cabelo é engraçado. Eu fiz isso outro dia, quando eu fui ao Coachella pela primeira vez em uma década. Eu meio que tive um colapso nervoso antes, pensando que eu era muito velho. Então eu estava com luzes no cabelo e eu usei um chapéu o tempo inteiro porque eu estava muito consciente sobre isso. Você estava tipo…isso foi uma péssima escolha. Mas quando eu estava sozinho, eu estava tipo, “Hey, eu estou do jeito que eu queria estar quando eu tinha 15 anos.”

Vamos falar sobre cheiro por um segundo. Então, descrever cheiros é complicado para nós não-perfumistas. Como você descreveria essa nova versão do Dior Homme em poucas palavras? Uma música vem à mente? Faz você pensar em algum local ou memória?
Eu realmente não gosto de perfumes que, se você entrar em um cômodo usando, todo mundo fica tipo “Oh, que perfume você está usando” e você consegue identificar certas notas. [O novo Dior Homme eau de parfum] é muito sutil e próximo, e meio que sintetiza com o seu corpo facilmente. Você não consegue dizer imediatamente que está usando um perfume, e eu achei isso adorável. Parece muito simples. Tem algo muito minimalista sobre ele, o que eu realmente gostei. Mas sim, quando eu estava conversando com Francis [Kurkdjian, diretor de criação de perfume da Dior], nós fizemos o vídeo dos bastidores e criando o cheiro, e eles me pediram para descrevê-lo. E nenhum ingrediente que eu disse tinha nada a ver com o cheiro. Na verdade, tanto neste quanto no último Dior Homme, eu estava tipo, “Cheira a lápis,” e o Francis estava tipo… “Okay?”

É por isso que nós não somos perfumistas e o Francis faz o que faz!
[Em uma voz brincalhona] Alguns cheiros que eu gosto são ketchup e, hm, talvez bife? Eu não sei, torradas?

Você já mencionou anteriormente que tem uma afinidade por máscaras faciais e de olhos. Existe outro hábito de auto cuidado que você acha que fez a diferença em sua aparência?
Essa coisa chamada L-glutamina, que é como um suplemento de treino. Eu estava tomando e pensei, eu me sinto ótimo quando eu tomo isso. Então eu pesquisei depois e descobri que é realmente muito bom para a pele e coisas assim. Eu acho que todo suplemento diz que faz tudo, mas, por alguma razão, para mim, L-glutamina realmente faz alguma coisa.

É na esperança de tudo isso!
Eu também percebi uma coisa que Jennifer Lawrence me falou para fazer quando nós estávamos em Calgary. É sobre altitude elevada. Eu nunca tive realmente mal-estar de altitude, mas eu estava exausto o tempo todo. Ela me disse para conseguir pequenas latas de oxigênio que você pode aplicar nos seus olhos. Isso, aparentemente, funciona para alguma coisa. Eu fiquei realmente obcecado em usar aquilo. Eu acho que apenas gostei de ter algo para brincar de borrifar no rosto.

Meu senso de olfato mudou como um todo depois de ter o meu filho em 2022. Teria a paternidade mudado seu olfato ou suas preferencias por essências de alguma forma?
Todo mundo dizia, “Oh, o cheirinho de bebês!” E eu realmente não entendia isso – até que eu tive meu próprio bebê. Meu bebê tem um cheiro maravilhoso! Eu ainda não gosto muito do cheiro de outros bebês. Eu acredito que o meu bebê tem um cheiro diferente dos outros bebês. Não é um cheiro genérico de bebê. Talvez seja apenas um pensamento positivo. Eu acho que seja diferente para as mulheres. Uma vez que você tem um bebê, isso tem um efeito psicológico. Eu definitivamente notei, contudo, que eu nunca tive velas e coisas parecidas. Agora eu sou tipo, por que eu tenho um monte no meu quarto de hotel a todo tempo e fico acendendo todas essas pequenas velas? O que aconteceu comigo? Eu fico organizando as coisas todo tempo. Eu arrumo a minha cama. Isso é, tipo, bizarro.

Você é um adulto agora.
Isso aconteceu tão subitamente!

Aqui e agora com você. Quem é a pessoa com o melhor cheiro que você já conheceu?
Suki.

Isso é fofo. E qual o cheiro da felicidade para você?
Suki. (risos) Consegui alguns pontos.

As fragrâncias Gourmand são inspiradas em comidas e são tendência agora na área da beleza. Então, que comida você acha que devera ser engarrafada e vendida como uma fragrância?
Isso é estranho. Comidas, quando você as tira de contexto, são sempre nojentas. Se você cheirasse uma pessoa que estivesse cheirando a salsicha, você ficaria tipo, qual a p*#@& do seu problema? Mas uma salsicha tem um cheiro muito bom. Sob qualquer condição, tem que haver uma associação. Eles têm que estar ligados. Você não pode separar.

A flor de íris está na raiz dessa nova essência Dior Homme. Qual a sua flor favorita para presentear?
Há essa floricultura em Londres. Eu não lembro como se chama, mas eu gosto de dar flores bem incomuns. Não apenas um belo buquê. Eu gosto de ganhar coisas que são tipo, uau, que parecem que são de um planeta alienígena. Eu gosto de sempre dar coisas assim.

É dito que homens raramente ganham flores, além de em funerais. Então, qual foi a última vez que você ganhou flores?
Kim Jones me presenteia com flores legais. E isso é engraçado porque eu normalmente não gosto de flores. É tipo, uh, obrigado? Mas Kim me presenteia flores realmente legais. Ele as envia para o meu aniversário com agradecimentos, e coisas assim, e são sempre adoráveis. E isso me fez começar a colocá-las mais na minha casa. Eu nunca teria flores ao meu redor antes. Ele me enviou um buquê incrível uma vez, e eu coloquei na entrada da minha casa, e eu fiquei tipo, isso é bem encantador! Eu gosto de ter flores e plantas em todo lugar.

A flor de íris pode simbolizar fé e esperança. E então você tem sido o rosto da Dior Homme por uma década. Qual a sua esperança para os próximos 10 anos?
Eu tenho esperança, acho, que nada de mal aconteça. Mas, sabe, se for ruim, que não seja tão ruim. Você pode superar isso! Eu espero que o mundo não acabe. Isso seria legal.

Não seria adorável?
Eu só espero que todos se divirtam.

Eu amo isso. Então em 10 anos, se o mundo não acabar e houver o lançamento de outra fragrância, talvez nos falemos novamente!
(Risos) Ela será feita de alguma flor radioativa, literalmente. Nós encontramos a última flor restante!

Fonte | Tradução: Amanda Agostinho e Iarlla Vieira

Robert Pattinson foi entrevistado pela ELLE Man sobre a nova fragrância da Dior e contou que o cheiro de sua filha é o melhor que já sentiu. Confira:

O olfato de Robert Pattinson vai explodir sua mente. O novo rosto da Dior Homme responde ao nosso questionário ELLE Man e conta como sua “dislexia olfativa” faz os bebês cheirarem como leitões.

Robert Pattinson se junta ao nosso “Zoom” de um hotel em Boston onde passará as próximas semanas gravando um filme com Zendaya, tornando-o oficialmente o momento mais legal e sexy dos quase 400 anos de história de Boston. É o início de uma época ocupada para o novo pai, que tem uma filha de 23 meses com sua parceira, Suki Waterhouse. Este mês, ele está estrelando uma nova campanha de fragrâncias para Dior Homme e estará de volta aos cinemas nesta primavera em Mickey 17, a tão esperada comédia dark de ficção científica do diretor de Parasite, Bong Joon Ho.
Abaixo, Pattinson responde ao nosso questionário “ELLE Man”.

Seu trabalho com a Dior Homme me fez pensar o quão aguçado é o seu olfato.

Eu posso estranhamente ligar e desligar meu olfato. Acho que tenho uma dislexia olfativa, onde acho que algo cheira como algo que ninguém mais pensa que cheira.

Você tem alguma memória vívida ligada a um perfume específico?

Desde que tive uma filha, definitivamente me tornei mais sintonizado com isso. Lembro-me da minha mãe sempre dizendo: “Oh, o cheiro de bebês!” E eu ficava tipo, eu não sei, todos eles cheiram a leitões geneticamente modificados. Mas então você tem seu próprio filho, e é: “Oh, este é o melhor cheiro que eu já senti.” Outro que me vem à mente foi o cheiro da máscara em The Batman. Depois de colocar o capuz, você tem que pedir a outra pessoa para tirá-lo, então há algo sobre estar trancado nele. Você fica tipo, “Ok, vou lidar com esse cheiro pelas próximas 12 horas.” É engraçado – quando fiz a audição, experimentei todos os diferentes [capuzes] e usei o de Val Kilmer, e ainda tinha um cheiro humano.

Ainda cheirava a Val Kilmer?
Sim, Val Kilmer. E um pouco do cheiro da cabeça de Clooney há 20 anos.

Sua bebê tem um cheiro particularmente identificável para você?
Quero dizer, tipo, se houvesse um vape de bebês, acho que eu provavelmente poderia cheirá-la. [Risos.] Sim. Ela tem um cheiro bastante único.

Falando em cheiros: Bong Joon Ho, seu diretor de Mickey 17, diz que o filme é sobre “como os humanos podem ser patéticos. É quase como se você pudesse sentir o cheiro de todos os personagens humanos do filme. Suas manchas de mijo e suas meias fedorentas.”

Uau! Ele me disse antes de começarmos a filmar: “Não é ficção científica do tipo ciência —é ficção científica do tipo “cheirar a própria axila”. Quando você compara o americano mediano de Bong a um americano comum de Hollywood – o de Hollywood invariavelmente compreende que eles são realmente especiais. Os homens comuns de Bong permanecem medianos, e talvez até fiquem um pouco mais abaixo do que o homem comum no final. Com Mickey – é como quando Arthur puxa a espada da pedra e todos estão tipo, “Oh meu Deus, você é o escolhido”. E ele fica tipo, “Porra, não, não”, e então, eventualmente, coloca a espada de volta. Tipo, ele é muito mais feliz depois de colocar a espada de volta na pedra.

É verdade que você originalmente baseou a voz de Mickey em Steve-O de Jackass, mas Bong achou que soou muito estranho?

Eu costumava amar, e ainda amo, Jackass. Lembro-me de ouvir uma entrevista com Steve-O anos atrás e ele estava falando sobre o quanto eles receberam por essas acrobacias perigosas na primeira temporada, e ele disse cem dólares. Tipo, você pode morrer fazendo isso, e ele estava tipo, “Não, eu só vou fazer isso por cem. Está tudo bem.” E havia algo sobre isso – na verdade, ser muito corajoso e nunca reconhecer que é bravura. Eu pensei que havia um elemento disso para Mickey. Então, passei muito tempo meio que descobrindo uma imitação da voz de Steve-O. E na primeira vez que fiz isso, Bong ficou tipo, “Uau – o que é essa voz que você está fazendo?”

Como você leva isso como ator? Como você sabe quando realmente se aprofundar e dizer: “Não—deve ser Steve-O” versus quando ficar tipo, “Sem problemas, foi apenas uma ideia”?

Quer dizer, foi definitivamente uma grande ousadia [risos]. E quando você não prepara ninguém, de jeito nenhum—era uma leitura de roteiro, e tinha tipo 40 pessoas ao redor da mesa, e cada uma delas olhou para cima e disse: ‘Ah! Ah, você está fazendo isso?’ Eu percebi bem rápido que talvez isso fosse ousado demais. Mas, se algum dia fizerem a cinebiografia do Steve-O, eu estou pronto.

Você praticou sua voz pela casa?

Eu estava andando por aí fazendo isso o tempo todo. Uma das minhas coisas favoritas no mundo é andar em público fingindo estar no telefone e fazendo a voz de outra pessoa. Esse é o meu hobby.

Sua parceira, Suki Waterhouse, pregou uma peça em você, com a ajuda de ELLE, na qual ela fingiu ter sido convidada a apresentar “Amor às cegas”, com você como co-apresentador. Adorei a graça de como você lidou com o que claramente achava que era uma ideia terrível.

Eu fiquei preocupado com o quão boa ela era em fazer isso. Especialmente quando vi o vídeo. Eu pensei: ‘Uau, você consegue mentir para mim tão facilmente! E consegue manter um rosto totalmente sério.’ Não teria como eu conseguir fazer isso – ela me desmascararia em dois segundos se eu estivesse fazendo isso com ela. E, por algum motivo, eu estava muito convencido de que ela achava que era uma boa ideia. Mas, quer saber… talvez seja uma boa ideia! Sinceramente, eu não sei! Eu sempre penso que, quando alguém chega até você com entusiasmo sobre algo, nunca destrua o sonho dessa pessoa.

O que há sobre as mulheres que você teve que aprender da maneira mais difícil?

Não tente ganhar uma discussão. Isso não vai acontecer. Se alguém disser: “Precisamos sentar e conversar sobre isso”, elas não estão pedindo que você fale. Você só tem que sentar lá e ouvir.

Os homens não têm necessariamente a melhor reputação quando se trata de rompimentos. Olhando para trás em sua história romântica, como você se classificaria?

Obviamente, eu me dou nota 10 em sensibilidade. [Risos.] Eu sou um anjo, completamente. E sempre acabo de alguma forma na posição de quem está moralmente acima.

Fonte: ELLE | Tradução: Bárbara Juliany

Robert Pattinson estampou a capa da revista americana do “The New York Times” da edição de Dezembro/2024. Além de fotos inéditas de um novo ensaio, nosso ídolo deu várias declarações pra lá de interessantes! Nossa equipe traduziu essa nova entrevista, na íntegra com exclusividade! Mas antes, apreciem as fotos dessa linda sessão de fotos!

Seria Robert Pattinson “A Última Verdadeira Estrela do Cinema”?
Ele pode ter desejado ser um ator, sem ser uma celebridade. Mas, então, ele transformou a sua fama em seu próprio tipo de performance.

Foi de Robert Pattinson a ideia de fazer uma aula de cerâmica. Desde que se tornou pai em março passado, o ator inglês de 38 anos tem procurado o que ele chama de “hobbies saudáveis”. Ele já considerou bonsai (“eles começam a apodrecer”), trapézio (“não dá para fazer isso em público”), tênis (“não tenho noção de espaço suficiente”), e dança (“minha medula espinhal congela”). Duas décadas em sua carreira de filmes, ele parece agitado por novas formas de expressar a si mesmo que não demandem uma equipe de centenas de pessoas, ou qualquer bagagem que venha com o fato de ser um dos homens mais famosos do mundo. Em anos recentes, ele inventou um prato bastardo parecido com arancini, chamado piccolini cuscino, ou “travesseirozinho” (“eu aprofundei muito nisso com um fabricante de alimentos congelados”); um sofá de quase 3m com braços de descanso quase tão largos quanto o assento (“Aquilo pesa uma tonelada – provavelmente uma das razões de ser tão difícil de vender”); e calças com bolsos verticais (“Porque eles sempre que ficar pra fora, como pequenas orelhas estranhas?”). Ele também está projetando uma cadeira de encosto reto com uma fenda atravessando o centro da poltrona e que “se abre como se você estivesse em um tipo de casulo”, ele diz. Para ilustrar a ideia, ele construiu uma maquete com um sex toy (brinquedo sexual) da FleshLight e um rolo de papel higiênico vazio.

Em uma tarde cinza de agosto, eu encontrei com o ator na casa de um de seus amigos na De Beauvoir Town, uma vizinhança frondosa à nordeste de Londres onde ele e sua noiva, a atriz e musicista inglesa Suki Waterhouse, estão em estadia com sua filhinha enquanto estão visitando de Los Angeles, e caminhamos até um estúdio de cerâmica a cerca de 1,6km rua abaixo. Em uma semana, Waterhouse, 32, vai abrir um show para Taylor Swift no Wembley Stadium, cantando músicas do seu recentemente lançado segundo álbum, “Memoir of a Sparklemuffin”. Até lá, Pattinson estará no Canadá gravando um filme com Jennifer Lawrence, mas primeiro ele gostaria de regravar uma narração para o seu próximo filme Mickey17, uma sátira distópica dirigida por Bong Joon Ho, o diretor sul-coreano e vencedor do Oscar por “Parasita” em 2019. Por agora, contudo, Pattinson está debruçado em uma mesa de trabalho esculpindo à mão uma caneca com uma alça distintamente fálica. “É uma cenoura gigante”, ele esclarece – um presente para os seus anfitriões. “Eles devem gostar muito de cenoura”, eu digo, mas a brincadeira não é percebida. “Eu só acho que seria muito satisfatório ter um copo tão largo assim”, ele diz. E quando eu começo a pensar que o ofendi, ele se inclina para trás para admirar o seu trabalho. “Isso tem um pouco de curvas”, ele diz com um sorrisinho. Fazer um pênis de cerâmica de forma intencional em frente a um jornalista não é apenas uma escolha, é um desafio. “Eu amaria ver como você usaria isto”, ele conta.

Apesar de aparecer em Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005) aos 17 anos, e virar uma fixação da mídia alguns anos depois por interpretar um vampiro romântico em todos os cinco filmes da série Crepúsculo – no ápice do sucesso da franquia, ele alugava carros como isca e se escondia em porta-malas para evitar ser cercado por fãs e paparazzis – Pattinson é surpreendentemente desprotegido. Ele não leva o seu ofício ou a si mesma muito a sério: em um intervalo de 30min, ele me conta que é ignorante, frágil, aterrorizado, ego maníaco, terrível, cheio de ódio e vaidoso. O único recorte de revista pendurado na parede de seu quarto de infância em Londres, é uma cópia emoldurada de uma edição da People Magazine’s Sexiest Man Alive, de um ano que ele sequer foi incluído (George Clooney lhe deu como uma brincadeira). Recentemente, ele desenterrou seus prêmios de atuação e os colocou em uma estante; e depois de alguns dias, ele os devolveu para o depósito.

São tempos estranhos para ser um ator de Hollywood. No começo da carreira de Pattinson, a ascensão das mídias sociais destruiu a economia dos tabloide – o que, mesmo que fosse invasivo, mantinha as pessoas falando sobre ele. (“Foi uma época insana,” disse o seu amigo Zac Efron, 37, que em 2006 estrelou em High School Musical. “Eu estava preocupado em fazer com que ele estivesse bem, porque eu sabia o que aquilo estava fazendo comigo.”). Em 2020, o filme sobre viajem no tempo de Pattinson, Tenet, dirigido por Christopher Nolan, foi usado como um balão teste para determinar se o público retornaria aos cinemas depois que as restrições da pandemia começaram a amenizar. (Não voltaram). E embora seu filme de super-herói, The Batman, tenha estreado em 2022, o segundo na sequência da trilogia de Matt Reeves provavelmente não será lançado até o outono de 2026, parcialmente devido às graves do último ano. “Eu poderia verdadeiramente estar me aposentando até o fim deles,” diz Pattinson.

Para muitos dos seus colegas, as marcas registradas do que uma vez era considerada uma carreira de sucesso – a segurança de um papel em uma franquia com um grande diretor; o prestígio de algum trabalho em filmes indies aclamados; a liberdade de experimentar qualquer gênero; o poder de dizer não para a televisão – parecem agora impossíveis e antiquados. Não é o bastante para os grandes nomes de hoje apenas entregar uma performance convincente; é também esperado que eles aprendam coreografias do TikTok e comam asinhas de frango apimentadas no YouTube. E embora ainda existam homens em papéis principais que vêm de uma tradição artística – Timothée Chalamet, Adam Driver, Daniel Kaluuya – eles correm um risco, especialmente em uma época de apontar de dedos, quando figuras públicas estão com medo de serem muito autênticas, de acabarem parecendo semelhantes fracos dos homens difíceis que uma vez os inspiraram. Se Marlon Brando estivesse vivo atualmente, até mesmo ele teria que memorizar suas falas; haveria muitos namoradinhos da internet (Michael B. Jordan, Charles Melton, Paul Mescal) prontos para substituí-lo.

Para sua própria surpresa, Pattinson, que raramente faz aparições públicas e não tem perfil em redes sociais, emergiu como uma das últimas estrelas de cinema. “Nem em um milhão de anos eu pensei que ainda estaria fazendo isso quando consegui meu primeiro trabalho,” disse ele, “Eu não posso acreditar que eu ainda estou fazendo isso.” Por conseguir evitar os clichês da fama jovem, ele também manteve uma certa misticidade; ele não decaiu em vícios, tampouco teve que passar sua fase adulta tentando provar sua credibilidade. (Mesmo nesse ponto, ele ocupa um lugar não usual: ao contrário de atores metódicos como Christian Bale ou Jeremy Strong, que frequentemente aparentam bastante gravidade, ele não é um deprimido.) Talvez porque ele começou bem jovem, ou porque ele é lindo e esquisito, ele consegue ter as duas coisas: Como os galãs que emergiram durante o boom indie nos anos 90 – Johnny Depp, Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Keanu Reeves -, ele é um ator que, aconteceu, de se tornar um protagonista. Escrevendo para o The Times, a crítica de cinema Manohla Dargis descreveu Pattinson em 2019 como tendo uma “das fisionomias mais hipnotizantes – e agradavelmente enervantes – em filmes,” notando que em uma de suas performances, seus olhos “se arregalaram com protuberâncias e tremiam com emoções que pingavam sob uma máscara de vazio.” Ao invés de se apegar a um arquétipo – por um tempo, ele correu o risco de interpretar de forma perpétua o namorado pensativo -, ele aborda cada papel, sendo um pastor escorregadio no filme de Antonio Campos, O Diabo de Cada Dia (2020) ou um pássaro falante em The Boy and the Heron, de Hayao Miyazaki (2023), com uma convicção bizarra. “Se você aparece com uma ideia forte,” disse ele, “as pessoas não têm outra escolha além moldá-la.”

Parte do seu charme vem do fato de ser britânico; como Charlie Cox, Jamie Dornan, Andrew Garfield e Eddie Redmayne, todos os quais Pattinson fez amizade no começo de sua carreira, ele tem uma qualidade masculina que o torna mais envolvente que suas contrapartes americanas. (Ele não soa desonesto quando, por exemplo, reclama sobre ter má postura ou parece estar “se escondendo atrás de uma cortina” em muitas roupas masculinas.) Em seus primeiros filmes, ele se sentiu ansioso e deslocado. “Eu não conseguia definir o set de forma apropriada,” disse ele. “Eu não percebia que você deve desenhar uma linha entre o mundo do filme e o mundo da realidade.” Desde então, ele começa cada um dos seus filmes com uma caminhada pelo set de filmagens e tocando as paredes. “Eu sei quais são os parâmetros, e isso faz você se sentir mais seguro.”

Pattinson parece querer ser ator sem precisar lidar com o peso de ser uma celebridade — mas a fama, em si, funciona como uma espécie de performance, algo que ele aprendeu a encenar para sobreviver. Recentemente, ele reassistiu a uma entrevista que deu em 2011, onde contou uma história completamente inventada sobre ter visto um palhaço morrer na explosão de um carro quando era criança. “Minha voz não tinha nenhuma hesitação”, ele comenta, misturando orgulho e espanto. “Fiquei pensando: ‘O que foi isso? Você estava possuído?’”. Na verdade, ele só estava entediado. (Entre outras mentiras que já contou a jornalistas estão: que foi modelo de mãos femininas, que existe uma cena deletada de “Crepúsculo” envolvendo coprofilia e que afastou uma stalker levando-a para jantar e esgotando-a ao contar seus problemas). “Naquela época, a única coisa que as pessoas me perguntavam era sobre como era ser famoso. Você entra em um estado meio automático”, ele explica. Enquanto fala, Pattinson ajusta uma xícara que está modelando em argila, remove o excesso da alça que havia ficado exagerada e sorri. Mesmo nos momentos mais sinceros, ele está sempre, de alguma forma, interpretando.

No último Réveillon, Pattinson e sua namorada, Suki Waterhouse, viajaram para São Vicente e Granadinas, no Caribe. No controle de passaporte, o agente de imigração comentou: “Ei, você é o cara de ‘Crepúsculo’. Por que parou de atuar?”. Pattinson não sabia como responder. “Eu fiquei tipo… ‘Eu sou o Batman?’. “Ela só riu”, ele conta. Para ser justo, os fãs de seus primeiros trabalhos provavelmente não estavam interessados em assistir à biografia da cartógrafa Gertrude Bell, dirigida por Werner Herzog (“Rainha do Deserto”, de 2015), ou a um filme experimental de Brady Corbet baseado em um conto de Jean-Paul Sartre (“A Infância de um Líder”, do mesmo ano).

Em 2012, alguns meses antes da estreia de “A Saga Crepúsculo: Amanhecer — Parte 2”, último filme da série, Pattinson interpretou um gerente de fundos bilionário em uma adaptação do romance de 2003 de Don DeLillo, “Cosmópolis”, sua primeira de duas colaborações com o diretor David Cronenberg. Grande parte da trama, incluindo um exame de próstata com conotações eróticas, acontece no banco de trás de uma limusine. “Eu costumava pensar: ‘Preciso entender a lógica de onde esse personagem nasceu, sua classe social, o que os pais dele faziam’”, lembra Pattinson. “Com Cronenberg, percebi que pode ser mais sobre a musicalidade das palavras e qual a sensação ao dizê-las.” Em 2017, ele viveu um criminoso de baixo escalão no thriller policial “Bom Comportamento”, um estudo de desespero quase selvagem dos irmãos Safdie. E em 2019, cerca de uma hora após o início de “O Rei”, de David Michôd, baseado em peças históricas de Shakespeare, ele apareceu como um delfim sádico com um sotaque francês absurdo, fazendo gestos obscenos e entregando os diálogos mais ridículos e diabólicos do filme.

O cineasta americano Robert Eggers, que dirigiu Pattinson e Willem Dafoe em “O Farol” (2019), um filme de terror sobre dois faroleiros do século 19 que enlouquecem, diz que “Rob gosta de fazer escolhas inesperadas para surpreender seus colegas de cena e guarda isso para o momento em que as câmeras estão ligadas”. Durante as 35 filmagens em Nova Escócia, Pattinson, cujo personagem se masturba pensando em uma sereia e é devorado por gaivotas, raramente falava com alguém no set e passava a maior parte do tempo sozinho em uma tenda escura praticando expressões faciais grotescas. “O principal é lembrar constantemente qual é o seu trabalho”, diz ele. “É uma disciplina não gastar sua energia com nada além disso”.

No caminho de volta para a casa do amigo de Pattinson, algumas nuvens se formaram, e ele tirou os óculos escuros. Apesar de seus dois filmes mais recentes, “Tenet” e “The Batman”, terem arrecadado juntos 1 bilhão de dólares, e dele ser modelo da Dior Homme desde 2013, aparecendo em outdoors e pontos de ônibus, ele passou por uma fileira de pubs movimentados sem ser notado. Agora que está mais velho, a histeria diminuiu. “Há algo na natureza de ser novidade”, ele diz. “Eles pensavam: ‘Você nem é humano.’” Bruce Wayne, o industrial de Gotham City que vinga o assassinato dos pais combatendo o crime, é um dos personagens mais icônicos do cinema — Pattinson ainda tem a fantasia que usava quando criança —, mas na nova versão, pelo menos até agora, ele quase nunca aparece sem máscara. “Essa foi minha única ideia para o Bruce”, diz Pattinson. “Até agora, ele foi retratado como um playboy. Mas e se ele fosse completamente anti-social e meio agorafóbico?”

Há uma cena em “The Batman” em que Bruce diz a Alfred, seu mordomo e figura paterna, sobre o peso de ter um alter ego. “Se eu não puder mudar as coisas aqui, se eu não puder causar algum impacto,” ele diz, “não me importo com o que aconteça comigo.” A frase marcou Pattinson; ele também, claramente, se pergunta o que aconteceria se ele parasse de tentar corresponder às expectativas ou desconstruir a persona que criou para si mesmo. Desde cedo, ele percebeu que era apenas uma projeção das fantasias de outras pessoas. “Eu estava muito ciente,” ele diz, “de que ninguém realmente queria saber realmente nada sobre mim.” Quando pergunto a Pattinson como ele era quando criança, ele para de caminhar. “Eu… não sei,” ele responde. Em outro momento da nossa conversa, ele compara seu eu mais jovem a uma tigela perfeitamente aceitável, mas completamente esquecível, que ele teria esculpido: “Apenas… estava ali.”

Pattinson cresceu em Barnes, um belo subúrbio no sudoeste de Londres. Sua mãe, Clare, era caça-talentos de modelos. Seu pai, Richard, vendia carros vintage. Ele era um aluno mediano e péssimo em esportes, mas gostava de ouvir e tocar música. “Roubar coisas era minha principal preocupação”, ele diz, referindo-se, principalmente, a revistas pornográficas e barras de chocolate. (Mais uma vez, suas histórias podem ser difíceis de confirmar.) Aos 15 anos, Pattinson, que tem duas irmãs mais velhas, entrou em um grupo de teatro local. Pouco tempo depois, conseguiu ser aprovado para interpretar o filho de Reese Witherspoon em “Vanity Fair”, de Mira Nair, uma adaptação de 2004 do romance de William Makepeace Thackeray, ambientado na sociedade inglesa do século XIX. Só na estreia do filme ele descobriu que suas cenas haviam sido cortadas da edição final. No ano seguinte, o diretor de elenco desse filme, que ficou com pena dele, o indicou para o papel de um bruxo em “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, de Mike Newell.

Naquela época, ele e seu amigo de infância Tom Sturridge, também ator, alugaram um apartamento na Old Compton Street, no coração de Soho. “Foi o apartamento mais nojento que já vi”, lembra Pattinson com carinho; ele tem quase certeza de que estavam bêbados quando assinaram o contrato. Todo mês de janeiro, Pattinson, que não tinha formação formal em atuação, viajava com Sturridge para Los Angeles durante a temporada de testes, mas nunca conseguiu nada. Em casa, passava a maior parte das noites tocando músicas no violão em eventos de microfone aberto pela cidade. Durante o dia, fazia audições para projetos como “Tróia” (2004) e “Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio” (2006). Ele chegou atrasado e com o lábio machucado — por beijar, não por brigar — para o teste do papel principal no filme de fantasia “Eragon” (2006). “Tem uma cena em que ele encontra um ovo de dragão e deveria ser um momento heróico,” conta o ator, que decidiu interpretá-lo como uma tragédia. “Lembro do meu agente dizendo que achavam que eu estava drogado.” Embora tenha deixado que acreditassem que ele era um traficante na escola — o boato, iniciado por ele mesmo, era de que escondia seu estoque em disquetes —, ele nunca foi tão descontrolado quanto alguns de seus colegas. “Haviam muitas festas diferentes em L.A.”, ele diz. “A ideia de ter que entrar em um carro e dirigir 15 minutos para ir a qualquer lugar me fazia ficar em casa. E aí você enlouquece completamente.”

Sobre “Mickey 17”, que estreia em abril, o personagem de Pattinson, é um membro da tripulação em uma missão de colonização espacial, que está prestes a congelar até a morte, tornando-se, em suas próprias palavras, “um picolé de carne”. A cena é interpretada para dar risadas; seu último suspiro soa mais como um choro. Mas Pattinson tem uma maneira própria de fazer o público considerar a humanidade em personagens negligenciados ou subestimados, seja interpretando um fotógrafo encarregado de tirar um retrato de James Dean (em “Life”, de 2015) ou o ajudante de um explorador britânico (em “Z: A Cidade Perdida”, de 2017). Mickey, um homem azarado que, acidentalmente, aceita ser descartável — alguém que realiza tarefas perigosas para o bem da expedição e é regenerado cada vez que morre —, nem sequer tem certeza se merece viver. Atormentado pela culpa e vergonha de uma vida desperdiçada, ele se martiriza para expiar sua própria mediocridade, mas também na esperança de acertar na próxima tentativa. Em seus momentos finais, um amigo pergunta: “Ei, Mickey, como é morrer?” O alívio no rosto de Pattinson oferece uma resposta difícil.

A primeira impressão do ator ao ler o roteiro de Bong, adaptado do romance de Edward Ashton de 2022, foi: “Ah, quero fazer algo no estilo do Jim Carrey.” Embora soubesse que interpretar uma vítima de crueldade constante no estilo de Lloyd Christmas, o motorista de limusine de dentes lascados de Carrey em “Debi & Loide” (1994), era, como ele coloca, “uma corda bamba incrivelmente difícil de andar”, o desafio o empolgou. Bong, de 55 anos, que desenha todos os seus próprios storyboards, conta que Pattinson estava ansioso para contribuir, oferecendo ajudar a revisar diálogos e “nos iluminando com humor e conhecimento de gírias que eu nunca teria descoberto por conta própria.” (Presume-se que a analogia de Mickey para levar um choque elétrico — “é como engolir uma enguia elétrica” — tenha sido sugestão do ator.) Em Bong, Pattinson encontrou um parceiro criativo. “Ele é um cara incomum,” diz Pattinson, observando que Bong filmava a última frase de uma cena primeiro e fazia mudanças no roteiro conforme necessário. “Todo mundo no set ficava tipo: ‘O que está acontecendo?’” Mais tarde, Pattinson me disse: “Os filmes que você mais gosta são os que parecem impossíveis no começo. É um salto de fé — apenas conseguir finalizar já é incrível.”

“Mickey 17” não é uma analogia sutil. Mark Ruffalo interpreta um comandante com uma obsessão por colonialismo que evoca medo e religião para incitar violência contra os habitantes de outro planeta. Há uma trama de assassinato frustrada; uma jovem mulher negra surge como sua rival política. Mas o filme, que foi filmado em 2022 e atrasado por causa da greve dos atores, também pode ser lido como uma metáfora para a natureza volátil da fama: Mickey não percebe no que se meteu até ser tarde demais — até que sua sobrevivência depende dos caprichos de outros. E enquanto ele suporta todos os tipos de abuso e exploração, ele percebe há um modelo mais novo dele mesmo, esperando para substituí-lo. “Há algo em Rob que naturalmente atrai sua simpatia,” diz Bong. “Parecia que ele também suportaria dificuldades e injustiças com um sorriso inocente.”

Uma semana após nossa aula de cerâmica, Pattinson me liga de um quarto de hotel em Calgary. Ele está lá para filmar “Die, My Love”, adaptação de Lynne Ramsay do romance de estreia de 2012 da escritora argentina Ariana Harwicz. Lawrence interpreta uma versão da narradora sem nome de Harwicz, uma jovem mãe com psicose pós-parto que, no livro, sonha em matar a si mesma e sua família; Pattinson, que interpreta o marido no filme, diz que a história é “hilária”. (Outros podem não compartilhar seu senso de humor: ele também considera “High Life”, de Claire Denis, um filme de 2018 que confunde a cabeça e aborda inseminação artificial entre prisioneiros espaciais — no qual o personagem de Pattinson é violentado por uma cientista interpretada por Juliette Binoche — uma comédia.) Ele parece empolgado com o projeto, embora um pouco solitário. A caminho de uma aula de dança matinal exigida para o papel, ele assistiu a uma transmissão ao vivo do show de Wembley de Waterhouse em seu celular.

Das quatro músicas que ela apresentou, pelo menos uma delas, “To Love,” é sobre ele. “Existe um universo onde nossos caminhos nunca se cruzaram?” ela canta. “Onde eu chamei sua atenção, mas então alguém chegou, e nós dois esquecemos?” O casal, que ficou noivo no ano passado, se conheceu em 2018 em uma festa em uma casa em Los Angeles. “Ela estava sentada em frente a mim,” diz Pattinson, que não se lembra de muito mais sobre o jogo de “Werewolf” que estavam jogando com Javier Bardem, Penélope Cruz, Al Pacino e outros atores. “Suki e eu continuamos fazendo um ao outro rir, a ponto de alguém nos dizer que não estávamos levando o jogo a sério. Foi um momento muito, muito doce.” Ele pronuncia essa última parte com um tom afetado, algo que faz quando se sente vulnerável.

Desde que começou uma família com Waterhouse, Pattinson parece ter se tornado um pouco mais sério. Embora ele já tenha sonhado em morar no sótão de uma catedral (“com uma cadeira,” ele diz), eles recentemente compraram uma casa em estilo colonial espanhol da década de 1920 ao norte de Hollywood e mantém um apartamento em Nova York. Ter uma filha, também, o mudou de maneiras inesperadas. Antes de seu nascimento, ele pensou em comprar uma arma para proteger a casa. “Mas então ela nasce,” ele diz, “e é apenas uma batatinha que faz cocô.” Dada a instabilidade da indústria cinematográfica, ele acrescenta que a permanência da paternidade o tornou mais centrado. Eggers notou uma diferença marcante em seu colaborador: quando se conheceram em 2016, Pattinson estava “curvado em sua cadeira com seu vape na mão, olhando por cima do ombro o tempo todo,” recorda o diretor. “Mas não vejo mais isso em sua personalidade.”

No trabalho, Pattinson parece estar se divertindo mais. Sua produtora, Icki Eneo Arlo — o nome é “apenas uma mistura de letras”, ele explica —, que ele fundou há dois anos com seu ex-assistente Brighton McCloskey, tem cerca de 20 filmes e séries em desenvolvimento, incluindo um documentário sobre a Seleção dos Estados Unidos de Futebol para Cegos; um filme dirigido por Lance Oppenheim chamado “Primetime”, inspirado no programa da NBC “Dateline: To Catch a Predator”; e uma comédia sobre um casal tentando salvar o casamento por meio do candaulismo. “Se você é apenas um ator, acaba não conhecendo ninguém além de diretores que querem que você interprete um príncipe inglês”, ele comenta. “Fazendo isso, conheci tantas pessoas diferentes e sinto que tenho algo a oferecer a elas. Isso também me tornou mais consciente do que estou fazendo como intérprete.”

Um dia, ele talvez queira dirigir. Por enquanto, produzir filmes já é suficiente como um plano de contingência, especialmente para alguém como Pattinson, que, segundo ele mesmo, sente que “tudo está desmoronando o tempo todo”. Parte disso, ele admite, é apenas imaginação. Mas há um outro aspecto da indústria cinematográfica — onde a estrela brilhante de hoje vira a notícia esquecida de ontem — que lhe parece muito real. Antes de encerrarmos, ele me diz que costuma lembrar de algo que Paul Newman, um dos grandes astros do cinema americano, disse certa vez sobre a vida útil de um ator: “No começo da sua carreira, é ‘Quem é Paul Newman?’ Depois, é ‘Quero Paul Newman.’ Em seguida, ‘Quero um jovem Paul Newman.’ E, por fim, ‘Quem é Paul Newman?’” Pattinson gosta da ideia de que todos começam suas histórias como completos desconhecidos. E, com uma mistura de resignação e alívio, ele acrescenta que, na maioria das vezes, é assim também que elas terminam.

Fonte | Tradução: Amanda Agostinho, Maya Fortino e Maria Luisa Machado
Adaptação: Deia Rouxinol e Ana Paula Oliveira

Robert Pattinson esteve presente no último dia 21/06, no desfile da nova coleção de Primavera/Verão 2025 da Dior Homme em Paris (França), durante o Paris Fashion Week às 15h da tarde (horário local e 10h da manhã no horário de Brasília). Kim Jones foi o estilista responsável pelas peças. Kim se juntou à família Dior Homme em 2018, e conseguiu se aperfeiçoar ainda mais, ao reinterpretar o “homem Dior”.

Com suas coleções, ele impressiona tanto os clientes fiéis de longa data, quanto os novos que estão chegando agora. Embora a coleção “Dior Men’s Spring/Summer 2025” tenha sido um espetáculo para ser visto por si só, o que chamou muito atenção também, foram os convidados famosos e amigos da marca que se aglomeraram nas primeiras filas da passarela. Entre os rostos mais conhecidos estavam Maluma, Demi Moore, Casey Affleck, Arón Piper, Robert Pattinson, Brooklyn Beckham, Jeremy Scott, Kate Moss, Miss Fame, Tomorrow X Together e muitos outros.

Confira as fotos de Robert no evento em nossa galeria.

No mesmo dia, Rob foi visto saindo do hotel em que esteva hospedado. Porém, não temos a informação se foi antes ou depois do evento.

Abaixo você pode ver o vídeo completo do desfile.

Robert Pattinson foi fotografado ontem em Nova York, enquanto gravava um novo comercial para a linha de perfumes da Dior, a “Dior Homme”. Rob se tornou embaixador da marca em 2013, e desde então vem protagonizando os novos anúncios dessa conceituada empresa, que é mundialmente conhecida e famosa. Veja as fotos em nossa galeria.

Temos também algumas fotos dele chegando ao local onde iriam acontecer as gravações