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Categoria: Artigos

Na semana passada, postamos aqui no site, um artigo internacional, que dizia que havia um conflito entre a Warner e Bong Joon-ho, diretor do filme Mickey 17, e por este motivo o filme ainda não havia sido finalizado. O artigo dizia que “havia uma disputa entre Bong Joon-Ho e Warner Bros sobre a versão final do filme. O estúdio quer lançar uma versão mais ‘acessível’ que Bong desaprova”

Porém essa semana, o diretor desmentiu tal rumor, e disse que ele tem direito ao corte final da produção e que já finalizou o projeto! Acompanhe a matéria:

Bong Joon-ho negou rumores de que a demora para o lançamento de Mickey 17, o seu próximo filme, estejam relacionados a uma suposta interferência da Warner Bros. no corte final do projeto.

Segundo o AllKPop, o diretor de Parasita fez a declaração durante uma participação no 2024 Cinematheque’s Friends Film Festival, em Los Angeles. No evento, Bong disse que incluiu uma cláusula específica no contrato com o estúdio que garante a ele o controle do corte final de Mickey 17. Ele também afirma que entregou o filme pronto ao estúdio em novembro, há sete meses, e elogiou o apoio da Warner no projeto, confirmando que a divulgação do projeto deve começar em breve.

A tensão com os rumores se dá porque Mickey 17 estava marcado para estrear em março deste ano, mas em janeiro foi adiado para o começo de 2025. Com lançamento marcado para 31 de janeiro, a previsão é que o filme perca a temporada de premiações deste ano.

Mickey 17 se passa em um futuro bizarro onde missões de colonização espacial escolhem um tripulante (Robert Pattinson) para ser “descartável”, realizando as missões mais perigosas em nome de todos os outros. Quando este azarado rapaz morre, ele é clonado, e o clone assume suas responsabilidades.

Na trama do livro de Edward Ashton que inspirou o longa, um desses “descartáveis” sobrevive mesmo após ser deixado para trás e dado como morto pelos colegas de missão. Quando ele consegue retornar à nave, descobre que seu sucessor já está vivo, trabalhando… e nem um pouco disposto a deixar o seu posto.

Steven Yeun, Naomi Ackie, Toni Collette e Mark Ruffalo completam o elenco.

Fonte via Omelete

O mais recente projeto do cineasta e roteirista vencedor do Oscar, Adam McKay, já está formando o seu elenco. Horas após ser confirmado, o novo filme intitulado, “Average Height, Average Build“, (ainda sem tradução oficial no Brasil) já começa a causar movimentação em Hollywood. Reunimos as informações que já saíram até agora, e traduzimos para vocês! Leia abaixo:

SOBRE O FILME: O filme vem sendo descrito como uma sátira política, acompanhando um assassino em série que entra na política com a intenção de mudar as leis para serem mais amigáveis ​​ao assassinato. O tema está alinhado com o tom recente dos filmes de McKay, como “Não Olhe Para Cima” e “Vice“, duas sátiras que também abordam temas recorrentes na política atual.

SOBRE O PERSONAGEM DE ROB: Pattinson interpretará um serial killer, que decide se candidatar a um cargo político para que, uma vez eleito, ele possa incentivar a aprovação de leis que deixem o ato do assassinato mais fácil e tolerável. O papel de Downey é um policial aposentado que não desiste dos assassinatos, e o assassino tenta impedí-lo de seguir seu rastro agora que pendurou a arma. O serial killer se transforma em uma causa célebre, uma figura do “Sr. Smith Goes to Washington” protegendo seus verdadeiros motivos.

SOBRE O ELENCO: O projeto terá Amy Adams, Danielle Deadwyler e Forest Whitaker no elenco, além de Robert Downey Jr. e Robert Pattinson. McKay mantém a tradição de trabalhar com nomes de peso na indústria.

SOBRE O INÍCIO DAS GRAVAÇÕES: Os planos de McKay são de gravar “Average Height, Average Build” em Boston no segundo semestre. Ainda não há previsão de estreia.

McKay está apresentando o projeto a estúdios, em busca de uma produtora. Os relatos, contudo, explicam que o cenário atual, não favorece esse tipo de abordagem, que não garante bilheteria. Contudo, acredita-se que o filme será vendido, e provavelmente para um serviço de streaming. Contudo, a Netflix, com quem McKay lançou Não Olhe Para Cima (que se tornou no segundo filme mais visto da plataforma), não planeja adquirir o novo título do cineasta.

Se for pra frente, Average Height, Average Build unirá os dois “Roberts” mais badalados de Hollywood nos últimos 15 anos.

Fontes: 1 e 2 | Tradução: Ana Paula Oliveira

Com início do segundo semestre de 2022, a Variety divulgou sua lista dos melhores filmes do ano – até o momento. The Batman é o primeiro filme citado na matéria com a seguinte apresentação:


Pode ser o maior filme de quadrinhos já feito. Sua competição por essa honra, “O Cavaleiro das Trevas”, foi justificadamente comparada a um thriller noir de Michael Mann. Mas “The Batman” é um drama que eu não hesitaria em ser comparado com “Chinatown” – é inebriante e hipnotizante, é um labirinto intrincado, que se realiza no seu humor de ver algo sombrio como a inquietação existencial da meia-noite. Robert Pattinson interpreta o personagem-título como um homem tão convincentemente atormentado pelos fantasmas de seu passado que ele nem quer mais ser Bruce Wayne. No entanto, quando ele escapa para a identidade do Batman, ele se torna um detetive tão hipnótico quanto Will Graham em “Manhunter” – um investigador de astúcia e habilidade magnética de voz esfumaçada, enfiando uma agulha após a outra para prender o Charada, que é interpretado por Paul Dano como um monstro monumental de caos desonesto e armadilhado. O diretor, Matt Reeves, retrata um mundo de corrupção de vários níveis que é tão sinistro quanto as manchetes de hoje, mas “The Batman” também remonta aos quadrinhos esplendidamente fundamentados dos anos 40, quando um combatente do crime solitário saindo do gótico úmido profundezas poderiam inspirar algo como esperança. —Owen Gleiberman

A mídia física de The Batman já está disponível para venda no Brasil (adquira a sua!) e sua sequencia já foi confirmada assim como duas séries derivadas!

Fonte: Variety
Tradução: Amanda Gramazio

Robert Pattinson concedeu uma entrevista ao The Sydney Morning Herald juntamente com o diretor de ‘The Batman’, Matt Reeves, onde falaram sobre o filme e sobre sua escalação para o personagem. Robert menciona a fatídica vez em que disse – brincando – não estar malhando para o papel, e confessa que a reação das negativas das pessoas o afetou. Confira:

Robert Pattinson nunca deveria ter sido o Batman. Basta perguntar na internet. Como o cara que interpretou um vampiro brilhante nos filmes de Crepúsculo pode ser um super-herói, eles gritaram. Como aquele cara que fantasiou sobre sereias naquele estranho filme em preto e branco sobre faroleiros poderia ser o Batman, eles se perguntavam. Achei que você só queria interpretar os malucos, disse o agente dele.

Mas há o problema: Batman é uma aberração. Um total esquisito que vagueia as ruas de Gotham City em uma capa e maquiagem pretas nos olhos. De qualquer forma, não é um comportamento normal. De qualquer forma, é o papel perfeito para Pattinson.

“Batman é o único personagem de quadrinhos com o qual eu realmente me conectei”, diz Pattinson. “Há algo central nisso porque ele escolheu ser o Batman. É apenas um cara que escolhe ser o Batman e eu entendo isso. É como, ‘Você é uma aberração’, e se eu puder começar à partir disso, você meio que pode construir em torno disso.”

Pattinson e o diretor Matt Reeves estão embarcando em uma rodada inicial de divulgação para The Batman, o 11º longa-metragem sobre o cruzado encapuzado em 56 anos. Eles estão juntos para esta entrevista, mas em telas de vídeo separadas: Reeves está sentado bem perto e no centro de sua tela, enquanto Pattinson está descansando mais para trás e à esquerda dele. Eles são falantes e otimistas, dando respostas longas e ponderadas em nosso intervalo de 15 minutos, enquanto eu mantenho um olho em pânico no relógio.

“Se ele fosse apenas um personagem heroico em linha reta, eu não saberia como fazer isso”, continua Pattinson. “Todo mundo pensa que o Batman, basicamente, está entre apenas uma aberração e um incômodo. E o povo de Gotham, que ele está protegendo, também não sabe como interpretá-lo. Eles acham que ele é um criminoso também.

“Porque se você estivesse em um beco e as pessoas estivessem tentando assaltá-lo, e um psicopata completo, que está essencialmente vestido como o diabo, viesse até você, você ficaria literalmente tipo ‘Hum, por favor, não chegue perto de mim.” É mais aterrorizante do que ser assaltado, você nunca vai superar isso. Você tem que fazer terapia depois.”

Com isso, Reeves começa a rir. “Ah, vamos lá”, diz ele.

Pattinson continua: “Realmente meio que enfatiza isso no filme. Porque normalmente, quando o Batman vem em seu socorro, a reação da pessoa é tipo, ‘Oh, obrigado, Batman’. Mas eu não acho que essa seria sua reação desta vez.”

“Rob tem uma qualidade muito especial. E foi uma dessas coisas em que eu só queria que fosse Rob, antes de eu terminar o roteiro.” – Matt Reeves

Nas cinco décadas em que Batman está nas telonas, tivemos todos os tipos: Bat-maluco (Adam West); Bat-beicinho (Michael Keaton); Bat-divertido (Val Kilmer); Bat-quase-matou-sua-carreira (George Clooney); Bat-sexy (Christian Bale) e Bat-triste (Ben Affleck). E isso não inclui Bat-lego (Will Arnett). Com cinemas e serviços de streaming já inundados com histórias de super-heróis – e com a Marvel servindo não apenas super-homens, mas super-mulheres e uma vasta gama de super-heróis com diversas origens – por que precisamos de outro filme do Batman? Afinal, ele não é apenas um bilionário com ‘daddy issues’ e branco com complexo de salvador?

“Essa é a pergunta que tivemos que nos perguntar quando estávamos fazendo o filme, ou não o teríamos feito”, diz Reeves, que fez sucessos de bilheteria inteligentes e sombrios, como Cloverfield e os filmes Planeta dos Macacos, seu especialidade.

“O personagem é tão duradouro. E tem havido tantos filmes bons, que acho que o importante para nós foi poder contar uma versão definitiva. Precisávamos encontrar uma maneira de fazer uma versão do personagem que tocasse em todas as coisas que as pessoas amam no personagem – ele é um personagem mítico e icônico que durou 80 anos – mas precisávamos encontrar uma maneira de fazê-lo em uma maneira que parecia fresca. E acho que esse era o objetivo principal.”

Para fazer isso, Reeves voltou ao início. Não é o começo que todos conhecemos – o assassinato dos pais bilionários de um jovem Bruce Wayne em uma Gotham City cheia de crimes – mas o começo de Batman como um vigilante. Ele leu a HQ de quatro livros de Frank Miller, de 1987, Batman: Year One, onde o jovem Batman está lutando com sua nova identidade, sua transformação de homem em mito. Reeves então decidiu dar um passo adiante, ambientando o filme no segundo ano do “Gotham Project” de Batman.

É aqui que encontramos o tenente James Gordon (Jeffrey Wright), os gângsters Carmine Falcone (John Turturro) e Oswald Cobblepot (Colin Farrell), a ladra Selina Kyle (Zoe Kravitz) e um serial killer chamado Charada (Paul Dano). E é onde encontramos nosso jovem Batman, trabalhando ao lado do departamento de polícia de Gotham, investigando cenas de crime e atendendo ao chamado do bat-sinal. Enquanto outras cidades de Gotham parecem atemporais, esta é contemporânea, repleta de smartphones, drogas e um vilão que transmite ao vivo suas mortes e recebe ideias para máscaras de gás na internet.

“Batman está apenas tentando fazer sentido”, diz Reeves. “Como você dá sentido à luz do fato de que algo totalmente aleatório e terrível acontece com você quando você tem 10 anos, e você nunca consegue se recuperar disso? Ele está definhando.”

No Universo Estendido da DC, The Batman é classificado como um reboot. Não é tão bizarro quanto as versões dos anos 90 de Tim Burton e Joel Schumacher, nem tão presunçoso quanto a trilogia dos anos 2000 de Christopher Nolan, ou tão sombrio quanto as recentes iterações da Liga da Justiça. É denominado como um thriller noir, na veia do drama de gângster de Al Pacino dos anos 1970, Serpico, onde a polícia é tão ruim quanto aqueles que prendem. Também chove. Bastante.

“Eu queria que a história fosse uma em que o próprio Batman fosse o personagem que tinha o arco”, diz Reeves. “Onde você viu um Batman imperfeito e defeituoso que estava em crise, que estava lutando consigo mesmo, tentando descobrir como ter um efeito que ele não conseguia ter na cidade. Porque, como acontece com os noirs clássicos, não importa o que você faça, o lugar continua corrupto. E vê-lo lutar, não apenas para resolver o caso, mas também porque ele está realmente em uma grande batalha consigo mesmo, uma batalha interna.”

Aos 35 anos, Pattinson não é o ator mais jovem a interpretar Batman (era Bale, que tinha 30 em Batman Begins), mas seu Batman parece mais jovem. Seu cabelo está solto e tingido de preto e seu rosto está manchado com delineador. Ele não é um usuário de suaves roupas íntimas como Morcegos dois, três e quatro. Ele não tem o tamanho de Affleck ou a arrogância de Bale. Ele é mais reservado, tem pouco interesse em ser o bilionário Bruce Wayne e prefere passar seus dias escrevendo em seu diário. Ele é Bat-emo.

“Batman é claramente um gótico”, concorda Pattinson. “Olhe para todas as HQs. Eu acho que, nas interpretações anteriores do filme, as pessoas estavam com medo de abraçar isso, então ele acaba sendo muito mais leve. Mas em muitas das graphic novels, ele é uma alma muito torturada.”

“Você está malhando antes e depois do trabalho todos os dias… Para certas cenas, você está literalmente morrendo de fome.” – Robert Pattinson

Quando Reeves estava escrevendo The Batman, ele assistiu ao filme de Pattinson de 2017, Good Time, no qual ele interpreta um bandido em fuga. Ele soube então que tinha encontrado seu homem. “Eu estava tipo, OK, então precisamos de alguém que você possa sentir que, mesmo por trás do capuz, tenha esse nível de turbulência emocional e desespero. E [em Good Time] Rob tinha um desespero tão palpável, e mesmo que ele fosse um cara tão falho, você ainda pode simpatizar totalmente com ele e pode senti-lo basicamente em queda livre.”

“Rob tem uma qualidade muito especial. E foi uma dessas coisas em que eu só queria que fosse Rob, antes de eu terminar o roteiro. E Rob não tinha ideia.”

De sua parte, Pattinson não se intimidou em assumir um papel que tantos já desempenharam antes. Pela primeira vez em sua carreira, ele se sentiu pronto. “Nunca sei exatamente o que quero. E então, de repente, quando aparece, parece muito, muito correto”, diz ele. “E com isso, eu nunca fiquei realmente nervoso com isso. Eu conheci Matt e sabia que ele era muito receptivo e queria falar muito sobre isso também. E o roteiro era muito, muito suculento e parecia realmente diferente.

“E eu nem pensava que estava interpretando Batman a maior parte do tempo. Mesmo se você estiver no traje, você ocasionalmente se vê e diz: ‘Oh merda, é assim que eu estou.’ Só agora estou sentindo que será comparado a outros filmes do Batman. Eu nem estou tão preocupado, acho que funciona.”

Pattinson mal dá um sorriso durante as três horas do filme, seja rosnando em Gotham ou parecendo um tanto desamparado como Bruce Wayne. Mas seu Batman também é bem mais magro que os outros. Ele não tem o corpo de super-herói abertamente musculoso recentemente preferido por todos os atores para vestir um par de calças apertadas. Até Kumail Nanjiani, que interpretou o primeiro super-herói sul-asiático nos recentes Eternos da Marvel, falou da dismorfia corporal que desenvolveu enquanto lutava para colocar seu super-herói no lugar.

Pattinson alguma vez sentiu pressão para se parecer de uma certa maneira?

“Eu fiz essa entrevista que realmente voltou para me assombrar”, diz Pattinson. “Literalmente, tudo o que eu disse foi que acho muito idiota falar sobre como você se exercita. Meio que fiz uma pequena piada sobre isso. E então, literalmente, eu vi [que foi interpretado como] ‘Sim cara, eu não estou malhando nada’ e a quantidade de ódio que recebi depois foi tipo, ‘Você não está levando o papel a sério!’.”

Ele geme. “Tipo, é uma coisa muito chata de se falar. Mas também, é mais embaraçoso se você está fazendo uma cena altamente coreografada onde você está batendo em 10 caras e então quando você tira sua camisa, não tem como isso acontecer [porque você não tem músculos]. Faz parte da natureza do personagem.

“Tem sido difícil, no entanto. Você está se exercitando antes e depois do trabalho todos os dias. E normalmente, quando você está fazendo longos, longos dias no set, você fica tipo, ‘Oh, eu quero uma barrinha de chocolate’. Isso está tudo fora da mesa. Especialmente para certas cenas, você está literalmente morrendo de fome. Mas, você sabe, você está interpretando o Batman. Você meio que sabe qual é o acordo.”

Fonte | Tradução: Bruna Rafaela – RPBR

O Maior Detetive do Mundo decreta sua doce vingança nas bilheterias globais.

O Batman finalmente chegou aos cinemas e – não surpreendendo ninguém – conquistou com sucesso o melhor fim de semana de estreia e a maior abertura internacional da indústria de 2022 até agora.
Com US$ 128,5 milhões na América do Norte e US$ 120 milhões em 74 mercados estrangeiros o filme faturou US $ 248,5 milhões nos primeiros três dias em todo o mundo. O épico criminal de super-herói dirigido por Matt Reeves se tornou o maior fim de semana de estreia da Warner Brothers desde o Coringa em 2019, e é a melhor abertura internacional de pandemia da Warner Bros.

“O Batman” teve a melhor participação no Reino Unido, onde arrecadou US$ 18,4 milhões, seguido pelo México, onde arrecadou US$ 12 milhões. Outros territórios importantes incluem Austrália (US$ 9,2 milhões), Brasil (US$ 8,8 milhões), França (US$ 8,5 milhões), Alemanha (US$ 5,1 milhões) e Coréia (US$ 4,4 milhões). “The Batman” não estreará na China, que é atualmente o maior mercado teatral do mundo, até 18 de março e no Japão em 11 de março. Ele não será exibido na Rússia depois que a Warner Bros optou por suspender seu lançamento após a invasão da Ucrânia no país.

Além disso, The Batman é atualmente o filme nº 1 em 73 dos 74 territórios em que estreou e, no momento, os 74 territórios representam 80% da atual bilheteria internacional geral. O filme estreou em um grande número de mais de 30.000 telas, e esse sucesso é muito impressionante.
O IMAX foi um fator que contribuiu significativamente para o sucesso internacional do filme, abrindo em 320 telas em 74 territórios internacionais e arrecadando US$ 7,3 milhões. Este é o maior fim de semana IMAX global de 2022 e o segundo maior desde dezembro de 2019. Em quatro mercados, o filme teve o maior fim de semana DC para IMAX na Suécia, Bélgica, Argentina e Curaçao. Atualmente, o filme está à frente de Godzilla vs. Kong, Liga da Justiça, Cavaleiro das Trevas, Mulher Maravilha e está apenas um pouco atrás de O Cavaleiro das Trevas Ressurge.
Conforme relatado anteriormente, The Batman faturou US $ 128,5 milhões em seu fim de semana de estreia doméstica, tornando-se a maior abertura em 2022 nos Estados Unidos. Isso também o torna o único dos dois filmes desde dezembro de 2019 a abrir mais de US$ 100 milhões nos EUA. O IMAX representou impressionantes US$ 15 milhões desse total, e o filme fez sucesso nas principais cidades do mercado como Los Angeles, Nova York, Chicago, Dallas e São Francisco. Este também se tornou o maior fim de semana de estreia de Reeves, tanto internacionalmente quanto internamente. Além disso, a bilheteria provavelmente foi ajudada por excelentes pontuações críticas e reações do público em todos os principais sites de mídia, incluindo CinemaScore, onde a pontuação dos críticos é A- e a pontuação do público é A para a faixa etária de Jovens de 18 a 24 anos. O Rotten Tomatoes também tem uma forte classificação de críticos de 85% e uma classificação de audiência de 90%.

Todas essas conquistas e marcos provam ainda mais que a experiência de ir ao cinema está longe de estar morta. Quando você tem uma campanha de marketing matadora e um estúdio que se esforça para fazer o melhor filme e escrever a melhor história possível, esse é o tipo de resultado que você deve obter. Isso é muito motivo para comemoração, e em um mundo que achava que não precisava de outro filme do Batman, este filme explodiu nossas Bat-Meias. Ele apresentou uma história de crime de suspense policial exclusivamente sombria com dicas de romance que nos fizeram querer vê-lo novamente, apesar do tempo de execução de quase três horas. Tudo isso se reflete nas bilheterias e é um excelente sinal para o restante da temporada de filmes de 2022. Como o Coringa antes dele, este provavelmente será o próximo filme bilionário da WB. As pessoas estão ansiosas para voltar ao cinema por causa de filmes como este!

Fonte 1 |Fonte 2 -Tradução; Amanda Gramazio RPBR

Há alguns dias postamos o ensaio fotográfico de Robert Pattinson e Matt Reeves para o Los Angeles Times. Agora, trazemos a entrevista completa traduzida, onde o ator e o diretor falam sobre o filme ‘The Batman’ (já disponível nos cinemas!) e sobre a pandemia ter afetado as gravações, seu lançamento exclusivo nos cinemas e mais! Confira:

Quando o diretor Matt Reeves anunciou que havia escolhido Robert Pattinson para interpretar Batman em seu tão esperado reboot da franquia em 2019, fãs de todos os cantos da internet imediatamente começaram a afiar suas facas.

Não importa que Pattinson tenha passado anos dando uma marretada em sua imagem de galã adolescente em uma série de papéis artísticos sem glamour, de um ladrão de banco no sujo “Good Time” a um solitário faroleiro do século 19 no alucinante “The Lighthouse.” Para muitos, a ideia do antigo vampiro de “Crepúsculo” abordando um dos personagens mais icônicos do cânone de super-heróis em “The Batman”, que estreia na sexta-feira, parecia uma potencial bat-catástrofe em formação.

Pattinson levou as reações iniciais na esportiva. “Na verdade, fui menos zombado do que normalmente sou”, disse o ator, sentado ao lado de Reeves, pelo Zoom em uma tarde recentemente. Ele riu. “Fiquei bastante chocado. ‘Apenas 70% negativo? Um A+!’.”

Nem Reeves, que entrou no projeto depois que seu diretor e estrela inicial Ben Affleck desistiu, estava particularmente preocupado. “Quando você entra em um filme do Batman, você só precisa se endurecer no começo”, disse Reeves, que ganhou o trabalho em grande parte com a força de seus dois filmes de sucesso comercial e de crítica, “Planet of the Apes”. “É um personagem de 80 anos. Toda vez que você entra nisso, você está entrando em algo em que todo mundo já tem uma pré-concepção.”

A escalação de Pattinson está longe de ser o único aspecto de “The Batman” que pode abalar noções preconcebidas. Com duração de três horas, uma narrativa densa e um estilo que varia do noir arenoso ao psicodrama angustiante e ao terror de serial-killer, o filme de Reeves retorna Batman às suas raízes como “o maior detetive do mundo”. Dispensando a história de origem excessivamente familiar, o filme acompanha a perseguição de Batman, auxiliado pela Mulher-Gato (Zoë Kravitz), ao indescritível Charada (Paul Dano), que está espalhando pistas sobre uma conspiração de corrupção – junto com cadáveres – por toda a conturbada cidade de Gotham.

Chegando em um momento repleto de riscos e ansiedade, não apenas para a indústria cinematográfica, mas para o mundo inteiro, “The Batman” recebeu críticas amplamente positivas dos críticos. Mas resta ver como o público receberá o filme sinuoso, violento e mortalmente sério de Reeves, que está mais próximo em espírito dos clássicos dos anos 70 como “Chinatown” e “The French Connection” do que do seu estereótipo brilhante, slam-bang super-herói.

O Times conversou com Reeves, 55, e Pattinson, 35, sobre como criar uma nova visão de um personagem antigo, criar uma Gotham para os nossos tempos e tentar salvaguardar não apenas o futuro da franquia Batman, mas também a indústria cinematográfica como a conhecemos.

Rob, você passou a última década trabalhando com diretores como David Cronenberg, Claire Denis e os irmãos Safdie em filmes menores e mais artísticos. Não parecia que você estava em uma trajetória em direção a um filme de quadrinhos. Então, o que chamou sua atenção sobre a proposta aqui?

Pattinson: Mesmo cinco anos atrás, eu era a última pessoa que eu pensaria que seria escalada como Batman. Eu normalmente nunca estou em consideração para papéis de super-heróis. Normalmente [nesses papéis] você é um total desconhecido ou alguém que, eu não sei, parece mais óbvio.

Eu não entendo o que havia sobre o Batman, mas fiquei realmente fixado nele e continuei pressionando meu agente sobre isso. Eu amei tanto o trabalho de Matt nos filmes “Planeta dos Macacos”, e muito do trabalho de Matt, e eu estava pensando, se você conseguiu essa performance de um macaco… [risos] Então eu conheci Matt e ele tinha uma visão tão interessante do personagem, e parecia muito diferente e meio perigoso. Parecia uma grande, grande montanha para escalar.

Reeves: Por causa de todos esses filmes que você mencionou, eu pensei que Rob poderia não estar interessado em estar nessa lista [de elenco de super-heróis]. Mas por alguma razão, na minha cabeça, era Rob. Do trabalho que eu tinha visto ele fazendo, eu fiquei tipo, ‘Uau, ele é um camaleão.’ Especificamente no filme dos irmãos Safdie [“Good Time”], havia um tipo de desespero e motivação e também uma vulnerabilidade que eu pensei que era muito Batman, e eu pensei que a mistura era tão poderosa.

Dadas todas as iterações anteriores do personagem em filmes, TV, videogames e quadrinhos, quais foram seus pensamentos iniciais sobre como você poderia abordar o Batman de uma maneira que parecesse nova?

Pattinson: Em nosso primeiro encontro, Matt mencionou que Kurt Cobain era um dos pilares do personagem. Só isso já colocou algo na minha cabeça. Há algo sobre esse tipo de tormento autoimposto que sempre achei muito interessante e também herdar uma vida que você não tem certeza de que quer, mas também sente que não pode desistir. Lembro que também conversamos muito sobre Michael Corleone.

Reeves: Uma das coisas boas do Batman é que, porque ele não tem superpoderes, é extremamente psicológico. Ele está realmente fazendo isso como uma forma de lidar, porque algo aconteceu com ele [na infância] que ele nunca superou. Ele está exorcizando esses demônios noite após noite após noite.

Ele é um personagem que essencialmente é atrofiado. Ele está meio que emocionalmente preso aos 10 anos de idade, e isso é exacerbado pelo fato de ele ter essa rede de segurança de ser incrivelmente rico. Mas ele escolhe fazer essa coisa muito corajosa, ousada, imprudente, quase suicida, tentando dar sentido à sua vida saindo e fazendo justiça com as próprias mãos.

Este é um filme de três horas com temas obscuros e adultos e um enredo intrincado que requer muita atenção. Você está confiante de que o gênero de quadrinhos, como o conhecemos, evoluiu a ponto de o público abraçar um filme como este?

Reeves: Há um ponto com esses tipos de filmes em que você precisa colocá-los na frente de uma audiência para saber se eles funcionam ou não. E eu lembro que tive que mostrar ao chefe do estúdio, [presidente da Warner Bros.] Toby Emmerich, o primeiro corte do filme na frente de um público de teste. Eu não estava nem perto de terminar com o corte, e era muito mais longo do que é agora. E eu pensei: “Isso é suicídio. Este é o momento em que fica claro que a ideia de desafiar o público dessa maneira é insana.” E eles adoraram.

A única coisa que senti no começo foi que não havia como fazer um filme do Batman que parecesse apenas mais um filme do Batman. Tivemos que cumprir as coisas que as pessoas esperam dele: você sabe, a perseguição de Batmóvel e todas aquelas coisas que recebem uma resposta tremenda. Mas cabia a nós fazer algo diferente. E eu estava muito animado que o público de teste realmente amou as partes do filme que eles não esperavam. Então, nesse sentido, estou confiante.

Qualquer grande filme é desafiador, mas aqui você estava fazendo essa tomada de Batman inspirada em Kurt Cobain, filmando muitas vezes à noite e na chuva, em meio a uma pandemia global. Em um ponto, a produção teve que ser pausada, porque Rob contraiu COVID. Eu tenho que perguntar, vocês estavam realmente se divertindo?

Pattinson: Há um prazer estranho em passar muito tempo no traje e no escuro. Você está bastante isolado de todos os outros quando está dentro do capuz, e é bastante meditativo. Você está sozinho a maior parte do tempo. Ninguém está conversando com você porque você está com a máscara e não consegue ouvir. Ela permite que você entre nesse estado bastante zen.

Havia tanto caos acontecendo na vida real todos os dias, assim que você saía daquele estúdio e olhava para o seu telefone, você tinha que realmente silenciar muitas dessas coisas para se concentrar no que estava fazendo em primeiro lugar. Da mesma forma que Bruce vestindo o traje, você entra nesse tipo de estado estranhamente simplista, onde você pode realmente se concentrar em uma coisa. Você está apenas pensando: “Se ainda houver um mundo depois que terminarmos este filme, ainda haverá fãs do Batman nele, então é melhor não estragar isso”.

O mundo fictício de Batman sempre foi repleto de violência e corrupção. Mas, ao longo dos cinco anos que você passou trabalhando neste filme, o mundo real ficou cada vez mais caótico, fraturado e fora de controle. Tudo isso alimentou sua concepção de Gotham?

Reeves: Comecei a trabalhar no roteiro em 2017, então foi há muito tempo. Havia eventos reais em que eu estava pensando, mas era como Watergate. Achei emocionante a ideia de fazer um filme como “All the President’s Men”, onde havia uma conspiração que ia até o topo da cidade.

A ideia era fazer de Gotham uma versão aprimorada. Então, enquanto estávamos fazendo o filme, havia tanta coisa acontecendo no mundo que houve momentos em que o mundo parecia mais intensificado do que Gotham. E pensamos: “Uau, esse filme vai ser muito leve?” [risos]

Me lembro de filmar a cena em que Jayme Lawson [que interpreta uma candidata a prefeito de Gotham] está fazendo aquele discurso sobre como precisamos reconstruir não apenas nossa cidade, mas nossa fé nas instituições e uns nos outros. Naquele momento, essas coisas de repente pareciam ressoar de uma maneira que eu nunca pretendi diretamente.

As apostas para este filme já seriam enormes, mas está sendo lançado em uma pandemia de dois anos que causou estragos na indústria cinematográfica e colocou em dúvida o futuro da experiência nas telas grandes. Isso aumenta ainda mais a pressão sobre este filme para provar que os filmes ainda importam?

Reeves: Com certeza. É absolutamente uma situação existencial. Se você olhar para trás até cinco anos no negócio do cinema, é radicalmente diferente. Quando comecei minha carreira, os filmes que estavam sendo feitos eram tão diferentes de muitas maneiras. Agora, há todas essas grandes questões: o que vai funcionar na tela grande? O que vai estar no espaço de streaming? Haverá mesmo uma experiência teatral?

Este filme foi feito como uma experiência imersiva de tela grande. Foi feito para colocá-lo em uma experiência subjetiva – uma experiência propulsora, uma experiência psicológica – que realmente deve oprimi-lo. Portanto, absolutamente não seria, e não será, o mesmo no streaming. Eu realmente espero que sejamos um dos filmes que podem provar que ainda existe um negócio viável de cinema.

Espero que, quando a pandemia começar a recuar ainda mais, não pareça tão existencial. Há uma sensação de que talvez estejamos começando a deixar isso para trás, e “Homem-Aranha” e “Venom” e outros filmes de super-heróis funcionando são muito encorajadores para nós. Mas, no momento, isso acontece. Você quer acreditar que essa experiência na tela grande, que foi a razão pela qual queríamos fazer filmes em primeiro lugar, ainda existirá.

Pattinson: Todo filme é uma aposta completa, toda vez. Mas é uma coisa totalmente diferente quando ninguém se importa ou sabe o que você está fazendo e você precisa despertar interesse. Quando as pessoas estão esperando algo, definitivamente há alguma apreensão. Parece que você está entrando no ringue. Você está entrando no Coliseu.

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Fonte | Tradução: Bruna Rafaela – RPBR

Robert Pattinson e Zoë Kravitz estampam a edição deste mês da conceituada revista “Entertainment Weekly”. A publicação nos tras fotos de um ensaio inédito com os atores que interpretarão Batman e Selina (mulher-gato) no novo filme “The Batman” que estreia em breve nos cinemas de todo o mundo. Em breve postaremos o artigo traduzido que a revista postou em seu site, mas enquanto isso, veja as fotos e as stills inéditas que foram divulgadas.


Photoshoots > 2022 > Entertainment Weekly


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Robert Pattinson e Zoë Kravitz reacendem um dos romances mais duradouros da história dos quadrinhos nos cinemas como Batman e Selina Kyle em “The Batman”. Dirigido por Matt Reeves, o filme melancólico se passa durante o segundo ano do Cavaleiro das Trevas como vigilante. Selina ainda não se tornou a Mulher-Gato, mas isso não significa que ela não goste de ser “fora da lei” de vez em quando. Apesar de resistirem um ao outro, essas duas figuras solitárias formam uma conexão enquanto Batman persegue um serial killer, o Charada. Antes da estreia de The Batman em 4 de março, a EW reuniu as duas estrelas para discutir o novo capítulo da história cinematográfica do Caped Crusader.

Como prometido na postagem anterior, segue a tradução na íntegra da matéria posada no site da GQ Magazine britânica deste mês que trás Robert Pattinson na capa. Estamos aguardando os scans saíram para compartilhar aqui no site também.

O ator que desafia as expectativas esta realizando o seu pivô de carreira mais selvagem até o momento, retornando para o universo das grandes franquias como o Batman. Ainda assim, ele não deixa de questionar: De qualquer forma, o que é uma super estrela agora?

Ele é excepcionalmente bonito. Olhos largos e selvagens. Grandes características faciais dispostas onde um escultor poderia tê-las colocado na Itália do século XVI. Ele é, diferente de alguns atores, mais alto do que as pessoas acreditam (“Muitas fãs de Batman dizem ‘Ele é pequeno, ele é pequeno!’, “Eu não sou pequeno, porra” ele diz “Eu sou, tipo, uma pessoa grande. Cerca de metade do tempo eu estou tentando ficar mais magro.”) Ele tem a habilidade de parecer convincentemente diferente em graus significativos, em muitas coisas diferentes.

Não é apenas o cabelo e o peso. É a forma com que ele controla um interruptor interno para configurar os olhos e a boca dentro de um espectro que vai de um merdinha americano à um aristocrata francês. Isso o permite trabalhar efetivamente tanto no papel principal, quanto como o ladrão de cena de 12 minutos. “Ele é um camaleão”, diz Matt Reeves, o diretor de The Batman. “Recentemente, o Rob estava me contando que ele nunca interpreta um personagem com a sua voz exatamente. A voz é uma de suas características.” Hoje em Londres, sua voz é nítida e suas palavras prudentes. Mas a sua risada é livre, e ele não pode deixar de começar as coisas dizendo exatamente o que sente: “Estou tão atrapalhado com o fuso-horário.” E ele já está sentindo o peso da idade (35): “Eu não posso fazer mais nada.” O efeito é algo como: um negociante de artes inglês depois de uma semana em uma feira de artes em Hong Kong. Ele parece como se, talvez, tivesse estado no seu momento mais brilhantes há seis dias atrás. Nós estamos caminhando pelo Holland Park, na base de Nothingh Hill. 18 horas antes o plano era o de visitarmos o Zoológico de Londres, mas ele de repente pensou melhor. “Eu estava conversando com a minha namorada noite passada” – a modelo e atriz Suki Waterhouse – “e ela disse ‘Sabe, as pessoas não gostam muito de zoológicos…’ Eu estava pensando em algo metafórico. Mas então eu pensei que isso é muito errado, um urso triste andando em círculos.” Ele mudou de ideia então. “Eu não posso evitar,” ele diz. “Eu faço isso para cada elemento, cada decisão na minha vida. Qual o pior cenário para essa decisão?”

Sua carreira até o momento tem sido moldada por uma combinação de talento, desejo, sorte, atender a fama e escolhas ousadas. A fama veio rapidamente, com Crepúsculo, a saga de vampiros adolescentes que arrecadou bilhões de dólares e colocou Pattinson em um tipo particular de caminho. As escolhas – filmes menores com diretores singulares – veio como parte de sua carreira brilhantemente planejada, depois de escapar de uma prisão de uma década que era aquela carreira em particular.

“Eu estou constantemente avaliando riscos, o que deixa todo mundo louco, tentando prever cada elemento que pode possivelmente acontecer. E no final, sendo apenas: Ah, foda-se! Eu vou interpretar um vigia de farol que transa com uma sereia! Eu acho que essa é a decisão certa.” Seu desvio reputacional para longe do cinema blockbuster foi tão firme, que Reeves, que pensava em Pattinson enquanto escrevia The Batman, não estava seguro se Pattinson estaria interessado em retornar da sua caminhada na casa de arte. Mas um pouco de exposição à mídia convencional, na forma de The Batman, foi uma decisão tão deliberada quanto se afastar dela em primeiro lugar. Entrar na batcaverna, embolsar alguns ganhos, e então embarcar em uma viagem em águas de filmes mais arriscados novamente. Era um plano.

As coisas começaram de forma auspiciosa o bastante quando as filmgens iniciaram no final de 2019. “Então eu quebrei meu pulso, bem no começo de tudo, fazendo uma acrobacia, antes mesmo do COVID. Então toda a primeira seção tentou continuar trabalhando – parecendo um pinguim. Eu lembro quando aquilo parecia a pior coisa que poderia dar errado.” Logo, é claro, houveram obstáculos muito maiores trazidos pela pandemia global sem precedentes, o que levou a interrupções da produção, incluindo uma precipitada pelo seu “muito embaraçoso” positivo em setembro de 2020, logo quando todo mundo havia retornado da primeira pausa interminável. Os atrasos acabaram por prolongar as filmagens para 18 meses – aproximadamente o tempo total em set de todos os outros filmes anteriores de Robert Pattinson combinados.

E ainda assim, quando a enorme produção estava a todo vapor em meio a crescente pandemia, ele se sentiu grato – e até mesmo culpado às vezes – por ter uma distração que demandava cada porção da sua atenção. “Eu sempre tive essa âncora em Batman. Ao invés de pensar que você é os destroços das notícias, você se sente envolvido sem ser paralizado por isso. Todos que eu conheço, se tiveram um pouco de impulso em suas carreiras ou em suas vidas, e então pararam, tiveram que se acertar consigo mesmo. Estando eu incrivelmente ocupado todo o tempo, fazendo algo que era também uma super pressão, de longe a coisa mais difícil que eu já fiz… Eu continuava fazendo o Batman no final do dia, mesmo que o mundo pudesse acabar. Mas mesmo com a chance improvável de não acabar…” ele continua muito depois: “Mesmo se o mundo acabe em chamas, eu ainda tenho que fazer isso! O set de filmagens, nos arredores de Londres, se manifestou como uma “bolha dentro de uma bolha,” ele diz. “E a natureza das gravações era tão do tipo insular, sempre filmando à noite, realmente escuro o tempo todo, e eu me senti muito sozinho. Mesmo estando no uniforme todo o tempo. Você não tem realmente permissão para sair do estúdio vestindo o uniforme, então eu mal sabia o que estava acontecendo do lado de fora.”

Eles contruíram para ele uma pequena tenda fora e ao lado do set, onde ele podia ir e aliviar a pressão. E na maioria das vezes ele passava o tempo se sentindo estranho no uniforme do Batman. “Eu só ficava na tenda fazendo música eletrônica ambiente no uniforme, olhando por sobre o capuz. Tem algo sobre a forma com que o capuz foi feito que faz com que seja muito difícil ler livros, então você tem tipo que quase se curvar para frente para ver por fora do capuz.”

Ele disse isso algumas vezes, e eu não tinha a mínima ideia do que inferno ele estava falando. O capuz? “A máscara. A bat máscara. O capuz!” Horas, dias, semanas, meses, no escuro, no uniforme, no capuz. “Eu continuava chamando isso de máscara. Mas eu aprendi, Não, não, isso é um capuz.” Embora eles tenham finalizado as filmagens de The Batman em abril, Pattinson aparenta ter emergido mentalmente da caverna apenas recentemente.

Ele ri de forma maníaca quando se recorda daquelas horas solitárias no escuro: “Eu quero dizer, eu estava realmente, realmente, realmente morto depois. Eu olhei uma foto minha de abril, e eu parecia verde.” Em um ponto, quando entramos em um restaurante meio-lotado juntos, seus olhos se fixam em um cubículo próprio para acomodar um grupo discreto de clientes. Falam para ele que o espaço já está reservado. Você realmente quer voltar para a caverna, eu digo, e ele ri uma risada de estresse pós-traumático.

“Eu assisti uma versão crua do filme sozinho,” ele me conta na não-caverna, enquanto comemos juntos. “E a primeira cena é tão discordante de qualquer outro filme do Batman, que isso é apenas um ritmo totalmente diferente. Isso é o que Matt estava dizendo na primeira reunião que eu tive com ele: ‘Eu quero fazer uma história de detetive noir dos anos 70, como The Conversation.’ E eu tipo presumi que aquilo significava o quadro geral ou algo assim, como pareceria. Mas na primeira filmagem, é tipo, Oh, essa é realmente uma história de detetive. E eu me senti como um idiota, porque eu nem sabia que o Batman era o ‘maior detetive do mundo’; Eu não havia escutado isso na minha vida antes – mas é realmente assim. Só porque há muitas situações onde ele está entre os policiais. Geralmente, quando você vê o Batman, ele chega e espanca as pessoas. Mas ele têm conversas, e há cenas emotivas entre eles, nas quais eu não penso que tenha em quaisquer um dos outros filmes.”

Eu lembro o Pattinson que a última vez que ele esteve na GQ , ele estava apenas começando em The Batman, procurando pelo o que ele chamou “o vácuo” em um personagem que já foi interpretado de todas formas e por décadas até agora. Eu pergunto se ele alcançou aquilo.

“Eu definitivamente encontrei uma pequena linha interessante. Ele não tem uma personalidade de playboy, de forma alguma, então ele é tipo um estranho como Bruce e um estranho como Batman, e eu fiquei pensando que há uma inclinação mais nihilista para isto. ‘Porque, normalmente, em todos os outros filmes, o Bruce vai embora, treina, e volta para Gotham acreditando em si mesmo , pensando ‘Eu vou mudar as coisas aqui’. Mas aqui, está meio que implicado que ele teve uma espécie de colapso. E isso que ele está fazendo não está nem mesmo funcionando. Tipo, são dois anos disso, e a criminalidade se tornou pior desde que o Bruce começou como o Batman. As pessoas de Gotham pensam nele apenas como um dos sintomas de quão merda é a situação. Tem uma cena em que ele espancando todo mundo em uma plataforma de trem, e eu amo que tem uma parte no roteiro onde o cara que ele esta salvando, também está tipo: ‘Ahhhh! Isso é pior!’ Ou você é assaltado por membros de gangue, ou um monstro aparece e, tipo, espanca todo mundo! O cara não têm ideia de que o Batman veio para salvá-lo. Só parece que é um lobisomen.”

Pattinson ri muito. “E eu fiquei tentando interpretar isso, fiquei tentando pensar nisso, e eu vou expressar tão mal, mas tem algo sobre reconhecer o trauma…Todas as outras histórias dizem que a morte dos pais é o motivo do Bruce se tornar o Batman, mas eu estava tentando fazer isso de uma maneira que eu achava que era real, em vez de tentar racionalizá-lo. Ele tem criado esta intrincada construção por anos e anos e anos, o que culminou nessa personalidade Batman. Mas não é algo saudávelo que ele tem feito.” É como um colapso prolongado. “Quase como um vício em drogas,” ele diz.

“Há um momento no qual Alfred pergunta ao Bruce o que a sua família pensaria dele maculando o legado da família com essa atividade paralela. “E o Bruce diz: ‘Esse é o legado da minha família. Se eu não fizer isso, então não há mais nada para mim.’ Eu sempre li essa parte não como, ‘Não há nada mais’, como, ‘Eu não tenho um propósito’, mas como: ‘Eu estou saindo.’ E eu penso que isso torna tudo mais triste. Tipo, é um filme triste. E como se fosse ele tentando achar algum elemento de esperança nele mesmo, e não apenas na cidade. Geralmente, o Bruce nunca questiona as próprias habilidades; ele questiona as habilidades da cidade de mudar. Mas tipo, isso é algo tão insano de se fazer: O único jeito de eu viver é se vestindo como um morcego.”

“A DC é um tipo de quadrinho emo,” continua ele, rindo. “Tem um lado nihilista nisso. Mesmo a arte é muito, muito diferente. Então, esperançosamente, há muitas pessoas tristes no mundo.” Do lado de fora, é frio escuro e “covidamente” nihilista (em outras palavras, tudo vagamente DC), e o clima lembra Pattinson sobre como sua caldeira precisou de reparos recentemente. “O rapaz apareceu [para o reparo] outro dia,” conta ele, “e aleatoriamente começou a falar de como ele é um fã da DC. E eu estava lá sentado encarando a direção oposta, enquanto a minha namorada continua conversando com ele. E eu olhei para ela, tipo: Cala a porra da boca!” ele racha de rir. “Por que você está fazendo isso comigo? Ela foi muito divertida, conversando com um fã obcecado.”

Eu o questiono se ele está ansioso sobre como esse esforço de anos vai ser recebido. Pelos superfãs. Por aqueles que sabem o que um capuz é. “Depende. Se as pessoas gostarem do filme, será ótimo. Tudo isso.” Mas se não, eu sugiro, você irá responder pela angústia das pessoas. “Você não tem como saber até que aconteça.”

Enquanto caminhávamos pelo Holland Park no início da tarde – o céu estava limpo sob nossas cabeças – os olhos de Pattinson tem um aspecto de alerta . Ele é incompreensivelmente famoso desde os 22 anos, e em cada esquina nos últimos 13 anos espreita um fã ou uma câmera ou um fã com uma câmera. O parque, neste dia de inverno, parece inofensivo para esses olhos destreinados, mas Pattinson sabe melhor. Há algumas mesas do lado de fora da cafeteria do parque que parecem um lugar bom o suficiente para sentar e conversar, mas há algumas velhinhas conversando por perto e um caminho que passa perto o suficiente para potencialmente expô-lo. “Hmm”, ele diz, “que tal…” Ele nos leva em uma direção diferente, em direção a um monte abandonado de materiais de construção, onde um banco fica de frente para uma cerca. Ele diz que é falso-ponderado: “Vamos apenas encontrar a área mais monótona, escondida em um canto”.

Pergunto- se é assim que ele experimenta o mundo: como uma busca constante por áreas monótonas escondidas nos cantos. “Ah, cem por cento. Na verdade, tipo, se eu vejo um bar vazio e não tem vibração alguma, eu fico tipo, Oooo!” As máscaras têm sido uma dádiva de Deus, diz ele. “É engraçado com todas essas coisas anti-máscara, porque eu fico tipo, vou usar uma máscara pelo resto da minha vida. Acho que ganhei alguns anos de vida por falta de estresse. É ideal quando todo mundo está usando um também, então não é como se eu estivesse me destacando. É incrível.”

Desde que entrou para The Batman, Pattinson fez seu primeiro movimento atrás das câmeras, agradavelmente escondido, tendo estabelecido um acordo de produção na Warner Bros. Ele diz que é um “escritor terrível”, mas “estou moldando coisas que acho muito, muito, muito satisfatórias.” Em primeiro lugar estão alguns projetos que ele vem concebendo há algum tempo, tempo suficiente pelo menos para que ele não esteja mais certo em protagonizá-los e, em vez disso, “quer encontrar um desconhecido”.

Ele gosta da HBO Max, com quem está trabalhando como parte do acordo com a Warner Bros., porque “eles não têm medo”, diz ele. “Eu sinto que eles são tão novos e ainda estão tentando estabelecer sua identidade. E há espaço para isso.” O trabalho de desenvolvimento estava em andamento enquanto ele ainda estava filmando The Batman: “Eu tinha minha explosão de energia pela manhã. Eu ia fazer um treino e tinha cerca de 15 minutos antes de ter que vestir o traje. E então eu literalmente ficava sete minutos no banheiro pela manhã quando eu enviava um e-mail impensado para os escritores.” Ele descreve a emoção de se envolver com projetos como esses, que, como atuar, exigem sua pequena jornada pessoal para o inferno: “Parece que só consigo ter ideias quando há uma enorme quantidade de adrenalina. É quase como o meu processo de fazer qualquer coisa agora. Eu tenho que realmente sentir que cheguei ao fundo do poço. Onde até o momento que eu tenho que auar é: Uau, eu sou o pedaço de merda mais vazio.” Ele ri a risada sua rouca bat – risada “Você tem que sentir a dor. E então, de repente, é como se Deus lhe desse um pequeno presente: aqui está uma ideia na qual você nunca pensou antes. Corra atrás disso!”

Ele é um consumidor voraz do trabalho de outras pessoas. Ele lê constantemente, assiste a tudo, esculpe seu gosto, seu tom, até as pontas afiadas que usa para colaborar efetivamente com cineastas para criar personagens bizarramente novos. Em O Rei, de 2019, ele colocou um Delfim exagerado bem no meio de um dos filmes mais sérios de todos os tempos. “Eu estava tentando fazer isso seriamente, mas então eu estava conversando com alguém da Dior” – Pattinson é o rosto da Dior Homme – “e comecei a imitá-los e fazer isso de uma maneira mais engraçada”, diz ele. Ou seja, transportar uma figura da moda francesa para Shakespeare. “Comecei a fazer isso como uma piada no começo, mas depois me filmei e assisti de volta, e pensei que isso realmente funciona.” Pattinson interpretou outro vilão em The Devil All the Time de 2020, no qual ele interpreta um pastor do sul assustador e corpóreo que seduz jovens paroquianas e depois as “ilumina” sobre seus encontros sexuais. “Mas eu pensei que era para ser uma comédia. Lembro-me de ler o roteiro e era tão extremo, com personagens tão monstruosos, eu estava pensando que tinha que ser.” (Não foi.)

É sua maneira de articular seu desejo de ver algo que nunca viu antes, fazendo algo que nunca fez antes. É o seu jeito de quase, parafraseando Gandhi ou Batman ou alguém, ser a mudança no cinema e no estrelato que ele quer ver no mundo. Aqui está o que minha versão de uma estrela de cinema pode fazer – alguem concorda? Até agora, pós-Batman, não realmente. “É irônico que os dois filmes que eu achava que eram os filmes mais seguros que você poderia fazer, todo o cenário da indústria muda”, diz ele. “Eu realmente pensei que depois do Batman, eu seria muito mais…” Ele para com um desânimo genuíno. Pode-se sentir o calor vindo dele de seu desejo de encontrar um projeto viável.

“Acho que talvez até já tenha dito isso na última vez que fiz uma entrevista com a GQ”, diz ele. “Antes de Tenet, meus agentes diziam você simplesmente não está na lista de ninguém. E eu totalmente, por acaso, consigo esses dois filmes enormes. E eu fiquei tipo, Ok, estou na lista agora? E eles ficam tipo, sim, você está na lista agora, mas não há filmes.” Com isso, ele se refere ao tipo que muitos cineastas e espectadores lamentam não existir mais em excesso. Um filme de estrela de cinema para adultos. Em uma escala entre The Lighthouse (orçamento de US$ 11 milhões) e Tenet (US$ 200 milhões). “E por isso é estranho: o buraco da agulha, que eu estava tentando enfiar antes, fica ainda menor agora”, diz ele. “Eu costumava pensar que tinha um plano relativamente longo, aquele que fiz depois do primeiro Crepúsculo para trabalhar com vários diretores diferentes. Mas tentar fazer um plano agora quando você tem que levar em conta uma espécie de dúvida existencial, além de ficar tipo, estou competindo com adolescentes pelo mesmo papel… Bem, há lobos em todos os lugares.”

Contra todas essas preocupações pessoais da carreira, ele também se pergunta em voz alta sobre os problemas que a indústria em geral está enfrentando para tomar o centro da cultura. “Mesmo quando os filmes tentam: Ah, vamos fazer algo que capture o zeitgeist, não é possível se nem todos estiverem assistindo ao mesmo tempo. Filmes usados para gerar o zeitgeist. E agora descobri que, ao contrário da música ou da moda, os filmes não conseguem acompanhar a cultura.” Há uma exceção, no entanto. Um vislumbre. E tem a ver com a maneira como certos cineastas, diz ele, parecem identificar subculturas e curar mais do que apenas experiências cinematográficas para aqueles que estão sintonizados na mesma frequência. Ele descreve a cena em uma exibição para Uncut Gems dos irmãos Safdie, “onde provavelmente havia 30 pessoas na platéia usando chapéus Elara”. Elara Pictures é a produtora dos Safdies, mas, através de pessoas famosas da moda como Timothée Chalamet (fã) e Emily Ratajkowski (que é casada com um dos produtores), agora também uma espécie de marca de moda inadvertida.

“Existem certos cineastas”, diz Pattinson, que podem transformar filmes ainda menores em algo muito maior – algo que vai contra, ou mesmo define, o zeitgeist. Ou provavelmente mais precisamente: um zeitgeist. Ele também viu isso com os fãs nas exibições de O Farol: “Eles estavam todos vestidos da mesma maneira, como pescadores”. Ele diz que o diretor Robert Eggers entendeu “como você pode fazer esse cruzamento entre moda e música”. Pattinson viu isso em uma exibição para The French Dispatch no ano passado também. “Achei que fosse uma exibição temática. Mas todas essas pessoas eram apenas fãs de Wes Anderson. Eles apenas se vestem como Wes Anderson.”

Aí, talvez, esteja a melhor explicação, por uma série de exemplos, do que Robert Pattinson tem tentado fazer com suas escolhas de carreira na última década. Não trabalhe apenas com diretores que fazem bons filmes. Trabalhe com diretores que gerem uma energia tão específica que as pessoas queiram assistir seus filmes e fazer parte da subcultura que só elas podem cultivar. Diretores que fazem as pessoas quererem literalmente se vestir como eles. “Se você fornecer um filme que fornece uma cultura inteira com isso”, diz Pattinson, “acho que as pessoas realmente gostam disso e realmente respondem a isso”. Pattinson é – e isso fica mais claro a cada ciclo promocional de filme que passa – um daqueles tipos criativos autenticamente estranhos, ilimitadamente energéticos, enganosamente caóticos que estão misturados em 10.000 coisas enquanto projetam uma falsa sensação de passividade. Aqui está Pattinson, que não é muito fã de esportes, romantizando o fandom de futebol de seus amigos: “Há algo tão adorável em ter algo todo domingo, onde é como, isso é o que estou fazendo. Quando alguém me pergunta, quais são seus hobbies? Eu respondo: Ser fodidamente preocupado. Preocupação com o futuro.” Ele diz a última parte com uma espécie de sotaque cômico. E então ele ri. O sentimento – a ansiedade, a incerteza do que o mundo reserva para ele e para qualquer um – parece quase real demais, como olhos tristes brilhando por trás do capuz de morcego. Isso me lembra o que Matt Reeves disse sobre Pattinson: que ele nunca desempenhou um papel com sua própria voz, que a voz é seu caminho para pessoas diferentes.

Pattinson me diz que às vezes ele apenas inventa alguma coisa em uma entrevista, para dizer qualquer coisa – e que às vezes volta para mordê-lo (por exemplo, comentários que ele fez anos atrás sobre não lavar o cabelo que acompanhá-lo até hoje). Tudo fica um pouco escorregadio quando alguém lhe diz que às vezes mente deliberadamente. Mas parece que isso se soma a várias outras histórias que Pattinson compartilha comigo. Há algumas coisas que são honestas, há algumas coisas que são construídas, e no meio há apenas um monte de papéis que Pattinson está interpretando além de uma estrela de cinema e celebridade. Entre eles:

Vendedor de pornografia (anteriormente). Ele roubava as revistas de uma banca local e as vendia para colegas de classe por um bom lucro. Isso o expulsou de sua primeira escola preparatória. O espírito empreendedor era orgânico, irreprimível.

Traficante de drogas (anteriormente). “Eu não penso nisso há anos, mas durante o ensino médio minha primeira namorada de verdade estava alguns anos mais velha, e eu sempre quis sair com a tuma legal, que estavam no ano mais velho. E alguns deles decidiram que eu fingiria que estava importando drogas. Mas eu nem sabia como eram as drogas. Então eu tive a ideia de pegar disquetes, abrir o disquete, despejar esse tipo de pó dentro, e depois borrifar com algum tipo de produto de limpeza para que cheirasse a química, e fechar tudo dentro. Eu comprei, tipo, 40 disquetes, e então eu mostrava para crianças que provavelmente tinham 15 ou 16 anos, e eu dizia: Sim, estou importando drogas em disquetes.” Ele diz isso como um verdadeiro canalha. “E todos acreditaram em mim. E eu meio que tenho essa reputação de que: Esse garoto é louco. Ele é um traficante! Como: Quer experimentar alguns? Alguma serragem com Febreze?”

Rap pirata (anteriormente). Ele era o único que tinha álbuns de Noreaga do exterior. Ele e seu amigo pegavam as letras de Noreaga, transpunham suas vozes em um programa de música que ele tinha e depois mandavam “seus” raps para o DJ de hip-hop inglês Tim Westwood para tentar colocá-los em seu show. “Minha mãe entrava na sala, e ficávamos dizendo as letras de outras pessoas literalmente, pensando que ninguém jamais descobriria.” Impostor de skate (anteriormente). “Na verdade, eu não conseguia andar de skate, mas me esforçava o máximo que podia, e praticava sozinho e, literalmente, a qualquer hora que fosse hora de fazer qualquer coisa, eu estava com medo de me machucar, então apenas sentava lá, arrastando o skate ao redor. Rolando-o para frente e para trás, acertando-o com coisas, e meio que fazendo pequenos cortes nele, de modo que parecia que eu estava andando nele. Mas eu nunca andei nisso”.

Designer de cadeiras (em andamento). Ele costumava ter um estúdio em Londres. Mas agora ele apenas faz cadeirinhas de barro, pequenas maquetes, tira fotos delas e depois as envia para um designer que ele conhece que ajuda a construí-las. O primeiro, “um sofá insano”, está chegando em breve. Ele é consumido por cadeiras. Pensa neles incessantemente. Quando chegou a hora de criar o logotipo para sua produtora, ele continuou enviando fotos de cadeiras para as pessoas.

Fotógrafo (em andamento). E não apenas das maquetes de suas cadeiras. Ele estava em uma loja recentemente, procurando uma nova câmera, e vasculhando a internet para descobrir que tipo Daniel Arnold usa. “Acabei parado olhando para um monte de fotos dele”, diz ele, “e no final das contas fiquei tipo, não tem nada a ver com a câmera, não é? Assim como qualquer coisa, você pode se treinar para ver as situações de uma maneira diferente – para começar a ver a surrealidade em todos os lugares ao seu redor.”

Traficante de macarrão instantâneo (em andamento, por enquanto). Leitores próximos da GQ podem se lembrar que, há dois anos, Pattinson tentou demonstrar seu conceito de um lanche rápido de macarrão via entrevista no Zoom, com resultados devastadores. A internet recebeu o esforço como uma façanha, ou pelo menos como uma performance consciente de inépcia. “Mas eu estava realmente tentando fazer aquela massa”, diz ele. “Como se eu estivesse literalmente conversando com fábricas de alimentos congelados e esperava que aquele artigo fosse a prova de conceito. Meu gerente disse: é isso mesmo que você quer fazer? Você quer seu rosto em macarrão? Você sabe que só precisa ir ao Walmart e realmente vendê-lo, com um retorno potencialmente muito pequeno.” Ele ri como se fosse ideia de outra pessoa. “E havia uma parte de mim que era, tipo: existe um mundo onde isso funciona?”

Tudo isso para dizer: Pattinson parece ter sido bom em ser pelo menos duas coisas ao mesmo tempo. Um autêntico alguém singular em seu âmago. Mas também alguém muito bom em fingir ser outra pessoa.
Quando ele começou a fazer o teste, sempre que ele se apresentava como inglês enquanto tentava um papel americano, os agentes de elenco agiam preocupados. “Eles sempre questionavam: ‘Estamos preocupados com o sotaque…’ ”, diz ele. “Então eu costumava entrar sempre como uma pessoa diferente, uma americana. Eu dizia, ‘Oi, eu sou de Michigan.’ Mas então eu estava fazendo uma audição para Transformers 2, logo após Crepúsculo ter saído”—em outras palavras, precisamente no momento em que Pattinson se tornou um ator mundialmente famoso— “e entrei como um cara de Denver. E eles ligaram para o meu agente e disseram: ‘O que há de errado com ele? Por que ele estava fazendo uma improvisação? Uma improvisação muito chata?’ ”

E então ele começou a fazer testes como Rob, para melhor ou para pior. “Se eu não tivesse tido muita sorte”, diz ele, “e tivesse sido forçado a fazer um teste todos esses anos, eu não teria uma carreira. Eu sou tão ruim isso.” Ele tem lembranças vívidas de ter seu almoço entregue a ele pelos outros atores de sua idade. “Eddie Redmayne e Andrew Garfield foram tão bons nas audições, é simplesmente inacreditável. Você os veria e, se estivesse esperando do lado de fora, literalmente ouviria os diretores de elenco dizendo: Oh, meu Deus! Meu Deus! E você ficaria tipo, porra, quem está dentro? E Eddie saía e dizia: Ei, cara. Eu estava fazendo algo pensando que era uma comédia e de repente ouvia esses soluços pesados. Estou pensando, quem conseguiu tirar um soluço disso?! E então a porra do Eddie sai!”

Mas então, de repente, os dias de dormir no sofá de seu agente em L.A. acabaram. “Ela acabou de me dizer que ainda tem minha mala”, diz ele, “cheia com minha roupa suja daquela época. Na garagem dela, fossilizada.” Após Crepúsculo, Pattinson trabalhou com David Cronenberg, Werner Herzog, James Gray, Claire Denis. Mas nenhuma partida pareceu tão eletrizante quanto a de Josh e Benny Safdie, com quem ele fez Good Time de 2017: “Eles são meio anárquicos. Mas não estão totalmente fora de controle. Eles são alguns dos únicos diretores com quem trabalhei que prosperam no caos, mas também estão sempre no controle do carro.” Os irmãos Safdie parecem gostar desse tipo de desconforto. Seus filmes são alimentados pela pressão alta de decisões erradas e o pior cenário.

Embora o monitor de avaliação de risco de Pattinson sugira que ele evite as crianças no quarteirão que gostam de brincar perto de linhas de energia caídas, Pattinson está, naturalmente, emocionado com a proximidade: “Eles são tão divertidos, tão engraçados, tão corajosos. Essa é a principal coisa que eu gosto de observar”. O ar na rara altitude da celebridade de Pattinson pode ser desorientador. “Pode ser assustador pra caralho”, diz ele. “As pessoas pensam que você tem um tipo de exército protegendo você, mas você realmente não tem. Você esta por sua conta. Você tem que ter uma quantidade louca de, eu acho que é algum tipo de força mental. Obviamente, é essa vida incrível. Mas como qualquer coisa, se você não pode desligá-lo… Até as pessoas mais próximas a você supõem que sua vida provavelmente é mais parecida com a maneira como é contada em uma revista. Até meus parentes. Mas, novamente, esse é o objetivo: capturar a imaginação das pessoas.”

Nós nos movimentamos bastante durante a tarde, de uma zona de inatividade aparentemente segura para outra. Seus olhos realmente parecem ler o mundo como um scanner térmico. Um banco sombrio para um banheiro vazio, para um caminho vago através de um parque aleatório. E ainda assim, há um cara esperando por nós com uma câmera. Máscara, Pattinson não se intimida. Passamos por algumas crianças jogando futebol e pergunto a ele se já abrigou delírios juvenis de grandeza do futebol. “O oposto. Ainda tenho o mesmo terror quando passo por criancinhas e a bola de futebol passa pelo caminho. Eu só tenho esse terror de passar de volta, e volto direto para ser uma criança de 10 anos e chutando na direção errada. As pessoas ficam tipo: Uau! Que idiota! Eventualmente, eu provavelmente vou ter um filho. Então comecei a me treinar para poder ser um pouco… para poder jogar futebol com uma criança de três anos.” Ele se sente envelhecendo a cada instante. “Trinta e cinco foi definitivamente o ano em que as coisas mudaram. Eu realmente estendi minha adolescência para cerca de 34 anos”, diz ele enquanto pulamos em um táxi preto e começamos a passar por Notting Hill. “Lembro-me de alguns anos atrás, eu estava conversando com meu amigo em uma rua bonita por aqui. Anos atrás, eu sempre pensei que era tão chique, e agora parece tão legal. Eu fiquei tipo, eu me pergunto o que mudou na área…?”

Ao envelhecer, ao mesmo tempo em que está mais próximo, ele está começando a ver sua família de novas maneiras, a “delineação entre os tipos de personalidade” em seus pais, seu pai (o introvertido, o cínico, o preocupado) em uma extremidade do espectro e sua mãe (a extrovertida, ai risonha, a emocionalmente acessível) para o outro, e ele sentado no meio deles, ou, na verdade, como ele esclarece, “balançando de um para o outro. As coisas que costumavam me deixar louco com meu pai, ser do contra o tempo todo, constantemente bancando o advogado do diabo – estou indo nessa direção.” De volta para casa, mais perto da família, Pattinson parece estar se estabelecendo em algum novo estágio de sua vida e carreira. Apesar de tomar o que poderia ser caracterizado como inúmeras decisões corretas, elas parecem não ter alcançado um caminho óbvio a seguir. O que é um fato da vida e da carreira que planta Robert Pattinson firmemente em sua microgeração.

Ele existe nessa faixa etária altamente específica de pessoas (ou seja, aqueles nascidos em meados dos anos 80) que cresceram para ver o Velho Caminho – o viu funcionar desde o degrau mais baixo, do nível de entrada – antes de assistir a sua indústria escolhida desmontar na última década, como eles meio que empilharam um monte de escombros antigos e novos crescimentos para chegar ao topo de… o que exatamente?

Muitas pessoas da idade dele, em muitas capacidades profissionais diferentes, terão encontrado esse emoji existencial encolhendo os ombros e sentirão vontade de vomitar. Pattinson tem idade suficiente para realmente ter visto de perto o que ele queria – ele fez um plano – apenas para ser confrontado, quando chegou a sua vez, com o fato agora óbvio de que absolutamente ninguém tem a menor idéia do que vem a seguir. É emocionante. É assustador. É o que é tão assustadoramente familiar sobre seus sentimentos irritantes de carreira: “Eu realmente pensei que depois do Batman, eu seria muito mais …” Não muito tempo atrás, ele estava conversando com seu gerente sobre sua paralisia e indecisão sobre o que fazer a seguir em todas as frentes – incluindo seu próximo filme. “Eu disse: ‘Não quero cometer um erro sobre o que fazer a seguir’. 2024. E até lá, ninguém vai dar a mínima para o que você está fazendo.” É a coisa mais estranha que até três anos atrás, nós meio que tínhamos basicamente o mesmo caminho tradicional de carreira. Se tudo correu bem, ainda meio que existia. E agora é como: Qual é a direção a seguir?
“Você só precisa pensar: Bem, meu plano é que talvez um milagre aconteça e tudo fique bem. Que é o que eu acho que todo mundo tem pensado por dois anos. Apenas: Uhhh, acho que o plano é apenas esperar?”

MATÉRIA ORIGINAL : GQ.COM
Tradução: Amanda Agostinho / Amanda Gramazio