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Autor: Amanda Gramazio

Na tarde dessa terça-feira o DEADLINE alegrou os corações de todos nós, cidadãos da alagada Gotham City! Em matéria exclusiva, o site informou que Matt Reeves, diretor de The Batman, já está com total liberdade para expandir seu BatVerso em uma sequencia de The Batman e séries derivadas confirmadas pelos executivos da Warner! O RPBR traduziu a matéria, que está recheada de informações e declarações exclusivas, além da informação mais importante: VAI TER BATTINSON SIM!

Confira:

A Warner Bros está apostando tudo no diretor de The Batman, Matt Reeves, e sua produtora 6th & Idaho. Ele se tornou o primeiro cineasta a receber um acordo geral de prioridade desde que os co-presidentes/CEOs da Warner Bros Pictures Group, Michael De Luca e Pamela Abdy, foram contratados pelo chefe da Warner Bros. Discovery, David Zaslav, para dirigir a divisão de filmes. Além disso, Reeves voltou a trabalhar com o Warner Bros. Television Group e com o presidente Channing Dungey, onde também está trabalhando na série spin-off de The Batman, The Penguin, com Colin Farrell.

(…) Reeves está dedicando tanto tempo em projetos de cinema e TV relacionados à franquia The Batman que fez todo o sentido para ele chamar a Warner Bros de lar com prioridade por vários anos. De Luca e Abdy esperam vê-lo se tornar o tipo de cineasta fundamental que Todd Phillips (The Hangover e Joker), e Clint Eastwood sempre foram no estúdio.

“Fazer deste lendário estúdio minha casa é um sonho”, disse Reeves em um comunicado. “Estou muito empolgado por trabalhar com Mike, Pam e Channing e nossas equipes para trazer histórias cativantes pelas quais sou verdadeiramente apaixonado para o cinema e a TV.”

Sob os termos do acordo do filme, as divisões de produção do Warner Bros. Pictures Group – Warner Bros. Pictures, New Line Cinema, Warner Animation Group e DC-based Films – terão direitos de prioridade sobre o trabalho de Reeves como escritor, diretor e /ou produtor. Reeves está atualmente de volta ao trabalho na sequência de The Batman, co-escrevendo com Mattson Tomlin a segunda parte dessa ressuscitação da DC que atraiu ótimas críticas e um bom faturamento global de US $770 milhões. Robert Pattinson está de volta para a sequência como o personagem-título.

“Pam e eu herdamos com gratidão o relacionamento com Matt e The Batman e durante os estágios iniciais do planejamento da série The Penguin para HBO Max”, disse De Luca ao Deadline. “Ficamos empolgados em fechar o acordo geral porque é a pedra principal no que queremos fazer com os cineastas que estão trabalhando no estúdio. Queremos criar uma atmosfera onde todos esses cineastas possam se destacar e fazer seu trabalho e ficar conosco quando estiverem dentro da família Warners. Manter Matt e criar um lar para ele fazer mais projetos no universo Batman, mas também originais, foi muito importante para nós.”

O 6th & Idaho re-up com a Warner Bros. Television Group vem como um início de produção para The Penguin, com Colin Farrell reprisando seu papel de Oswald Cobblepot para HBO Max. Há também uma série Batman Arkham em discussão:

“Matt é uma das mentes mais imaginativas e criativas do ramo”, disse Channing Dungey, presidente do Warner Bros. Television Group. “Estamos ansiosos para continuar nossa parceria com a maravilhosa equipe 6th & Idaho e expandir o mundo que Matt tão artisticamente criou com o filme The Batman através de nossa próxima série The Penguin.”
“Alguém como Matt, vamos comprar para ele o que ele quiser fazer”, disse De Luca “Estamos investindo em qualquer coisa que Matt sinta vontade de fazer, no universo Batman e outros. Ele tem liberdade para ir aonde quer que seus interesses o levem. Vamos nos apoiar no que Matt quiser fazer.”

Fonte: Deadline | Tradução: Amanda Gramazio – RPBR

Com início do segundo semestre de 2022, a Variety divulgou sua lista dos melhores filmes do ano – até o momento. The Batman é o primeiro filme citado na matéria com a seguinte apresentação:


Pode ser o maior filme de quadrinhos já feito. Sua competição por essa honra, “O Cavaleiro das Trevas”, foi justificadamente comparada a um thriller noir de Michael Mann. Mas “The Batman” é um drama que eu não hesitaria em ser comparado com “Chinatown” – é inebriante e hipnotizante, é um labirinto intrincado, que se realiza no seu humor de ver algo sombrio como a inquietação existencial da meia-noite. Robert Pattinson interpreta o personagem-título como um homem tão convincentemente atormentado pelos fantasmas de seu passado que ele nem quer mais ser Bruce Wayne. No entanto, quando ele escapa para a identidade do Batman, ele se torna um detetive tão hipnótico quanto Will Graham em “Manhunter” – um investigador de astúcia e habilidade magnética de voz esfumaçada, enfiando uma agulha após a outra para prender o Charada, que é interpretado por Paul Dano como um monstro monumental de caos desonesto e armadilhado. O diretor, Matt Reeves, retrata um mundo de corrupção de vários níveis que é tão sinistro quanto as manchetes de hoje, mas “The Batman” também remonta aos quadrinhos esplendidamente fundamentados dos anos 40, quando um combatente do crime solitário saindo do gótico úmido profundezas poderiam inspirar algo como esperança. —Owen Gleiberman

A mídia física de The Batman já está disponível para venda no Brasil (adquira a sua!) e sua sequencia já foi confirmada assim como duas séries derivadas!

Fonte: Variety
Tradução: Amanda Gramazio

Nossa galeria  foi atualizada com fotos novas  (algumas antigas)  que nos abençoaram com a beleza de Robert Pattinson essa semana! CONFIRA:

Nova/Antiga imagem do Robert para ESQUIRE 2014:


Para conferir todas as fotos clique aqui!

Antigas imagens do SUNDAY TIMES 2019 são divulgadas pela primeira vez, ainda com a tag:


O photoshoot para a Wonderland Magazine ataca novamente com essa imagem incrível do Robert com Zöe Kravitz:


Para conferir todas as fotos clique aqui!

Por fim, na última quinta-feira (23/06), Robert esteve na inauguração de uma exposição na CARPENTERS WORKSHOP GALLERY EM WEST HOLLYWOOD


O RPBR foi convidado pela WARNER BRASIL e pelo CULTCURITIBA para assistir Batman em uma sessão especial nessa segunda- feira (28.02) em uma sala IMAX!
Primeiramente, já recomendo assistir esse filme em uma tela IMAX! Vale demais a pena! Agora, vamos para nosso crítica do filme do ano:

Um filme DO BATMAN

Matt Reeves entrega – finalmente – um filme onde o homem morcego é protagonista de sua própria história.
Meu primeiro comentário quando saí da sessão de BATMAN foi que, quanto fã do Robert Pattinson, não esperava menos! Ele novamente prova que se entrega de corpo e alma para seus personagens.
Aqui temos um novo desafio: passar suas emoções com apenas UM olhar. De novo, Robert supera as expectativas! Chega ser notório o quantidade vezes que a câmera dá um zoom nos olhos do homem morcego e ali está tudo; Trauma, medo, dor e raiva. Batman é o centro da narrativa, enquanto Bruce Wayne, apesar do pouco tempo de tela, não é menos protagonista que seu álter ego.
Ao longo da história de Batman nos cinemas, muitos fãs perceberam algo acontecer; O vigilante se tornou um coajdvante de suas histórias, sendo ofuscado por vilões icônicos. Isso é bem claro no filme que é considerado o maior do homem morcego, Batman O Cavaleiro das Trevas da consagrada trilogia Nolan. Esse era meu maior medo em relação esse filme, principalmente pela quantidade de vilões apresentados; Mulher – Gato, Pinguim, Charada e Falcone. Mas para meu alivio – e de muitos – TUDO gira em torno da jornada de auto descobrimento do homem – morcego.
Não temos humor nenhum no Batman, Bruce Wayne está longe de ser os playboy mulherengo que já vimos em outras representações do personagem. Isso, entre outros aspectos, contribuem para a realização de um objetivo que desde o começo Matt Reeves deixou bem claro: The Batman seria diferente de todos os filmes do homem morcego já feitos. Senti que esse objetivo foi atingido com sucesso. Apesar de algumas cenas clássicas, Batman está longe de ser mais do mesmo!
Um ponto como fã de Batman que me agradou muito foi a relação Batman e Mulher – Gato. Considero um dos casais mais icônicos e com as melhores histórias de HQs e, na minha opinião, faltava uma representação do casal com uma verdadeira química! Obrigada Robert e Zöe! A química chega ser palpável! Me peguei me inclinando em direção a tela em várias cenas dos dois! Cenas que aliás me lembraram muito a animação de Batman Silêncio!
Outras dois personagens que a relação com o Batman me marcou foi Gordon e Alfred. Como não é um filme de origem, não sabemos como a confiança de Gordon e Batman nasceu, mas eles formam uma dupla de detetives muito boa! Alfred foi quem me arrancou lágrimas, não uma, mas duas vezes! Não esperava por isso, foi uma surpresa agradável (apesar de triste).
Amei cada segundo do filme, tinha altas expectativas que foram supridas com sucesso. A semente para uma trilogia foi plantada e eu espero realmente que cresça assim como todas as séries spin off. O Bat Verso que está sendo criado é fantástico. Não poderia estar mais feliz, como fã do Robert mas principalmente como fã do Batman

Fui acompanhada do meu irmão assistir ao filme e pedi para ele escrever sua crítica sobre Batman! Bom ter uma visão imparcial né…

O reboot com certeza se afasta do conceito de “mais do mesmo”. De um lado, o Batman mais sombrio já feito; e de outro, um Bruce Wayne perturbado – e até inseguro – em contraste com o mulherengo confiante das versões anteriores. As três horas de filme foram bem justificadas. A trilha sonora, apesar de simples, é bem marcante. – ANDRÉ GRAMAZIO

Quem já assistiu ao filme, o que achou?

Agradecimentos: WARNER BR e CultCuritiba, meu irmão André não só pela crítica mas pela carona. Nataly e Raquel pela parceria e por não me deixarem desmaiar – Amanda Gramazio

Robert Pattinson e Zoë Kravitz voam em The Batman
As estrelas do Batman e o diretor Matt Reeves nos levam para dentro deste novo capítulo sombrio da história do Cavaleiro das Trevas.

Assim como Batman e Mulher-Gato, Robert Pattinson e Zoë Kravitz têm um pouco de história: as estrelas de The Batman (nos cinemas em 4 de março), se conhecem há mais de uma década. Você consegue ver como eles provocam um ao outro sobre suas habilidades de flerte (ou a falta delas) em sua sessão de capa da EW no centro de LA no final de janeiro, ou pela forma como Pattinson despreocupadamente coloca um casaco de camelo sobre os ombros trêmulos de Kravitz depois que eles se enrolam em um telhado frio enquanto o sol se põe.
Mas sua história como o Cavaleiro das Trevas e a ladra mais famosa de todos os tempos não começou até o teste de elenco e química em um estúdio da Warner Bros. em Burbank em outubro de 2019.
Ambos os atores estavam sentindo a pressão daquele dia. “O teste de química foi muito intenso”, disse Kravitz, 33, à EW. Eles tiveram que realizar uma série de caricias íntimas que Batman e Selina têm no filme, a cena também foi a audição de Kravitz porque o diretor de The Batman, Matt Reeves, escolheu se encontrar com ela antes que a estrela de Big Little Lies lesse uma única linha.
“Rob estava vestindo o Batsuit, e foi um teste de câmera adequado com o DP lá e tudo em um estúdio. Não era apenas ler as falas em uma sala. Então foi intimidante, para dizer o mínimo”, diz ela. Sua primeira tarefa? O ato aparentemente simples de tirar um capacete de moto. “Isso me deixou com um pouco de ansiedade”, lembra ela. “É muito complicado tirar um capacete e parecer legal, não ficar preso na cabeça ou o cabelo ficar estranho. Eu estava convencida de que isso seria minha queda.”
Enquanto isso, Pattinson estava passando pelo seu próprio ataque de ansiedade, mesmo já tendo sido escalado. De acordo com a tradição da Warner Bros., ele já havia completado um teste de tela solo em um Batsuit clássico – o de Val Kilmer de Batman Forever, mamilos e tudo – mesmo que estivesse um pouco apertado. Mas ele também ainda tinha que proferir uma palavra como seu personagem. “A primeira vez que eu disse falas do roteiro foi no teste de Zoë”, diz o ator de 35 anos. “Eles tinham essa ideia de que eles queriam que eu fosse mais alto de início, então eu basicamente usava tênis de salto alto e fiquei cambaleando com essa estranha roupa de Batman. A câmera nem estava em mim, estava na parte de trás do minha cabeça, e estava literalmente tendo um grande ataque de pânico, apenas procurando apoio emocional em Zoë, que está tentando conseguir o papel.”
Quaisquer que fossem os medos e nível de pânico que estivessem percorrendo as mentes das estrelas, eles não eram aparentes para Reeves. “Eles realmente se conectaram”, diz Reeves, mais conhecido por dirigir Dawn of the Planet of the Apes e sua sequência War for the Planet of the Apes. “Todo mundo podia ver que havia algo realmente especial entre eles.” E assim, Reeves encontrou seu Morcego e sua Gata, um momento crucial para sua história de amor torturada, ele diz, “é absolutamente central” para o filme.”.
Tão intensa quanto a energia de Kravitz e Pattinson, foi que o projeto que os uniu implora por uma questão maior: Em um mundo de franquias, e IPs existentes e cansaço de super-heróis, por que precisamos de outro Batman? O que faz essa iteração diferente da, vamos dizer, versão gótica e teatral de Tim Burton em Batman e O Retorno do Batman, ou da Trilogia do Calheiro das Trevas de Christopher Nolan, que encenou uma guerra entre o caos e a ordem? Para Reeves, foi sobre questionar um aspecto específico do mito do Batman.
“Eu senti que era importante examinar essa ideia de ele ser um emblema de vingança. Essa é realmente a abordagem correta para tudo isso?” diz Reeves. ‘[Eu queria] que o filme os levasse em uma jornada onde você começa tendo um ponto de vista sobre o que ele está fazendo, e então seja desafiado de tal forma que vocês soubessem que, pelo fim, ele teria um despertar e ele mesmo tivesse uma mudança para enfrentar.”
Seis anos após Batman vc Superman: O Despertar da Justiça, estrelando Ben Affleck, a última tentativa da Warner Bros de relançar o Cruzado de Capa em uma franquia cinematográfica definitivamente não é uma história original, mas o Batman e a Selina não estão completamente formados ainda, nem estão eles próximos de se tornarem o casal apaixonado e casado que eles são nos quadrinhos dos dias atuais. The Batman acontece durante o segundo ano da guerra de Bruce Wayne contra o crime e foca no lado detetive do Batman (mais pistas para decifrar, menos festas de gala). Selina, enquanto muito apegada a gatos e invasões casuais, ainda não adotou o codinome de Mulher-Gato.
Colocar a conexão entre Batman e Selina no âmago do novo filme faz sentido, porque é uma parte integral da mitologia. Selina foi introduzida em Batman #1, em 1940, no qual foi a primeira serie em quadrinhos solo do herói após sua estreia em Detective Comics #27, em 1939. Na maior parte dos seus 82 anos de história, eles tiveram um romance vai-e-volta que é complicado, uma vez que ambos estão em diferentes lados da lei.
Em The Batman, o par o par se encontra enquanto o Batman está caçando o Charada (Paul Dano), um serial-killer mascarado cujos alvos são as figuras mais proeminentes – e provavelmente corruptas, afinal é a cidade de Gotham – de Gotham. Sua investigação o leva para o Clube Iceberg (liderado pelo tenente da máfia de Collin Farrel, Oswald Cobblepot, também conhecido como o Pinguim), onde Selina faz a vida como garçonete e eventual traficante de drogas. A colega de quarto de Selina logo desaparece, e ela e o Morcego percebem que precisam um do outro para um mistério cada vez mais sinistro.
“Eles têm uma conexão um tanto forte bem rápido, e eu acho que os dois estão tentando ignorar isso,” diz Kravitz. “Ambos estão muito surpresos por sentirem uma conexão com alguém, porque isso é muito raro para eles. Isso nos tira da nossa zona de conforto.” Adiciona Pattinson: “O Bruce criou o Batman nessa visão de mundo bem binária onde ele [acredita] que estão os caras maus e há as vítimas. A Selina aparece e ele fica tipo, ‘Bom, você é uma ladra. Você é basicamente o mesmo que o Pinguim, ’ e ainda assim…há algo nela que eu reconheço. Isso vai contra seu julgamento afiado”.
Selina não é a única a desafiar o código do Batman. À medida que a contagem de corpos do Charada cresce, o maior detetive do mundo em formação segue, diligentemente, as pistas, resolvendo uma charada provocadora após a outra e desenterra a história secreta de Gotham – do qual uma parte envolve seus amados pais. Isso mexe com ele até o âmago. “Eu queria um Batman que ainda estivesse se tornando um,” diz Reeves, que escreveu o roteiro com Peter Craig (The Town). “Eu não queria, Aqui está uma série de personagens patifes, e aqui está o Batman, e eles não são incríveis, e ele [Batman] vai derrotar todos eles. Eu queria que isso fosse muito mais psicológico para o personagem ter um lugar para ir.”
The Batman começa a terceira franquia do Batman do século 21. Originalmente, era uma parte do segundo, porque o filme começou como uma sequência para o filme de 2016, Batman: O Despertar da Justiça, estrelado por Ben Affleck, como uma versão mais velha e endurecida do protetor de Gotham. Affleck estava previsto para estrelar e dirigir em The Batman, mas em janeiro de 2017 ele diminuiu as suas responsabilidades para apenas estrelar. Warner Bros. ligou o batsinal para encontrar um novo leme para guiar o projeto, e escolheu Matt Reeves. (Ridley Scott e Fede Alvarez também foram reportados na pré-seleção do estúdio.) Mas inicialmente o diretor não respondeu ao(s) chamado(s) porque ele estava afundado na árdua pós-produção de Planeta dos Macacos: A Guerra.
“[A Warner Bros.] voltou a insistir. Eu estava quase ficando irritado. Eu estava tipo, ‘Espera, qual parte do fato que eu estou fazendo esse filme eles não estão entendendo? ’” diz Reeves, que pensou que a WB queria apenas marcar uma reunião geral, até que o seu agente foi direto com ele: O estúdio o queria para dirigir The Batman. “[Meu agente] disse, ‘Se você tem algum interesse, você vai querer achar um tempo para ter essa reunião.”
Ele achou. E leu o roteiro que Affleck, Geoff Johns (Stargirl) e Chris Terrio (Liga da Justiça) estiveram trabalhando. De acordo com Reeves, era uma história de “ação James Bondiana”, intimamente ligada ao Universo Estendido da DC (DCEU) pela aparição de “outros grandes super-heróis.”
“Era uma visão totalmente válida a história,” ele diz. “Eu apenas senti que eu não seria a pessoa certa, porque lendo isso [o roteiro], eu pensei, ‘Uau, eu não sei se posso encontrar um caminho emocional nessa versão. ’ Não dizendo que não era bom, mas eu não saberia onde pôr a câmera, o que dizer aos atores, porque eu tenho que achar algum jeito de fazer isso pessoal para mim.”
Para sua surpresa, o estúdio estava não apenas disposto a ouvir o tipo de filme do Batman que ele gostaria de fazer, mas estava disposto a esperar por ele terminar Planeta dos Macacos: A Guerra. A sua história inicial era muito emocional, um conto pós-origens que manteve o Batman no centro e estava conectada ao DCEU sem propriamente servi-lo. Essa última parte foi discutível, uma vez que Affleck desistiu do filme completamente. “Foi quando eu comecei a pensar em um Batman mais jovem, que estava além de suas origens, mas era imperfeito,” diz Reeves.
Um fã de longa data da serie de TV Batman estrelada por Adam West, nos anos 60 (“Eu não vi um acampamento nisso. Eu pensei que era totalmente sério”), Reeves se jogou na escrita. Em termos de quadrinhos, ele consultou os suspeitos habituais e comumente referenciados Batman: Ano Um, de Frank Miller e David Mazzucchelli, e Batman: O Longo Halloween, de Jeph Loeb e Tim Sale, que inspiraram O Cavalheiro das Trevas de 2008. Ele também referenciou de uma forma menos óbvia títulos como Batman: Ego, de Darwyn Cooke (“Ego realmente mostra a ideia de uma besta dentro dele e a luta.”) Olhando para além do material fonte, Chinatown influenciou a conspiração municipal de The Batman, e o neo-noir Klute, de 1971, foi um grande ponto de referência para a relação entre o Batman e Selina, especialmente em como o investigador privado titular de Donald Sutherland inicialmente julga a garota de programa de Jane Fonda, Bree Daniels.
“Eu não queria inflar demais o ego [do Reeves] sobre isso, mas eu ficava dizendo para mim mesmo, ‘Ah, eu nunca vi nada disso,” diz o produtor Dylan Clark (Planeta dos Macacos: A Guerra), enquanto se lembra de suas conversas com o diretor durante a fase de escrita do roteiro.
“Aquilo foi uma verdadeira saída daquilo que vimos no passado, mas ao mesmo tempo, foi um retorno às origens dos quadrinhos, que está fundamentado no mistério e trabalho de detetive,” diz Jeffrey Wright (Westworld), que interpreta o aliado primário do Batman, o Tenente Jim Gordon. O ator estava também impressionado por quão oportuna a história foi. “Há uma consciência de instabilidade em Gotham que eu penso refletir o momento. Há uma consciência de certa tensão de classes e desconfiança difusa em Gotham. Na forma que o Matt moldou o Charada aqui, isso fala de uma espécie de viralidade atual que nós vemos ser usada na comunicação de certas ideias e propaganda.”
Para Reeves, era importante que o filme não fosse sobre os vilões; Batman devia permanecer como o foco. “O Charada é onipresente, quase como um fantasma,” fala Reeves sobre o antagonista inspirado no assassino do Zodíaco, que deixa mensagens pessoais para o Batman em suas cenas de crime, o roubando, portanto, de uma de suas grandes vantagens: o anonimato. “O Batman ou o Bruce estão em quase todas as cenas do filme” – semelhante ao investigador privado de Jack Nicholson em Chinatown, J.J. Gittes – “o que não é a forma habitual desses filmes serem feitos. É um tipo de ponto de vista muito hitchcockiano, onde você está apegado à experiência dele.”.
O nome de Pattinson surgiu cedo durante o processo de escrita. “Bom Comportamento foi um filme que [eu e Matt] vimos, ‘Uou,’” diz Clark sobre Pattinson aclamado pela crítica como um criminoso moralmente conflitante, no suspense policial de Josh e Benny Safdie, de 2017. “Aquele é um filme em que ele está mostrando muitas coisas que, para nós, parecem com o Bruce Wayne.” Coincidentemente, Pattinson queria fazer o Batman, e começou a tentar o papel sozinho quando descobriu que o Reeves estava envolvido.
“Você está sempre procurando pelo próximo desafio,” diz a estrela, que evitou blockbusters depois de a Saga Crepúsculo e escolheu, principalmente, projetos indies, como Cosmópolis, de David Cronenberg, e O Farol, de Robert Eggers. Mas havia algo sobre esse filme de super-herói em particular que não o deteve. “O interessante sobre o Bruce nisso é que ele ainda não tem a sua personalidade de playboy. Ele é um estranho como Bruce e um estranho como Batman,” diz ele. “Há muita loucura nisso. O personagem está indo atrás de um sonho que é completamente impossível, e ele não consegue viver de outro jeito.”
Kravitz foi uma das várias atrizes que a diretora de elenco Cindy Tolan apresentou a Reeves para Selina Kyle. Ao contrário de Pattinson, Kravitz não tinha interesse em um filme de super-herói – ela já havia feito X-Men: Primeira Classe – mas a perspectiva de enfiar suas garras na complexa anti-heroína era difícil de resistir. “Eu realmente acho que Catwoman teria sido a única [personagem de super-herói] que eu consideraria, só porque me sinto realmente conectada a ela emocionalmente e também esteticamente. Acho que há uma autenticidade e uma vantagem nela que me atrai. “, diz Kravitz.
“Os personagens são tão míticos, e eu queria que [eles] fossem de carne e osso. Ela realmente entendeu isso”, diz Reeves, lembrando de sua primeira reunião de teste pré-tela. “Nós tivemos uma conexão imediatamente.”
Kravitz foi particularmente atraída pelo fato de Selina ser “uma mulher incrivelmente forte e não se vitimizar”, diz ela. “Nós vamos conhecê-la em um momento realmente crucial em sua vida. Eu acho que o foco dela é realmente se libertar de muita dor, trauma e muita raiva.”
A versão de Gotham City de Reeves é decadente, escura e chuvosa, o sol visível apenas ao entardecer. O diretor queria que parecesse um lugar onde você poderia encontrar qualquer personagem folclorico se abrisse a porta certa. Daí a inclusão de Selina e Pinguim de Farrell ao lado de pilares como o tenente Gordon. Da mesma forma que Selina ainda não se tornou a Mulher-Gato, Cobblepot não é um grande chefe do crime e Gordon não chegou a comissário. “O Charada se autodenomina o Charada neste filme. Esse personagem ainda não existia no mundo, mas ele está se apresentando”, diz Reeves. “Então, eu queria que isso fosse preenchido com todas aquelas pequenas provocações em que o frescor estava encontrando os personagens de maneiras que você ainda não tinha visto. Eles ainda não eram as versões míticas icônicas do que se tornaram.”
Gotham não precisaria ser salva, não existe tal esperança em The Batman. Pattinson revela que uma das primeiras coisas que ouvimos seu personagem dizer é que as coisas só pioraram na cidade desde que ele entrou em cena. “Ele está basicamente dizendo ‘Estou fazendo isso há dois anos, e tudo piorou.'” Adiciona Reeves: “Gotham nunca deixará de ser corrupta, porque é como o nosso mundo.”
Um raio de luz para a escuridão? Sempre haverá mais histórias para contar. Mesmo que The Batman não seja ambientado no DCEU e tenha sido concebido como uma história independente, Reeves espera continuar expandindo o mundo além da tela grande. Ele é produtor executivo de dois spin-offs em desenvolvimento na HBO: um drama sobre o Departamento de Polícia de Gotham City e outro sobre a ascensão do Pinguim ao poder.
“O que eu realmente queria que este filme fizesse era criar um Batverso”, diz Reeves. “Você não faz uma história e diz ‘Este é o Capítulo 1’ porque você pode não conseguir fazer o Capítulo 2. Então, a história teve que se sustentar por conta própri. Mas a coisa sobre isso é que o mundo do Batman é tão rico em personagens que quando você está começando a chegar ao fim, você já pode começar a pensar na próxima coisa que pode fazer. Porque a ideia, claro, é que a história de Gotham nunca termine.”
“Foi uma das coisas mais difíceis que fiz na minha vida”, diz Pattinson sobre as longas filmagens de um ano e meio de The Batman que começaram em Leavesden, Inglaterra, em janeiro de 2020.
Não apenas por causa dos desafios únicos de atuar em um Batsuit (“Você está quase manipulando de certa forma – você realmente precisa passar pela máscara”), mas por causa dos muitos obstáculos que o filme enfrentou devido à pandemia de COVID-19 acontecendo. Como todo o resto do mundo, a produção foi paralisada em março de 2020. Durante o intervalo, enquanto Pattinson experimentava brevemente macarrão para micro-ondas, Reeves e Clark revisaram as imagens que já haviam gravado para reafirmar sua fé na visão do diretor.
Eles receberam sinal verde para retomar em setembro; no entanto, Pattinson contraiu o vírus, levando a outra pausa até que ele fosse liberado para voltar ao trabalho. “Quando o COVID chegou, foi muito difícil para nós nos reunirmos fora do set”, diz Kravitz, acrescentando que ela e Pattinson tiveram que depender do roteiro, da orientação de Reeves e de sua conexão natural para construir sua química na tela.
Filmar o Batman também não foi fácil para as emoções: Esta versão de Bruce Wayne é uma das representações mais fatalistas até agora, e como o filme não mostra a morte de seus pais, Pattinson se esforçou para usar a culpa e o trauma duradouros. O rosto de Bruce em todas as cenas.
“Normalmente, eu não tenho problemas [para sair do personagem no final do dia], mas isso foi tão abrangente. Eu fiquei em um hotel a semana inteira ao lado do estúdio porque tinha que chegar lá às 4h30 para começar a treinar, e então gravar depois, então termina às 21h30 da noite. Você está constantemente nesse mundo”, diz Pattinson. “Quando vejo fotos minhas do teste de maquiagem no último dia, nem pareço humano no final. Pareço um chiclete que está preso nas ruas há três anos e acabou de ser raspado e colocado em uma roupa de Batman.”
Kravitz também estava pronta para se despedir de Selina no final. “Foi a solidão e a rotina que foi realmente difícil”, diz ela. “Eu sei que todos nós estávamos em confinamento e foi intenso para todos, mas eu estava longe de casa e completamente isolado por causa do COVID e não querendo ficar doente por causa do filme”. Parte dessa ansiedade se infiltrou em sua performance: “Foi realmente interessante contar uma história sobre uma cidade em turbulência enquanto o mundo era do jeito que era, ou é agora. Tornou quase mais fácil se conectar com os personagens e entender como altas são as apostas.”
Mas agora, aqui estão Kravitz e Pattinson, quase um ano após o término da produção, olhando nos olhos um do outro em uma sessão de fotos glamourosa. Parece que eles eram Batman e Selina ontem, mas também anos atrás. Talvez isso seja uma coisa boa porque eles rapidamente superam um breve ataque de risos na primeira tomada da capa de movimento, canalizando a conexão intensa de seus personagens como se estivessem de volta ao set de The Batman.
“Pode haver muita coisa acontecendo em uma cena, mas se eu conseguisse me conectar com Rob e olhar em seus olhos, isso me traria imediatamente para o momento”, diz Kravitz, que se lembra da cena final de Batman e Selina no filme. . “Eu vi um olhar em seus olhos que eu não tinha visto antes. Ver algo novo e muito vulnerável também foi muito bonito.”

O Morcego e o Gato até o fim. The Batman estreia nos cinemas em 4 de março.

VIA EW
Tradução: Amanda Agostinho / Amanda Gramazio

A AMC Theaters é a maior rede de cinemas do mundo, fundada no estado americano do Kansas, em 1920, a empresa não possui unidade com o nome “AMC” no Brasil, porém é dona do selo “Cinemark” com várias unidades espalhadas pelo país.

Uma tradição da AMC Theaters é seu selo ” AMC Artisan Film”, título concedido apenas para filmes considerados instigantes com direções que contribuem para o avanço da arte do cinema.
Honraria que The Batman acaba de ganhar!

Sobre o filme, o AMC Theaters comenta;

A franquia de referência do Caped Crusader ganha um impulso para um novo patamar usando temas de filme noir para desmascarar uma nova e eficaz história de detetive ambientada no submundo corrupto de Gotham City. O trabalho de câmera expressionista dá o tom, a trilha sonora é cativante além de preenche o clima e, um uso sedutor de paleta de cores são empregados como ferramentas para aprimorar essa experiência cinematográfica ousada e com muito suspense. Um delicioso elenco de performances de personagens é apresentado à medida que cada pista é montada, incluindo Paul Dano como o assassino sádico assombroso e cativante.”

O único filme inspirado em quadrinhos da história que possui o selo “AMC Artisan Film”, além de BATMAN, é CORINGA, filme premiado também da DCComics

COMPRE INGRESSOS PARA BATMAN NA CINEMARK
Fonte: AMC Theatres

Como prometido na postagem anterior, segue a tradução na íntegra da matéria posada no site da GQ Magazine britânica deste mês que trás Robert Pattinson na capa. Estamos aguardando os scans saíram para compartilhar aqui no site também.

O ator que desafia as expectativas esta realizando o seu pivô de carreira mais selvagem até o momento, retornando para o universo das grandes franquias como o Batman. Ainda assim, ele não deixa de questionar: De qualquer forma, o que é uma super estrela agora?

Ele é excepcionalmente bonito. Olhos largos e selvagens. Grandes características faciais dispostas onde um escultor poderia tê-las colocado na Itália do século XVI. Ele é, diferente de alguns atores, mais alto do que as pessoas acreditam (“Muitas fãs de Batman dizem ‘Ele é pequeno, ele é pequeno!’, “Eu não sou pequeno, porra” ele diz “Eu sou, tipo, uma pessoa grande. Cerca de metade do tempo eu estou tentando ficar mais magro.”) Ele tem a habilidade de parecer convincentemente diferente em graus significativos, em muitas coisas diferentes.

Não é apenas o cabelo e o peso. É a forma com que ele controla um interruptor interno para configurar os olhos e a boca dentro de um espectro que vai de um merdinha americano à um aristocrata francês. Isso o permite trabalhar efetivamente tanto no papel principal, quanto como o ladrão de cena de 12 minutos. “Ele é um camaleão”, diz Matt Reeves, o diretor de The Batman. “Recentemente, o Rob estava me contando que ele nunca interpreta um personagem com a sua voz exatamente. A voz é uma de suas características.” Hoje em Londres, sua voz é nítida e suas palavras prudentes. Mas a sua risada é livre, e ele não pode deixar de começar as coisas dizendo exatamente o que sente: “Estou tão atrapalhado com o fuso-horário.” E ele já está sentindo o peso da idade (35): “Eu não posso fazer mais nada.” O efeito é algo como: um negociante de artes inglês depois de uma semana em uma feira de artes em Hong Kong. Ele parece como se, talvez, tivesse estado no seu momento mais brilhantes há seis dias atrás. Nós estamos caminhando pelo Holland Park, na base de Nothingh Hill. 18 horas antes o plano era o de visitarmos o Zoológico de Londres, mas ele de repente pensou melhor. “Eu estava conversando com a minha namorada noite passada” – a modelo e atriz Suki Waterhouse – “e ela disse ‘Sabe, as pessoas não gostam muito de zoológicos…’ Eu estava pensando em algo metafórico. Mas então eu pensei que isso é muito errado, um urso triste andando em círculos.” Ele mudou de ideia então. “Eu não posso evitar,” ele diz. “Eu faço isso para cada elemento, cada decisão na minha vida. Qual o pior cenário para essa decisão?”

Sua carreira até o momento tem sido moldada por uma combinação de talento, desejo, sorte, atender a fama e escolhas ousadas. A fama veio rapidamente, com Crepúsculo, a saga de vampiros adolescentes que arrecadou bilhões de dólares e colocou Pattinson em um tipo particular de caminho. As escolhas – filmes menores com diretores singulares – veio como parte de sua carreira brilhantemente planejada, depois de escapar de uma prisão de uma década que era aquela carreira em particular.

“Eu estou constantemente avaliando riscos, o que deixa todo mundo louco, tentando prever cada elemento que pode possivelmente acontecer. E no final, sendo apenas: Ah, foda-se! Eu vou interpretar um vigia de farol que transa com uma sereia! Eu acho que essa é a decisão certa.” Seu desvio reputacional para longe do cinema blockbuster foi tão firme, que Reeves, que pensava em Pattinson enquanto escrevia The Batman, não estava seguro se Pattinson estaria interessado em retornar da sua caminhada na casa de arte. Mas um pouco de exposição à mídia convencional, na forma de The Batman, foi uma decisão tão deliberada quanto se afastar dela em primeiro lugar. Entrar na batcaverna, embolsar alguns ganhos, e então embarcar em uma viagem em águas de filmes mais arriscados novamente. Era um plano.

As coisas começaram de forma auspiciosa o bastante quando as filmgens iniciaram no final de 2019. “Então eu quebrei meu pulso, bem no começo de tudo, fazendo uma acrobacia, antes mesmo do COVID. Então toda a primeira seção tentou continuar trabalhando – parecendo um pinguim. Eu lembro quando aquilo parecia a pior coisa que poderia dar errado.” Logo, é claro, houveram obstáculos muito maiores trazidos pela pandemia global sem precedentes, o que levou a interrupções da produção, incluindo uma precipitada pelo seu “muito embaraçoso” positivo em setembro de 2020, logo quando todo mundo havia retornado da primeira pausa interminável. Os atrasos acabaram por prolongar as filmagens para 18 meses – aproximadamente o tempo total em set de todos os outros filmes anteriores de Robert Pattinson combinados.

E ainda assim, quando a enorme produção estava a todo vapor em meio a crescente pandemia, ele se sentiu grato – e até mesmo culpado às vezes – por ter uma distração que demandava cada porção da sua atenção. “Eu sempre tive essa âncora em Batman. Ao invés de pensar que você é os destroços das notícias, você se sente envolvido sem ser paralizado por isso. Todos que eu conheço, se tiveram um pouco de impulso em suas carreiras ou em suas vidas, e então pararam, tiveram que se acertar consigo mesmo. Estando eu incrivelmente ocupado todo o tempo, fazendo algo que era também uma super pressão, de longe a coisa mais difícil que eu já fiz… Eu continuava fazendo o Batman no final do dia, mesmo que o mundo pudesse acabar. Mas mesmo com a chance improvável de não acabar…” ele continua muito depois: “Mesmo se o mundo acabe em chamas, eu ainda tenho que fazer isso! O set de filmagens, nos arredores de Londres, se manifestou como uma “bolha dentro de uma bolha,” ele diz. “E a natureza das gravações era tão do tipo insular, sempre filmando à noite, realmente escuro o tempo todo, e eu me senti muito sozinho. Mesmo estando no uniforme todo o tempo. Você não tem realmente permissão para sair do estúdio vestindo o uniforme, então eu mal sabia o que estava acontecendo do lado de fora.”

Eles contruíram para ele uma pequena tenda fora e ao lado do set, onde ele podia ir e aliviar a pressão. E na maioria das vezes ele passava o tempo se sentindo estranho no uniforme do Batman. “Eu só ficava na tenda fazendo música eletrônica ambiente no uniforme, olhando por sobre o capuz. Tem algo sobre a forma com que o capuz foi feito que faz com que seja muito difícil ler livros, então você tem tipo que quase se curvar para frente para ver por fora do capuz.”

Ele disse isso algumas vezes, e eu não tinha a mínima ideia do que inferno ele estava falando. O capuz? “A máscara. A bat máscara. O capuz!” Horas, dias, semanas, meses, no escuro, no uniforme, no capuz. “Eu continuava chamando isso de máscara. Mas eu aprendi, Não, não, isso é um capuz.” Embora eles tenham finalizado as filmagens de The Batman em abril, Pattinson aparenta ter emergido mentalmente da caverna apenas recentemente.

Ele ri de forma maníaca quando se recorda daquelas horas solitárias no escuro: “Eu quero dizer, eu estava realmente, realmente, realmente morto depois. Eu olhei uma foto minha de abril, e eu parecia verde.” Em um ponto, quando entramos em um restaurante meio-lotado juntos, seus olhos se fixam em um cubículo próprio para acomodar um grupo discreto de clientes. Falam para ele que o espaço já está reservado. Você realmente quer voltar para a caverna, eu digo, e ele ri uma risada de estresse pós-traumático.

“Eu assisti uma versão crua do filme sozinho,” ele me conta na não-caverna, enquanto comemos juntos. “E a primeira cena é tão discordante de qualquer outro filme do Batman, que isso é apenas um ritmo totalmente diferente. Isso é o que Matt estava dizendo na primeira reunião que eu tive com ele: ‘Eu quero fazer uma história de detetive noir dos anos 70, como The Conversation.’ E eu tipo presumi que aquilo significava o quadro geral ou algo assim, como pareceria. Mas na primeira filmagem, é tipo, Oh, essa é realmente uma história de detetive. E eu me senti como um idiota, porque eu nem sabia que o Batman era o ‘maior detetive do mundo’; Eu não havia escutado isso na minha vida antes – mas é realmente assim. Só porque há muitas situações onde ele está entre os policiais. Geralmente, quando você vê o Batman, ele chega e espanca as pessoas. Mas ele têm conversas, e há cenas emotivas entre eles, nas quais eu não penso que tenha em quaisquer um dos outros filmes.”

Eu lembro o Pattinson que a última vez que ele esteve na GQ , ele estava apenas começando em The Batman, procurando pelo o que ele chamou “o vácuo” em um personagem que já foi interpretado de todas formas e por décadas até agora. Eu pergunto se ele alcançou aquilo.

“Eu definitivamente encontrei uma pequena linha interessante. Ele não tem uma personalidade de playboy, de forma alguma, então ele é tipo um estranho como Bruce e um estranho como Batman, e eu fiquei pensando que há uma inclinação mais nihilista para isto. ‘Porque, normalmente, em todos os outros filmes, o Bruce vai embora, treina, e volta para Gotham acreditando em si mesmo , pensando ‘Eu vou mudar as coisas aqui’. Mas aqui, está meio que implicado que ele teve uma espécie de colapso. E isso que ele está fazendo não está nem mesmo funcionando. Tipo, são dois anos disso, e a criminalidade se tornou pior desde que o Bruce começou como o Batman. As pessoas de Gotham pensam nele apenas como um dos sintomas de quão merda é a situação. Tem uma cena em que ele espancando todo mundo em uma plataforma de trem, e eu amo que tem uma parte no roteiro onde o cara que ele esta salvando, também está tipo: ‘Ahhhh! Isso é pior!’ Ou você é assaltado por membros de gangue, ou um monstro aparece e, tipo, espanca todo mundo! O cara não têm ideia de que o Batman veio para salvá-lo. Só parece que é um lobisomen.”

Pattinson ri muito. “E eu fiquei tentando interpretar isso, fiquei tentando pensar nisso, e eu vou expressar tão mal, mas tem algo sobre reconhecer o trauma…Todas as outras histórias dizem que a morte dos pais é o motivo do Bruce se tornar o Batman, mas eu estava tentando fazer isso de uma maneira que eu achava que era real, em vez de tentar racionalizá-lo. Ele tem criado esta intrincada construção por anos e anos e anos, o que culminou nessa personalidade Batman. Mas não é algo saudávelo que ele tem feito.” É como um colapso prolongado. “Quase como um vício em drogas,” ele diz.

“Há um momento no qual Alfred pergunta ao Bruce o que a sua família pensaria dele maculando o legado da família com essa atividade paralela. “E o Bruce diz: ‘Esse é o legado da minha família. Se eu não fizer isso, então não há mais nada para mim.’ Eu sempre li essa parte não como, ‘Não há nada mais’, como, ‘Eu não tenho um propósito’, mas como: ‘Eu estou saindo.’ E eu penso que isso torna tudo mais triste. Tipo, é um filme triste. E como se fosse ele tentando achar algum elemento de esperança nele mesmo, e não apenas na cidade. Geralmente, o Bruce nunca questiona as próprias habilidades; ele questiona as habilidades da cidade de mudar. Mas tipo, isso é algo tão insano de se fazer: O único jeito de eu viver é se vestindo como um morcego.”

“A DC é um tipo de quadrinho emo,” continua ele, rindo. “Tem um lado nihilista nisso. Mesmo a arte é muito, muito diferente. Então, esperançosamente, há muitas pessoas tristes no mundo.” Do lado de fora, é frio escuro e “covidamente” nihilista (em outras palavras, tudo vagamente DC), e o clima lembra Pattinson sobre como sua caldeira precisou de reparos recentemente. “O rapaz apareceu [para o reparo] outro dia,” conta ele, “e aleatoriamente começou a falar de como ele é um fã da DC. E eu estava lá sentado encarando a direção oposta, enquanto a minha namorada continua conversando com ele. E eu olhei para ela, tipo: Cala a porra da boca!” ele racha de rir. “Por que você está fazendo isso comigo? Ela foi muito divertida, conversando com um fã obcecado.”

Eu o questiono se ele está ansioso sobre como esse esforço de anos vai ser recebido. Pelos superfãs. Por aqueles que sabem o que um capuz é. “Depende. Se as pessoas gostarem do filme, será ótimo. Tudo isso.” Mas se não, eu sugiro, você irá responder pela angústia das pessoas. “Você não tem como saber até que aconteça.”

Enquanto caminhávamos pelo Holland Park no início da tarde – o céu estava limpo sob nossas cabeças – os olhos de Pattinson tem um aspecto de alerta . Ele é incompreensivelmente famoso desde os 22 anos, e em cada esquina nos últimos 13 anos espreita um fã ou uma câmera ou um fã com uma câmera. O parque, neste dia de inverno, parece inofensivo para esses olhos destreinados, mas Pattinson sabe melhor. Há algumas mesas do lado de fora da cafeteria do parque que parecem um lugar bom o suficiente para sentar e conversar, mas há algumas velhinhas conversando por perto e um caminho que passa perto o suficiente para potencialmente expô-lo. “Hmm”, ele diz, “que tal…” Ele nos leva em uma direção diferente, em direção a um monte abandonado de materiais de construção, onde um banco fica de frente para uma cerca. Ele diz que é falso-ponderado: “Vamos apenas encontrar a área mais monótona, escondida em um canto”.

Pergunto- se é assim que ele experimenta o mundo: como uma busca constante por áreas monótonas escondidas nos cantos. “Ah, cem por cento. Na verdade, tipo, se eu vejo um bar vazio e não tem vibração alguma, eu fico tipo, Oooo!” As máscaras têm sido uma dádiva de Deus, diz ele. “É engraçado com todas essas coisas anti-máscara, porque eu fico tipo, vou usar uma máscara pelo resto da minha vida. Acho que ganhei alguns anos de vida por falta de estresse. É ideal quando todo mundo está usando um também, então não é como se eu estivesse me destacando. É incrível.”

Desde que entrou para The Batman, Pattinson fez seu primeiro movimento atrás das câmeras, agradavelmente escondido, tendo estabelecido um acordo de produção na Warner Bros. Ele diz que é um “escritor terrível”, mas “estou moldando coisas que acho muito, muito, muito satisfatórias.” Em primeiro lugar estão alguns projetos que ele vem concebendo há algum tempo, tempo suficiente pelo menos para que ele não esteja mais certo em protagonizá-los e, em vez disso, “quer encontrar um desconhecido”.

Ele gosta da HBO Max, com quem está trabalhando como parte do acordo com a Warner Bros., porque “eles não têm medo”, diz ele. “Eu sinto que eles são tão novos e ainda estão tentando estabelecer sua identidade. E há espaço para isso.” O trabalho de desenvolvimento estava em andamento enquanto ele ainda estava filmando The Batman: “Eu tinha minha explosão de energia pela manhã. Eu ia fazer um treino e tinha cerca de 15 minutos antes de ter que vestir o traje. E então eu literalmente ficava sete minutos no banheiro pela manhã quando eu enviava um e-mail impensado para os escritores.” Ele descreve a emoção de se envolver com projetos como esses, que, como atuar, exigem sua pequena jornada pessoal para o inferno: “Parece que só consigo ter ideias quando há uma enorme quantidade de adrenalina. É quase como o meu processo de fazer qualquer coisa agora. Eu tenho que realmente sentir que cheguei ao fundo do poço. Onde até o momento que eu tenho que auar é: Uau, eu sou o pedaço de merda mais vazio.” Ele ri a risada sua rouca bat – risada “Você tem que sentir a dor. E então, de repente, é como se Deus lhe desse um pequeno presente: aqui está uma ideia na qual você nunca pensou antes. Corra atrás disso!”

Ele é um consumidor voraz do trabalho de outras pessoas. Ele lê constantemente, assiste a tudo, esculpe seu gosto, seu tom, até as pontas afiadas que usa para colaborar efetivamente com cineastas para criar personagens bizarramente novos. Em O Rei, de 2019, ele colocou um Delfim exagerado bem no meio de um dos filmes mais sérios de todos os tempos. “Eu estava tentando fazer isso seriamente, mas então eu estava conversando com alguém da Dior” – Pattinson é o rosto da Dior Homme – “e comecei a imitá-los e fazer isso de uma maneira mais engraçada”, diz ele. Ou seja, transportar uma figura da moda francesa para Shakespeare. “Comecei a fazer isso como uma piada no começo, mas depois me filmei e assisti de volta, e pensei que isso realmente funciona.” Pattinson interpretou outro vilão em The Devil All the Time de 2020, no qual ele interpreta um pastor do sul assustador e corpóreo que seduz jovens paroquianas e depois as “ilumina” sobre seus encontros sexuais. “Mas eu pensei que era para ser uma comédia. Lembro-me de ler o roteiro e era tão extremo, com personagens tão monstruosos, eu estava pensando que tinha que ser.” (Não foi.)

É sua maneira de articular seu desejo de ver algo que nunca viu antes, fazendo algo que nunca fez antes. É o seu jeito de quase, parafraseando Gandhi ou Batman ou alguém, ser a mudança no cinema e no estrelato que ele quer ver no mundo. Aqui está o que minha versão de uma estrela de cinema pode fazer – alguem concorda? Até agora, pós-Batman, não realmente. “É irônico que os dois filmes que eu achava que eram os filmes mais seguros que você poderia fazer, todo o cenário da indústria muda”, diz ele. “Eu realmente pensei que depois do Batman, eu seria muito mais…” Ele para com um desânimo genuíno. Pode-se sentir o calor vindo dele de seu desejo de encontrar um projeto viável.

“Acho que talvez até já tenha dito isso na última vez que fiz uma entrevista com a GQ”, diz ele. “Antes de Tenet, meus agentes diziam você simplesmente não está na lista de ninguém. E eu totalmente, por acaso, consigo esses dois filmes enormes. E eu fiquei tipo, Ok, estou na lista agora? E eles ficam tipo, sim, você está na lista agora, mas não há filmes.” Com isso, ele se refere ao tipo que muitos cineastas e espectadores lamentam não existir mais em excesso. Um filme de estrela de cinema para adultos. Em uma escala entre The Lighthouse (orçamento de US$ 11 milhões) e Tenet (US$ 200 milhões). “E por isso é estranho: o buraco da agulha, que eu estava tentando enfiar antes, fica ainda menor agora”, diz ele. “Eu costumava pensar que tinha um plano relativamente longo, aquele que fiz depois do primeiro Crepúsculo para trabalhar com vários diretores diferentes. Mas tentar fazer um plano agora quando você tem que levar em conta uma espécie de dúvida existencial, além de ficar tipo, estou competindo com adolescentes pelo mesmo papel… Bem, há lobos em todos os lugares.”

Contra todas essas preocupações pessoais da carreira, ele também se pergunta em voz alta sobre os problemas que a indústria em geral está enfrentando para tomar o centro da cultura. “Mesmo quando os filmes tentam: Ah, vamos fazer algo que capture o zeitgeist, não é possível se nem todos estiverem assistindo ao mesmo tempo. Filmes usados para gerar o zeitgeist. E agora descobri que, ao contrário da música ou da moda, os filmes não conseguem acompanhar a cultura.” Há uma exceção, no entanto. Um vislumbre. E tem a ver com a maneira como certos cineastas, diz ele, parecem identificar subculturas e curar mais do que apenas experiências cinematográficas para aqueles que estão sintonizados na mesma frequência. Ele descreve a cena em uma exibição para Uncut Gems dos irmãos Safdie, “onde provavelmente havia 30 pessoas na platéia usando chapéus Elara”. Elara Pictures é a produtora dos Safdies, mas, através de pessoas famosas da moda como Timothée Chalamet (fã) e Emily Ratajkowski (que é casada com um dos produtores), agora também uma espécie de marca de moda inadvertida.

“Existem certos cineastas”, diz Pattinson, que podem transformar filmes ainda menores em algo muito maior – algo que vai contra, ou mesmo define, o zeitgeist. Ou provavelmente mais precisamente: um zeitgeist. Ele também viu isso com os fãs nas exibições de O Farol: “Eles estavam todos vestidos da mesma maneira, como pescadores”. Ele diz que o diretor Robert Eggers entendeu “como você pode fazer esse cruzamento entre moda e música”. Pattinson viu isso em uma exibição para The French Dispatch no ano passado também. “Achei que fosse uma exibição temática. Mas todas essas pessoas eram apenas fãs de Wes Anderson. Eles apenas se vestem como Wes Anderson.”

Aí, talvez, esteja a melhor explicação, por uma série de exemplos, do que Robert Pattinson tem tentado fazer com suas escolhas de carreira na última década. Não trabalhe apenas com diretores que fazem bons filmes. Trabalhe com diretores que gerem uma energia tão específica que as pessoas queiram assistir seus filmes e fazer parte da subcultura que só elas podem cultivar. Diretores que fazem as pessoas quererem literalmente se vestir como eles. “Se você fornecer um filme que fornece uma cultura inteira com isso”, diz Pattinson, “acho que as pessoas realmente gostam disso e realmente respondem a isso”. Pattinson é – e isso fica mais claro a cada ciclo promocional de filme que passa – um daqueles tipos criativos autenticamente estranhos, ilimitadamente energéticos, enganosamente caóticos que estão misturados em 10.000 coisas enquanto projetam uma falsa sensação de passividade. Aqui está Pattinson, que não é muito fã de esportes, romantizando o fandom de futebol de seus amigos: “Há algo tão adorável em ter algo todo domingo, onde é como, isso é o que estou fazendo. Quando alguém me pergunta, quais são seus hobbies? Eu respondo: Ser fodidamente preocupado. Preocupação com o futuro.” Ele diz a última parte com uma espécie de sotaque cômico. E então ele ri. O sentimento – a ansiedade, a incerteza do que o mundo reserva para ele e para qualquer um – parece quase real demais, como olhos tristes brilhando por trás do capuz de morcego. Isso me lembra o que Matt Reeves disse sobre Pattinson: que ele nunca desempenhou um papel com sua própria voz, que a voz é seu caminho para pessoas diferentes.

Pattinson me diz que às vezes ele apenas inventa alguma coisa em uma entrevista, para dizer qualquer coisa – e que às vezes volta para mordê-lo (por exemplo, comentários que ele fez anos atrás sobre não lavar o cabelo que acompanhá-lo até hoje). Tudo fica um pouco escorregadio quando alguém lhe diz que às vezes mente deliberadamente. Mas parece que isso se soma a várias outras histórias que Pattinson compartilha comigo. Há algumas coisas que são honestas, há algumas coisas que são construídas, e no meio há apenas um monte de papéis que Pattinson está interpretando além de uma estrela de cinema e celebridade. Entre eles:

Vendedor de pornografia (anteriormente). Ele roubava as revistas de uma banca local e as vendia para colegas de classe por um bom lucro. Isso o expulsou de sua primeira escola preparatória. O espírito empreendedor era orgânico, irreprimível.

Traficante de drogas (anteriormente). “Eu não penso nisso há anos, mas durante o ensino médio minha primeira namorada de verdade estava alguns anos mais velha, e eu sempre quis sair com a tuma legal, que estavam no ano mais velho. E alguns deles decidiram que eu fingiria que estava importando drogas. Mas eu nem sabia como eram as drogas. Então eu tive a ideia de pegar disquetes, abrir o disquete, despejar esse tipo de pó dentro, e depois borrifar com algum tipo de produto de limpeza para que cheirasse a química, e fechar tudo dentro. Eu comprei, tipo, 40 disquetes, e então eu mostrava para crianças que provavelmente tinham 15 ou 16 anos, e eu dizia: Sim, estou importando drogas em disquetes.” Ele diz isso como um verdadeiro canalha. “E todos acreditaram em mim. E eu meio que tenho essa reputação de que: Esse garoto é louco. Ele é um traficante! Como: Quer experimentar alguns? Alguma serragem com Febreze?”

Rap pirata (anteriormente). Ele era o único que tinha álbuns de Noreaga do exterior. Ele e seu amigo pegavam as letras de Noreaga, transpunham suas vozes em um programa de música que ele tinha e depois mandavam “seus” raps para o DJ de hip-hop inglês Tim Westwood para tentar colocá-los em seu show. “Minha mãe entrava na sala, e ficávamos dizendo as letras de outras pessoas literalmente, pensando que ninguém jamais descobriria.” Impostor de skate (anteriormente). “Na verdade, eu não conseguia andar de skate, mas me esforçava o máximo que podia, e praticava sozinho e, literalmente, a qualquer hora que fosse hora de fazer qualquer coisa, eu estava com medo de me machucar, então apenas sentava lá, arrastando o skate ao redor. Rolando-o para frente e para trás, acertando-o com coisas, e meio que fazendo pequenos cortes nele, de modo que parecia que eu estava andando nele. Mas eu nunca andei nisso”.

Designer de cadeiras (em andamento). Ele costumava ter um estúdio em Londres. Mas agora ele apenas faz cadeirinhas de barro, pequenas maquetes, tira fotos delas e depois as envia para um designer que ele conhece que ajuda a construí-las. O primeiro, “um sofá insano”, está chegando em breve. Ele é consumido por cadeiras. Pensa neles incessantemente. Quando chegou a hora de criar o logotipo para sua produtora, ele continuou enviando fotos de cadeiras para as pessoas.

Fotógrafo (em andamento). E não apenas das maquetes de suas cadeiras. Ele estava em uma loja recentemente, procurando uma nova câmera, e vasculhando a internet para descobrir que tipo Daniel Arnold usa. “Acabei parado olhando para um monte de fotos dele”, diz ele, “e no final das contas fiquei tipo, não tem nada a ver com a câmera, não é? Assim como qualquer coisa, você pode se treinar para ver as situações de uma maneira diferente – para começar a ver a surrealidade em todos os lugares ao seu redor.”

Traficante de macarrão instantâneo (em andamento, por enquanto). Leitores próximos da GQ podem se lembrar que, há dois anos, Pattinson tentou demonstrar seu conceito de um lanche rápido de macarrão via entrevista no Zoom, com resultados devastadores. A internet recebeu o esforço como uma façanha, ou pelo menos como uma performance consciente de inépcia. “Mas eu estava realmente tentando fazer aquela massa”, diz ele. “Como se eu estivesse literalmente conversando com fábricas de alimentos congelados e esperava que aquele artigo fosse a prova de conceito. Meu gerente disse: é isso mesmo que você quer fazer? Você quer seu rosto em macarrão? Você sabe que só precisa ir ao Walmart e realmente vendê-lo, com um retorno potencialmente muito pequeno.” Ele ri como se fosse ideia de outra pessoa. “E havia uma parte de mim que era, tipo: existe um mundo onde isso funciona?”

Tudo isso para dizer: Pattinson parece ter sido bom em ser pelo menos duas coisas ao mesmo tempo. Um autêntico alguém singular em seu âmago. Mas também alguém muito bom em fingir ser outra pessoa.
Quando ele começou a fazer o teste, sempre que ele se apresentava como inglês enquanto tentava um papel americano, os agentes de elenco agiam preocupados. “Eles sempre questionavam: ‘Estamos preocupados com o sotaque…’ ”, diz ele. “Então eu costumava entrar sempre como uma pessoa diferente, uma americana. Eu dizia, ‘Oi, eu sou de Michigan.’ Mas então eu estava fazendo uma audição para Transformers 2, logo após Crepúsculo ter saído”—em outras palavras, precisamente no momento em que Pattinson se tornou um ator mundialmente famoso— “e entrei como um cara de Denver. E eles ligaram para o meu agente e disseram: ‘O que há de errado com ele? Por que ele estava fazendo uma improvisação? Uma improvisação muito chata?’ ”

E então ele começou a fazer testes como Rob, para melhor ou para pior. “Se eu não tivesse tido muita sorte”, diz ele, “e tivesse sido forçado a fazer um teste todos esses anos, eu não teria uma carreira. Eu sou tão ruim isso.” Ele tem lembranças vívidas de ter seu almoço entregue a ele pelos outros atores de sua idade. “Eddie Redmayne e Andrew Garfield foram tão bons nas audições, é simplesmente inacreditável. Você os veria e, se estivesse esperando do lado de fora, literalmente ouviria os diretores de elenco dizendo: Oh, meu Deus! Meu Deus! E você ficaria tipo, porra, quem está dentro? E Eddie saía e dizia: Ei, cara. Eu estava fazendo algo pensando que era uma comédia e de repente ouvia esses soluços pesados. Estou pensando, quem conseguiu tirar um soluço disso?! E então a porra do Eddie sai!”

Mas então, de repente, os dias de dormir no sofá de seu agente em L.A. acabaram. “Ela acabou de me dizer que ainda tem minha mala”, diz ele, “cheia com minha roupa suja daquela época. Na garagem dela, fossilizada.” Após Crepúsculo, Pattinson trabalhou com David Cronenberg, Werner Herzog, James Gray, Claire Denis. Mas nenhuma partida pareceu tão eletrizante quanto a de Josh e Benny Safdie, com quem ele fez Good Time de 2017: “Eles são meio anárquicos. Mas não estão totalmente fora de controle. Eles são alguns dos únicos diretores com quem trabalhei que prosperam no caos, mas também estão sempre no controle do carro.” Os irmãos Safdie parecem gostar desse tipo de desconforto. Seus filmes são alimentados pela pressão alta de decisões erradas e o pior cenário.

Embora o monitor de avaliação de risco de Pattinson sugira que ele evite as crianças no quarteirão que gostam de brincar perto de linhas de energia caídas, Pattinson está, naturalmente, emocionado com a proximidade: “Eles são tão divertidos, tão engraçados, tão corajosos. Essa é a principal coisa que eu gosto de observar”. O ar na rara altitude da celebridade de Pattinson pode ser desorientador. “Pode ser assustador pra caralho”, diz ele. “As pessoas pensam que você tem um tipo de exército protegendo você, mas você realmente não tem. Você esta por sua conta. Você tem que ter uma quantidade louca de, eu acho que é algum tipo de força mental. Obviamente, é essa vida incrível. Mas como qualquer coisa, se você não pode desligá-lo… Até as pessoas mais próximas a você supõem que sua vida provavelmente é mais parecida com a maneira como é contada em uma revista. Até meus parentes. Mas, novamente, esse é o objetivo: capturar a imaginação das pessoas.”

Nós nos movimentamos bastante durante a tarde, de uma zona de inatividade aparentemente segura para outra. Seus olhos realmente parecem ler o mundo como um scanner térmico. Um banco sombrio para um banheiro vazio, para um caminho vago através de um parque aleatório. E ainda assim, há um cara esperando por nós com uma câmera. Máscara, Pattinson não se intimida. Passamos por algumas crianças jogando futebol e pergunto a ele se já abrigou delírios juvenis de grandeza do futebol. “O oposto. Ainda tenho o mesmo terror quando passo por criancinhas e a bola de futebol passa pelo caminho. Eu só tenho esse terror de passar de volta, e volto direto para ser uma criança de 10 anos e chutando na direção errada. As pessoas ficam tipo: Uau! Que idiota! Eventualmente, eu provavelmente vou ter um filho. Então comecei a me treinar para poder ser um pouco… para poder jogar futebol com uma criança de três anos.” Ele se sente envelhecendo a cada instante. “Trinta e cinco foi definitivamente o ano em que as coisas mudaram. Eu realmente estendi minha adolescência para cerca de 34 anos”, diz ele enquanto pulamos em um táxi preto e começamos a passar por Notting Hill. “Lembro-me de alguns anos atrás, eu estava conversando com meu amigo em uma rua bonita por aqui. Anos atrás, eu sempre pensei que era tão chique, e agora parece tão legal. Eu fiquei tipo, eu me pergunto o que mudou na área…?”

Ao envelhecer, ao mesmo tempo em que está mais próximo, ele está começando a ver sua família de novas maneiras, a “delineação entre os tipos de personalidade” em seus pais, seu pai (o introvertido, o cínico, o preocupado) em uma extremidade do espectro e sua mãe (a extrovertida, ai risonha, a emocionalmente acessível) para o outro, e ele sentado no meio deles, ou, na verdade, como ele esclarece, “balançando de um para o outro. As coisas que costumavam me deixar louco com meu pai, ser do contra o tempo todo, constantemente bancando o advogado do diabo – estou indo nessa direção.” De volta para casa, mais perto da família, Pattinson parece estar se estabelecendo em algum novo estágio de sua vida e carreira. Apesar de tomar o que poderia ser caracterizado como inúmeras decisões corretas, elas parecem não ter alcançado um caminho óbvio a seguir. O que é um fato da vida e da carreira que planta Robert Pattinson firmemente em sua microgeração.

Ele existe nessa faixa etária altamente específica de pessoas (ou seja, aqueles nascidos em meados dos anos 80) que cresceram para ver o Velho Caminho – o viu funcionar desde o degrau mais baixo, do nível de entrada – antes de assistir a sua indústria escolhida desmontar na última década, como eles meio que empilharam um monte de escombros antigos e novos crescimentos para chegar ao topo de… o que exatamente?

Muitas pessoas da idade dele, em muitas capacidades profissionais diferentes, terão encontrado esse emoji existencial encolhendo os ombros e sentirão vontade de vomitar. Pattinson tem idade suficiente para realmente ter visto de perto o que ele queria – ele fez um plano – apenas para ser confrontado, quando chegou a sua vez, com o fato agora óbvio de que absolutamente ninguém tem a menor idéia do que vem a seguir. É emocionante. É assustador. É o que é tão assustadoramente familiar sobre seus sentimentos irritantes de carreira: “Eu realmente pensei que depois do Batman, eu seria muito mais …” Não muito tempo atrás, ele estava conversando com seu gerente sobre sua paralisia e indecisão sobre o que fazer a seguir em todas as frentes – incluindo seu próximo filme. “Eu disse: ‘Não quero cometer um erro sobre o que fazer a seguir’. 2024. E até lá, ninguém vai dar a mínima para o que você está fazendo.” É a coisa mais estranha que até três anos atrás, nós meio que tínhamos basicamente o mesmo caminho tradicional de carreira. Se tudo correu bem, ainda meio que existia. E agora é como: Qual é a direção a seguir?
“Você só precisa pensar: Bem, meu plano é que talvez um milagre aconteça e tudo fique bem. Que é o que eu acho que todo mundo tem pensado por dois anos. Apenas: Uhhh, acho que o plano é apenas esperar?”

MATÉRIA ORIGINAL : GQ.COM
Tradução: Amanda Agostinho / Amanda Gramazio

Robert Pattinson compara o foco do Batman na psique interna do personagem ao filme de animação de 1993 Batman: Mask of the Phantasm.

A estrela do Batman, Robert Pattinson, comparou um elemento-chave do novo filme e a animação favorita dos fãs de 1993, Batman: A Máscara do Fantasma. Os fãs estão esperando ansiosamente por uma interpretação inteiramente nova do cruzado encapuzado de Pattinson e do diretor Matt Reeves. Esta nova visão do mito traz Pattinson interpretando Bruce Wayne apenas no segundo ano da carreira como o Batman, enquanto enfrenta o surgimento de um serial killer mascarado conhecido como Charada. A estreia de um novo Batman inevitavelmente levou os fãs ao passado, refletindo sobre encarnações anteriores do personagem, imaginando como o Cavaleiro das Trevas de Pattinson se comparará e quais influências o ator pode ter.
Uma versão amada do morcego vem do desenho animado dos anos 90 Batman: The Animated Series, criado por Eric Radomski e Bruce Timm e apresentando Kevin Conroy como a voz de Batman. Exibida de 1992 a 1995, esta série trouxe as aventuras do Cavaleiro das Trevas para a telinha com uma escrita madura e pensativa, ressaltada com um tom noir polpudo. A série gerou “The DC Animated Universe” e foi reconhecida pelos fãs como uma das melhores, se não a definitiva, assume Batman e seu elenco de personagens coadjuvantes. A série recebeu um filme teatral em 1993 com Batman: A Mascara do Fantasma, um mistério de assassinato que viu Batman derrubar com o Coringa (Mark Hamill), bem como um novo antagonista, o Fantasma. O filme teve um desempenho inferior nas bilheterias devido à falta de marketing, mas foi muito bem recebido pela crítica, com alguns fãs até chamando-o de um recurso superior ao Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan.
Em uma entrevista com a Premiere France o ator Robert Pattinson comparou a exploração psicológica de Bruce Wayne em The Batman à vista em Batman: A Máscara do Fantasma. Pattinson comentou sobre como The Batman apresenta a natureza conflitante e tortuosa do relacionamento de Bruce Wayne com seu alter ego, em oposição a outras versões cinematográficas ao longo dos anos que se concentraram em sua natureza como estritamente heroica.
Pattinson continuou dizendo que achava que o único outro filme que havia capturado essa dinâmica era Mask of the Phantasm, lançado há quase trinta anos;

“Acredito sinceramente que o tom de ‘The Batman’ não tem nada a ver (ao contrário dos filmes anteriores), parece novo. Nos quadrinhos, Batman é alguém mais… instável. Se você ler nas entrelinhas, é realmente muito triste. Enquanto no cinema, é sempre o seu lado heróico que é apresentado. O Batman faz o oposto, capturamos o borbulhar interno do personagem. Na minha opinião, o único outro a conseguir isso é o filme de animação ‘Batman: Mask Of The Phantasm’. Quando eu vi, entendi: ser o Batman é uma espécie de maldição, é um fardo. Mas ei cara, você decidiu isso, certo? “Não, não, não, eu tenho que ser o Batman. Eu fui escolhido, não o contrário.” Acho que nunca vimos isso em um filme”

Enquanto The Batman ainda está a semanas do lançamento, a análise de Pattinson de Mask of the Phantasm é sólida e é algo que tem sido discutido pelos fãs ao longo dos anos. É verdade que os filmes de Burton e Schumacher podem ser culpados de deixar o Cruzado Encapuzado de lado em favor de atores famosos interpretando um membro colorido de sua galeria de vilões. Phantasm, no entanto, coloca mais foco em explorar a luta pessoal de Bruce Wayne com sua identidade, explorando tudo o que ele teve que sacrificar para proteger Gotham. Uma das cenas mais poderosas do filme apresenta um jovem Wayne implorando no túmulo de seus pais, no meio de uma tempestade, para perdoar o compromisso de vingança que ele fez na esperança de se contentar com uma vida normal. É difícil imaginar uma cena tão bombástica de turbulência pessoal ao lado do Charada de Jim Carrey.

A referência, sem dúvida, agradará aos fãs. Isso pode despertar esperanças de que The Batman possa fazer várias citaçõesde Batman: Mask of the Phantasm e sua série. O primeiro trailer do próximo filme fez Pattinson declarar “I’m vengeance”, ecoando uma citação muito semelhante e icônica da série animada. Independentemente disso, os fãs podem se deliciar com o fato de um clássico cult amado ser altamente respeitado pelos criativos do esforço mais recente.

Matéria original Screenrant
Tradução por Amanda Gramazio
Agradecimentos ao @TheBatmanFilm via twitter