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Foram liberadas novas entrevistas de Robert na Promo de Life em Fevereiro no Festival Berlinale, uma para Wiener Zeitung e outra para Die Press. Confira as duas entrevistas transcritas pela nossa equipe neste post:

WIENER ZEITUNG:

“As vezes eu queria ter um ego maior.”

Robert Pattinson – nenhum pouco diferente de James Dean- se tornou uma estrela do dia pra noite. Consequentemente ele teve algumas dificuldades em perder a lembrança do vampiro que o ronda e nós falamos sobre isso.

Wiener Zeitung: Mr. Pattinson você teria interpretado James Dean se tivessem te oferecido o papel?

Robert: Eu nunca teria aceitado o papel de James Dean. Especialmente porque eu não pareço com ele. Dane DeHaan parece, eu teria feito piada de mim mesmo.

Wiener Zeitung: No filme você não é o foco da câmera, mas está do outro lado do tapete vermelho como um fotógrafo da beleza e da fama. Isso deve ter sido diferente para você.

Robert: Meu personagem Dennis Stock não foi exatamente feito para o tapete vermelho. Tem uma cena no filme que é visível como ele está constrangido dessas fotos que seriam fofocas mas ele não tem outra escolha porque ele precisa do dinheiro. Então ele se torna parte dos fotógrafos que se matam para consegui uma foto perfeita.

Wiener Zeitung: Como você lida com a popularidade? Tem uma chave para ser famoso, não tem?

Robert: É estranho, porque eu nunca soube exatamente o que a popularidade é. Algumas pessoas passaram a me conhecer melhor nos últimos anos e eles sabem que o personagem que as pessoas veem não existe realmente. É diferente para um astro pop, porque o nome deles é algo constante diferente de quando se é um ator que interpreta pessoas diferentes o tempo todo. É estranho quando te aplaudem por alguém que não é realmente você, mas ao mesmo tempo essa popularidade ajuda você porque você não é realmente elevado como uma pessoa, é mais como um personagem que você interpreta.

Wiener Zeitung: O filme mostra uma estrela antes de virar de fato uma estrela, alguns meses antes de realmente se tornar uma. Eu falei com você pela primeira vez em 2008 logo depois que o primeiro filme de Twilight foi terminado e ninguém sabia em que conceito te adicionar. Você era uma estrela que não era uma estrela e algumas semanas depois tudo mudou. Como você se sentiu no momento antes da tempestade começar ?

Robert: Nunca vai haver outra fase na minha vida como essa. Tudo se encaixava antes: eu acho que eu tinha a idade certa para algo como isso. Aos 21 eu era jovem demais, mas não tão jovem e eu fui capaz de ter minha juventude. Um ano antes de Twilight ir para os cinemas, foi muito. Eu experimentei os lados bons da fama e não me dei conta do que estava acontecendo ao meu redor. O primeiro toque da fama é incrível, algumas coisas ridículas, tipo entrar em clubes por exemplo. Eu entrei em alguns clubes em que fui barrado antes (risos).

Wiener Zeitung: No entanto, você ficou bem centrado. Como você conseguiu isso?

Robert: Eu não sei. Eu acho que eu ainda tenho muito para provar a mim mesmo em diferentes aspectos da minha vida. As vezes eu gostaria de ter um ego maior. Isso iria me ajudar a desenrolar mais as coisas.

Wiener Zeitung: Alguém como você não deveria ter problema com o ego.

Robert: É claro que eu tenho um ego. Um pouco muito é necessário para ficar diante da camêra, não é? A partir dai eu me vejo como um tímido e louco por controle. É estranho, porque eu não consigo realmente dizer isso. Quando eu vou trabalhar com diretores experientes eles sempre me perguntam “por quê você sempre diz que não sabe o que está fazendo? Eu consigo ver que você está fazendo algo.” E eu sempre respondo: “Sim, mas eu não sei como.”

Wiener Zeitung: Está um pouco acima dos limites para você?

Robert: Sim, e está apenas acontecendo. É muito frustrante quando você perde controle da sua vida e tenta não deixar que tudo afunde o tempo todo. Depois do sucesso do primeiro Twilight meu agente me disse: “Vai demorar anos para você iniciar um novo capitulo na sua vida.” E hoje eu vejo que ele estava certo. Sete anos se passaram e minha vida está se rearranjando por completo. Eu sou uma pessoa diferente agora do que eu era antes. Eu acho que Leonardo Di Caprio teve a mesma experiência depois de Titanic e o persegue hoje.

Wiener Zeitung: Qual é a sua chave para sobreviver armadilhas dessa carreira?

Robert: Eu acho que estou conduzido com minha própria cabeça ao contrário de alguns dos meus colegas e é isso que me permite ter um olhar distante de mim mesmo. Ao mesmo tempo eu me preocupo demais com tudo. Eu sempre tenho o problema de querer provar algo a mim mesmo com os meus papéis.

Wiener Zeitung: Você está fazendo mais produções da arte-casseira agora, um adeus ao grosso à massa?

Robert:Talvez. Eu apenas quero trabalhar com pessoas que produzem bom conteúdo. O ponto é: eu não ligo se um filme é bem pago ou se vende bem. Não me interprete mal, eu não tenho nada contra filmes comerciais e eu gosto de faze-los, mas se algo é feito pela arte e pelo bem da arte… esses são os melhores projetos. O dia em que eu fizer meu ultimo filme e eu souber que não terá outro, eu quero me perguntar: “ Por que você fez esse filme” e se a resposta for “eu fiz por dinheiro” eu vou querer me dar um tapa na cara.

DIE PRESSE:

“Eu não estou mais usando uma máscara.”

Foto da vida: no bonito drama de Anton Corbijn, LIFE, Robert Pattinson interpreta Dennis Stock. O fotógrafo que tirou a foto icônica de James Dean na Times Square.

Garoto de banda, estrela de tv de um filme de vampiro, se tornando famoso como um símbolo sexy enquanto adolescente pode ser uma bênção ou uma maldição para um jovem artista, mas, mas quase não há outra maneira de ganhar valor de mercado do show business rapidamente. Na outra mão se livrar da reputação de ser um galã teen é algo que muitos não executam espetacularmente. Ao contrário daqueles que falharam, Robert Pattinson parece ter sido capaz de se mover após a sua história como um vampire pálido Twilight em vários filmes ambiciosos, ele mostrou talento atuando verdade, como em LIFE, uma fascinante história sobre a criação de uma das mais famosas imagens do século 20 dirigido pelo fotógrafo holandês, Anton Corbijn.

Die Presse: Você é um fã de James Dean?

Robert: Eu nunca tive realmente interesse nele como pessoa, mas como um ator, ele foi enorme. Ele foi destemido em sua atuação e seus movimentos eram como balé. O que me fascinou, especialmente agora que eu vi muitas fotos dele, é que não existe uma imagem ruim dele. Mas isso não é porque ele estava ótimo, ele brincava com a câmera e ele fez isso em uma época onde não se era fotografado em todos os lugares.

Die Presse: E você? Você gosta de brincar com a câmera?

Robert: Eu definitivamente não sou um talento natural como James Dean (risos), mas estou chegando lá. Eu não era capaz de controlar. Quando o primeiro filme de Crepúsculo saiu eu pensei que tinha algum tipo de controle sobre as imagens que sairiam e você poderia ver meu pânico sobre perder esse controle.

Die Presse: Alguma vez você teve um relacionamento com um fotógrafo como James Dean teve com Dennis Stock?

Robert: Não com fotógrafos, mas com jornalistas. Quando Crepúsculo saiu, houveram alguns. Eu lembro da primeira material sobre mim que saiu na British Magazine, e foi legal a forma como aconteceu. O jornalista e eu fomos à um bar e ficamos bêbados (risos) eu não posso fazer mais isso.

Die Presse: Isso é algo que te incomoda? Que você não pode simplesmente ir a um bar e ver o que acontece?

Robert: Devagar está voltando a ser possível. Quando algo é massivo como Crepúsculo as pessoas não ligam para o seu individual e sua privacidade. Tudo que você diz gera reações gigantes, mas tem realmente se acalmado.

Die Presse: Você usa um disfarce quando você sai?

Robert: Não. Há algumas semanas atrás eu decidi que eu não vou cobrir meu rosto com uma echarpe a não ser que esteja frio. Então eu parei com isso e sobrevivi.

Die Presse:Às vezes, sua vida parece uma novela. Você também a vê assim?

Robert: Sim, claro. Eu sempre fui inflexível sobre não vou falar sobre minha vida privada, mas isso não faz nenhuma diferença (risos). As pessoas sempre inventam coisas novas. Me tornei parte de uma história que foi contada por outra pessoa e eu não posso fazer nada sobre isso.

Die Presse: Dennis Stock sacrificou muito em sua carreira. Você também?

Robert: Não realmente. Eu não acredito que Dennis sacrificado nada. Ele apenas disse a si mesmo que ele fez. No fim das contas é apenas sobre ele e seu medo de falhar como um artista e então ele olha para as pessoas que ele pode culpar por seus fracassos. Ele não pensa em seu pequeno filho de jeito nenhum, apenas quando ele o vê como um fardo. Ele só era focado em si mesmo e esperava que as coisas mudassem e de repente fazerem sentido, mas que isso não acontece. Ele realmente é uma figura trágica. Se você ver uma entrevistas recentes dele, você consegue ver que ele não aprendeu nada. Nos anos 80 ele ainda se queixava de apenas ser conhecido pelas fotos de James Dean, mas eles são o único trabalho que já deu dinheiro para ele.

Tradução: Gabi Araujo